Descoberto há seis anos, depois de ter passado cerca de 110 milhões de anos soterrado, este dinossauro herbívoro está agora patente ao público num museu de Alberta.
Os investigadores consideram que este nodossauro (do latim nodosaurus textilis ou lagarto nódulo) é um exemplar extraordinário atendendo ao alto grau de preservação do corpo que apresenta. Habitualmente, as descobertas nesta área são de fragmentos ósseos ou de pequenos restos de corpos que não permitem um estudo aprofundado sobre os dinossauros.
O nodossauro (com um peso aproximado de 1300 quilos e um comprimento de 5,4 metros) tem a pele, escamosa e profundamente resistente, fossilizada e o interior do corpo praticamente intacto. Esta é a mais valia da descoberta, pois permitirá conhecer não só os hábitos alimentares deste herbívoro como o próprio funcionamento dos seus órgãos.
O perfeito de estado de conservação em que se encontra deve-se, segundo a equipa de investigadores que o está a estudar, muito provavelmente ao facto de ter sido apanhado nalguma inundação súbita, afogando-se e tendo os minerais presentes na água "infiltrado a pele e o interior do corpo, permitindo que este conservasse a sua forma real e preservando os tecidos vivos", afirmou Caleb Brown, um dos membros da equipa, citado pelosite Trust My Science. A sedimentação de terras em torno do corpo contribuiu igualmente para a sua preservação.
O dinossauro foi descoberto em 2011 num túnel de uma mina situada numa zona arenosa de Alberta, que esteve coberta de água na pré-história. O nodossauro locomovia-se às quatro patas e era desprovido de estrutura óssea na cauda. Era dotado de dois chifres laterais situados na área do pescoço.
Está patente no Museu Tyrrell de Paleontologia, em Alberta.
fonte: Diário de Noticias