Um modelo de bombardeiro invisível hipersónico, nomeado como PAK-DA, capaz de viajar para qualquer lugar do mundo em apenas quatro horas e ainda lançar ogivas nucleares a partir do espaço foi criado por militares russos.
Segundo informações do coronel-general Sergei Karakaev, comandante da Academia de Forças Estratégica de Mísseis da Rússia, o modelo foi construído e testado com sucesso na base militar de Serpukhov.
Um mecanismo de teste é esperado para ser exibido durante o Fórum Internacional de Tecnologia Militar do Exército – 2016, programado para acontecer em setembro na região de Moscou. Conforme reportado pelo Mail Online, o primeiro modelo poderá começar a voar em 2020.
“A ideia é que bombardeio descole de um aeroporto de origem normal para patrulhar o espaço aéreo russo. Sob nosso comando ele vai subir para o espaço exterior, atacar um alvo com ogivas nucleares e, em seguida, retornar à sua base”, disse o coronel Alexei Solodovniko, empreiteiro geral do projeto e professor na Academia Militar.
Segundo ele, acredita-se que a massa de descolagem do bombardeiro deva ser de 20-25 toneladas métricas, para que seja capaz de atuar como uma aeronave de ataque. Ela será capaz de acelerar a um nível hipersónico – cinco vezes a velocidade do som – para um modo de foguete, impulsionando-a em órbita. Dois motores, um para o avião, onde será utilizado querosene, e outro para a nave espacial, onde serão usados metano e oxigénio, serão combinados dentro de seu interior.
No momento, os foguetes convencionais têm de transportar oxigénio líquido e hidrogénio líquido para abastecerem-se e o custo desse transporte de combustível é caro e pesado. No entanto, o novo motor cria seu próprio oxigénio líquido a partir do arrefecimento do ar que entra nele a 1.000 ° C passando para o mínimo de 150 °C, em apenas um centésimo de segundo – seis vezes mais rápido que um piscar de olhos –, embora os detalhes exatos de como esse oxigénio seria resfriado para tornar-se líquido não tenha sido liberado.
O modelo hipersónico poderá ser levado para céu em 2020. O projeto obteve mais de 66 milhões de dólares de financiamento do governo britânico, com mais de US$ 55 milhões da Agência Espacial do Reino Unido, além de contribuição final de 11 milhões de dólares feita pela Agência Espacial Europeia.
fonte: Jornal Ciência