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Descobertas armas romanas usadas para invadir Jerusalém há 2 mil anos

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Projéteis de catapulta e ponta de lança foram achados junto a restos de muro.

A Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA, na sigla em inglês) revelou nesta quinta-feira a descoberta de evidências claras da conquista de Jerusalém pelo exército romano na Primeira Guerra Judaico-Romana, entre 66 d.C. e 73 d.C.. 

O conflito, ocorrido cerca de 70 anos depois da morte do imperador Herodes, foi a primeira das três revoltas do povo da Judeia contra a dominação romana, há cerca de 2 mil anos.

Segundo a entidade, os arqueólogos descobriram, junto a vestígios da Terceira Muralha de Jerusalém, diversos projéteis de pedra lançados por catapultas, uma ponta de lança e outras peças de artilharia romana utilizadas para derrubar o muro e adentrar a cidade. As armas teriam sido atiradas nos guardas judeus que protegiam a cidade do alto de uma torre junto ao muro.

"É um testemunho fascinante do intenso bombardeio realizado pelo exército romano, comandado por Tito, com a intenção de conquistar a cidade e destruir o Segundo Templo", informaram Rina Avner e Kfir Arbib, diretores da escavação, no texto divulgado pela IAA. "O objetivo do bombardeio era atacar os sentinelas que estavam no muro para dar cobertura às tropas romanas para que elas pudessem arrombar os portões da cidade com arietes".

O historiador Flávio Josefo, que viveu em Jerusalém naquela época e foi testemunha da guerra, deixou detalhes descritos sobre o muro alvejado. Segundo ele, diz o texto do órgão israelense, a Terceira Muralha foi erguida para proteger o quarteirão de Beit Zeita, desenvolvido fora dos limites da cidade, ao norte das duas muralhas existentes anteriormente.

A descoberta levantou debates entre historiadores sobre a localização da Terceira Muralha e a questão dos limites de Jerusalém às vésperas do massacre comandado por Tito. 

As descobertas no Complexo Russo de Jerusalém, um dos distritos mais antigos da cidade, são provas da localização do muro naquela área. Os resultados da escavação serão apresentados numa conferência sobre arqueologia em Jerusalém no próximo dia 27 de outubro.

fonte: O Globo


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