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Quando o Sol entra em erupção e perturba satélites

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Tempestade solar foi registada pela NASA. Foi a maior da última década

E se uma erupção solar perturbar as comunicações via satélite e travar a distribuição de eletricidade? Já aconteceu e, na semana passada, duas erupções solares, registadas com poucas horas de intervalo, voltaram a chamar a atenção dos cientistas do espaço. Uma das erupções, a segunda, registada na quarta-feira, é considerada a maior da década e teve mesmo influência em comunicações de rádio, conforme avançou a NASA em comunicado.

Estas erupções solares ocorrem quando o campo magnético do Sol - que cria as manchas solares escuras na superfície da estrela - se concentra, o que desencadeia uma explosão com o sobreaquecimento da superfície solar. As chamas solares de categoria X, como se definem as mais fortes, podem causar tempestades de radiação na atmosfera superior da Terra e desencadear apagões de rádio, como aconteceu no caso da semana passada, explicou o site space.com.

As chamadas erupções de categoria X perturbaram as comunicações de rádio de alta frequência durante uma hora no lado da Terra de frente para o Sol e também as comunicações de baixa frequência utilizadas na navegação. Além disso, as erupções podem perturbar o funcionamento de satélites de comunicação e GPS, bem como redes de distribuição de eletricidade à medida que atingem a atmosfera superior da Terra. As duas erupções ocorreram numa região ativa do Sol onde uma erupção de intensidade média já havia ocorrido no dia 4 de setembro.

Nos últimos anos foram detetadas várias erupções. Em 1989, uma erupção solar causou uma apagão na rede elétrica do Canadá, em que seis milhões de pessoas ficaram sem energia durante nove horas. De acordo com a NASA, o incidente provocou também perturbações em centrais elétricas nos EUA. Foi uma das maiores registadas. Em 2000, registou-se uma outra situação do género, não tão potente, que ficou conhecida como o incidente do Dia da Bastilha, por ter ocorrido no dia 14 de julho, data do feriado nacional francês. Neste caso, houve alguns curto-circuitos em satélites e as comunicações via rádio foram também afetadas. Em 2003, o fenómeno por alturas do Halloween, com uma série de erupções ao longo de vários dias, foi a maior atividade registada. Já em 2006, em dezembro, uma outra tempestade solar causou interrupções nos serviços de GPS e de outras comunicações por satélite durante dez minutos. Foi a última grande erupção.

O ciclo atual do Sol começou em dezembro de 2008 e dura uma média de 11 anos. A intensidade da atividade solar diminuiu abruptamente, abrindo o caminho para o "mínimo solar". No final da fase ativa, as erupções tornam-se cada vez mais raras, o que não significa que não sejam potentes.



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