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Os efeitos das alterações climáticas podem ser bastante mais radicais do que o que a ciência pensava. Depois de quase quatro décadas a recolher dados de um satélite, cientistas climáticos concluíram que, pela primeira vez, a espécie humana está a "desequilibrar" as temperaturas das estações, fazendo-as trocar entre elas.
A investigação publicada na revista Science mostra "pegadas" causadas por humanos em locais pouco prováveis - a atmosfera acima de nós mas abaixo do espaço, a troposfera. E não é apenas isso: foram encontradas mudanças brutais ao longo dos anos no clima estacional – como varia uma temperatura do verão para o inverno e desse inverno para o verão seguinte.
O estudo, liderado por alguns dos melhores especialistas em clima a estudar a atmosfera terrestre, foi possível graças à medição contínua da temperatura atmosférica através de satélites. Foi então contabilizado o histórico de 38 anos do aparelho e captados os picos mensais de temperatura – os altos e os baixos.
Conscientes da incerteza dos cálculos e da existência de todo o tipo de cépticos sobre alterações climáticas, os autores do estudo atribuíram uma probabilidade de "cinco em cada milhão" de cenários destas mudanças ocorrerem naturalmente, sem a interferência do Homem.
Durante a fase inicial da investigação, as "ondas" - diferenças entre picos de temperaturas máximos e mínimos - foram suaves. Mas, no último ano em estudo, 2016, as diferenças atingiram os maiores picos máximos – e muito maiores picos mínimos. As mudanças nestes padrões de temperaturas sazonais apenas puderam ser explicadas pela impressão digital deixada pela influência humana – e não pela variabilidade natural do clima.
Benjamin Santer, o líder da investigação e investigador no Laboratório Lawrence Livermore, alertou ainda para a persistente desconexão entre as descobertas que atribuem o aquecimento da Terra à humanidade e como as mesmas são caracterizadas pela política internacional.
De acordo com o estudo, cinco dos seis satélites mostram dados concretos de que o aquecimento subiu a níveis acima das previsões. "Este é o tipo de coisa que não se quer estar certo", afirmou Santer à Bloomberg, descrevendo o seu trabalho como uma lembrança desconfortável das previsões climáticas que se avizinham.
fonte: Sábado