Uma equipe internacional de arqueólogos encontrou no Irã as primeiras evidências culturais de humanos modernos fora da África, informou o Instituto Catalão de Paleoecologia Humana e Evolução Social (Iphes), que fez parte da coordenação da escavação.
Os sinais são ferramentas de pedra associadas a restos de animais achadas na Caverna Kaldar. Conforme o teste de carbono 14, os elementos têm entre 36 mil e 54 mil anos. Os resultados situam o Irã entre os primeiros lugares habitados pelos humanos modernos que, juntamente com os grupos levantinos, conseguiram pela primeira vez ir da Ásia ocidental à Europa.
A Caverna Kaldar proporciona um dos exemplos mais antigos da existência do homem moderno nesta parte do mundo e, por sua vez, dados sobre como estas populações sobreviveram ao clima e às situações ambientais Região Paleoártica. Desta forma, a caverna reforça a posição do Irã dentro do mundo da arqueologia paleolítica no âmbito mundial.
Além disso, a sequência escavada recentemente contém níveis mais antigos com indústria musteriana, geralmente associada aos neandertais. Isto dá evidências de sua substituição pela indústria baradostiana similar à aurignaciana, exclusiva dos humanos anatomicamente modernos.
Segundo o Iphes, este fato representa uma oportunidade única de estudar a transição do Paleolítico médio ao Paleolítico superior na Cordilheira de Zagros.
A escavação foi feita por uma equipe iraniana, liderada por Behrouz Bazgir, e uma espanhola, liderada pelo investigador Andreu Ollé, do Iphes.
A identificação das primeiras evidências culturais fora da África atribuídas aos humanos anatomicamente modernos foi publicada na revista científica "Scientific Reports".
fonte: Terra