Uma estrela rara, muito grande e que se expande e contrai em três direções diferentes foi descoberta por astrónomos a sete mil anos-luz da Terra, na constelação de Pégaso.
A estrela pulsante caracteriza-se por ter uma variação de brilho ao longo do tempo e insere-se na categoria das estrelas variáveis. A agora descoberta por uma equipa de astrónomos da Southern Methodist University, de Dallas, Estados Unidos, é uma das apenas sete deste tipo até agora conhecidas na Via Láctea, a galáxia na qual está o sistema solar.
"Foi um desafio identifica-la", disse o astrónomo Farley Ferrante, membro da equipa que fez a descoberta, salientando ser a primeira vez que encontram aquele tipo raro de estrelas.
A Via Láctea tem mais de 100 mil milhões de estrelas mas não chegam a 500 mil as catalogadas como estrelas variáveis e apenas sete, incluindo a agora descoberta, são do género 'estrela pulsante', designadas pelos cientistas como "Triple Mode HADS (B)".
"A descoberta deste objeto ajuda a perceber as características deste tipo único de estrela variável. Estas e outras medições podem ser usadas para perceber a maneira como as pulsações acontecem", disse Robert Kehoe, professor do departamento de física, que lidera a equipa de astronomia.
"As estrelas pulsantes também são importantes para melhorar o conhecimento da expansão do universo e as suas origens, outra emocionante peça deste puzzle", adiantou.
A estrela, que se contrai e se expande a cada duas horas e meia quando aquece e arrefece, ainda não tem um nome, apenas uma designação oficial baseada no telescópio que a registou e nas suas coordenadas celestes.
O objeto pode ser visto através de telescópio mas o mais complicado é identificá-lo. Foi um estudante do programa de astronomia de verão da universidade quem fez a descoberta inicial, seguindo-se depois um longo trabalho dos astrofísicos da Universidade.
fonte: TSF