Um verme que foi ao espaço e voltou ficou com duas cabeças depois de ter sido cortado pelos cientistas.
Um artigo publicado na revista Regeneration explica esta experiência que decorreu na Estação Espacial Internacional em que um verme plano, depois de ter sido amputado, cresceu duas cabeças, por duas vezes.
É sabido que os vermes planos possuem grandes propriedades regenerativas e podem mesmo recuperar órgãos complexos de pequenos pedaços do seu corpo, incluindo o sistema nervoso central.
Ora, para estudar como as viagens espaciais podem afetar essas capacidades regenerativas, um grupo de cientistas norte americanos, enviou vermes para Estação Espacial Internacional, durante cinco semanas.
Depois de passarem pelo espaço, os vermes chegaram ao laboratório em Terra e a metade foi-lhe cortada a cauda e a cabeça e a outra metade ficou inteira.
Ao longo dos últimos 20 meses estes vermes têm sido observados e a um dos 15 indivíduos amputados renasceram-lhe duas cabeças a partir do núcleo central do corpo.
Nos vermes "terrestres"é habitual o corpo renascer, mas nunca aconteceu nascerem duas cabeças.
Para confirmarem o que estava a acontecer este verme "espacial" mais uma vez foi amputado e mais uma vez renasceu com duas cabeças.
Este comportamento leva os cientistas a colocarem a hipótese de que as viagens espaciais provocam mudanças fundamentais nas habilidades de regeneração dos corpos.
Ainda não é claro quais são as implicações que este estudo tem para os seres humanos, embora a teoria de que nossos corpos são alterados permanentemente pelas viagens espaciais é cada vez mais uma realidade.
Outra linha de investigação tem a ver com a possibilidade de ser criada uma medicina espacial e com a regeneração de membros doentes, sobretudo útil nas grande viagens interplanetárias.
fonte: TSF