O Galeamopus pabst tinha pernas fortes e pescoço alto.
Fósseis datados de 150 milhões de anos encontrados nos Estados Unidos levaram à descrição, na terça-feira, de uma nova espécie de dinossauro, o Galeamopus pabsti. Os resultados, revelados por cientistas da Itália e de Portugal, foram publicados no periódico "PeerJ".
A nova espécie pertence ao grupo dos Saurópodes, e à famosa família dos Diplocodus. Esta família vem intrigando cientistas por sua diversidade, e o Galeamopus pabsti acrescenta a suas ramificações mais uma espécie. A nova espécie é também a segunda do gênero Galeamopus, reconhecido como um novo género em 2015 pelos mesmos cientistas que agora revelam o Galeamopus pabsti.
A nova espécie é semelhante a dinossauros famosos como os Diplodocus e os Brontosaurus, mas tem pernas mais maciças, além de um pescoço particularmente alto e triangular perto da cabeça.
Os primeiros fósseis da espécie foram encontrados no estado de Wyoming, em 1995, por pesquisadores suíços do museu Sauriermuseum Aathal. Foram feitas escavações em três etapas, até 2003. O espécime encontrado tem um esqueleto quase completo, e está exposto no museu suíço como uma das principais atrações do acervo permanente.
A descrição do Galeamopus pabsti é dedicada a Ben Pabst, um dos pesquisadores que encontrou os fósseis. Os paleontólogos envolvidos na pesquisa publicada na "Peer J" nesta terça-feira são oriundos da Universidade de Turim, na Itália, e da Universidade Nova de Lisboa, em Portugal.
Os Diplodocus são dinossauros icônicos, caracterizados por pescoços e caudas muito alongados. Espécies deste grupo já foram encontradas na África, América do Sul e Europa, mas são os EUA o local em que parecem ter ocorrido com maior incidência. No país, há 15 espécies conhecidas destes gigantes.
DESCOBERTA TAMBÉM NA FRANÇA
Pesquisadores ingleses do Imperial College London revelaram também, na terça-feira, a descoberta de uma nova espécie do grupo do Saurópodes, da família dos titanossauros. O espécime que deu origem ao herbívoro Vouivria damparisensis tem cerca de 160 milhões de anos de idade.
O fóssil foi descoberto nos anos 1930 na França, mas só agora teve a sua "identidade" revelada. O próximo passo dos pesquisadores será analisar as relações evolutivas entre espécies de titanossauros, além de buscar evidências sobre como os Saurópodes se espalharam pelos continentes.
fonte: O Globo