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Costela de dinossauro guarda restos de tecido mole mais antigo já encontrado

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A costela de um dinossauro herbívoro de pescoço longo que viveu há 195 milhões de anos forneceu o que pode ser o vestígio de tecido mole mais antigo já recuperado, disseram cientistas na terça-feira (31).

A descoberta promete uma chance de extrair pistas raras sobre a biologia e a evolução de animais extintos há muito tempo, de acordo com uma equipe de pesquisadores na revista científica Nature Communications.

Essas informações são, em sua maioria, ausentes em esqueletos duros preservados, que formam a maior parte dos registros fósseis.

"Nós mostramos a presença de proteína preservada em um dinossauro de 195 milhões de anos, pelo menos 120 milhões de anos mais antiga do que qualquer outra descoberta similar", disse à AFP o coautor do estudo Robert Reisz, da Universidade de Toronto Mississauga.

"Essas proteínas são os blocos de construção dos tecidos moles de animais, e é emocionante entender como eles foram preservados", acrescentou.

Reisz e uma equipe escanearam um osso de costela de Lufengossauro, um dinossauro comum no período Jurássico Inferior, que media até oito metros de comprimento.
 
Os pesquisadores usaram um feixe de fótons no Centro Nacional de Pesquisa de Radiação Síncrotron em Taiwan para examinar o interior do osso, especificamente seus conteúdos químicos.

Eles encontraram evidências de proteínas de colágeno dentro de pequenos canais na costela e concluíram que se tratava "provavelmente de restos dos vasos sanguíneos que forneciam sangue para as células ósseas do dinossauro vivo".

A maioria dos estudos anteriores extraíram restos orgânicos através da dissolução de outras partes do fóssil, disse a equipe.

Com o método síncrotron, isso não é necessário, e até mesmo os restos mais antigos podem ser revelados sem danificar os ossos de dinossauros.

A descoberta mais antiga anterior de suspeita de hemácias e fibras de colágeno foi relatada em 2013, em dinossauros que viveram cerca de 75 milhões de anos atrás.

Proteínas e outros resíduos orgânicos geralmente se decompõem logo após a morte de um animal. Durante a fossilização, o espaço que este material ocupa no interior do osso é preenchido por depósitos minerais transportados por águas subterrâneas.

Portanto, é muito raro encontrar tecidos moles fossilizados.

fonte: UOL


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