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Descobertos vestígios de vida mais antigos em terra

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Cientistas descobriram na Austrália vestígios da vida mais antiga em terra, com 3,48 mil milhões de anos, em depósitos fossilizados de fontes termais.

Um estudo publicado na revista "Nature Communications" refere que os vestígios foram encontrados por uma equipa da Universidade de Nova Gales do Sul na formação rochosa Dresser, na região de Pilbara.

Até agora, os vestígios de vida - microbiana - mais antigos no solo tinham sido detetados na África do Sul e remontavam a entre 2,7 e 2,9 milhões de anos, segundo um comunicado da universidade australiana.

Para os investigadores, a descoberta pode significar que a vida em terra surgiu mais cedo do que se pensava e teve origem em fontes termais de água doce, e não em oceanos de água salgada, tendo implicações na procura de vida em Marte, uma vez que o planeta tem depósitos de fontes termais com uma idade semelhante aos da formação rochosa australiana.

A equipa considera que os depósitos de fontes termais foram formados em terra e não no mar, depois de ter identificado a presença de geiseritos (depósitos minerais ricos em silício).

Nos depósitos de fontes termais de Pilbara, os investigadores da Universidade de Nova Gales do Sul encontraram fósseis de estromatólitos - estruturas calcárias formadas pela atividade microbiana - e de bolhas bem preservados.

Em setembro de 2016, um grupo internacional de cientistas descobriu aquele que pode ser o vestígio mais antigo de vida na Terra, com 3,7 mil milhões de anos, em fósseis de estromatólitos de depósitos marinhos na Gronelândia.



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