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O mistério da música que os astronautas ouviram nas missões à Lua

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Buzz Aldrin caminha na superfície da lua a 20 de julho de 1969 | REUTERS/NASA

Astronautas da Apollo 10 foram apanhados de surpresa por uma música estranha. A história volta a ser falada por causa de uma série norte-americana

A tripulação da missão Apollo 10 foi surpreendida por um som estranho, "música do tipo espacial", nas transmissões de rádio. Os astronautas da missão que precedeu a histórica Apollo 11, que aterrou na Lua, nem sabiam bem o que dizer, revelam as gravações da missão, tornadas públicas em 2008.

Agora, um programa do Science Channel, "Nasa's Unexplained Files", aborda este e outros mistérios. Os astronautas estavam no chamado lado oculto da Lua, sem contacto com a Terra, quando ouviram o que descreveram como "música do tipo espacial".

No diálogo que pode ser ouvido nas gravações - e que está transcrito no site da NASA - um dos astronautas (Eugene Cernan) diz: "esta música soa tipo espacial, não é? Ouviste isto? Este silvo?". Tom Stafford responde que sim e John Young questiona-se sobre o que será. Depois continuam a falar da missão e alguns momentos depois Cernan volta a referir a música estranha. Young diz que têm de descobrir o que é porque ninguém vai acreditar neles, antes de sugerir que se deve, provavelmente, a interferências do sistema de navegação.

Apesar das dúvidas, Cernan refere a música, ou "aquele apitar doido", quando retoma o contacto com Houston. Razão pelo qual os astronautas das missões seguintes estariam avisados. Michael Collins, que participou em várias missões, incluindo na Apollo 11, revelou no seu livro Carrying The Fire que também ouviu essa "música" ou som. "Se não tivesse sido avisado, teria apanhado um susto." Por esta altura, os técnicos de rádio já tinham uma explicação para o som, tratava-se de uma interferência entre os rádios de dois módulos. "Neil disse que parece o vento a bater nas árvores", contou Collins.

"Tivemos muitos incidentes em que tipos que estiveram no espaço viram ou ouviram coisas que não reconheceram e interrogamo-nos sobre tudo isso. Eu tenho uma mente muito aberta sobre o que pode ter acontecido", disse o astronauta Al Worden, da Appolo 15, ao jornal The Huffington Post. No entanto, Worden salienta que "as memórias são uma coisa, mas provas factuais são outra completamente diferente".



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