Fotografia © REUTERS/Michael Sohn
Arqueólogo da Universidade do Arizona defende que existem passagens secretas que se podem ver através de fissuras. Uma tem características idênticas às de outros túmulos reais.
Para Nicholas Reeves provar que o túmulo de Nefertiti está no mesmo de Tutankamon poderá ser "a maior descoberta arqueológica alguma vez feita". O arqueólogo da Universidade do Arizona estudo imagens de alta resolução do túmulo do jovem faraó e acredita que existem duas passagens secretas que foram tapadas, mas que podem ser vistas, ainda que mal, através de algumas fissuras.
Uma das passagens deverá dar para um armazém, mas é a outra que interessa mais a Reeves. Uma passagem maior, do lado norte da câmara funerária de Tutankamon, pode esconder algo muito mais interessante, como descreve o The Economist. Reeves escreveu num artigo que acredita que duas portas podem estar a ocultar um corredor, que terá o tamanho e a forma de outros túmulos reais.
O túmulo de Tutankamon foi descoberto em 1922 por Howard Carter. Ainda hoje é uma das maiores descobertas arqueológicas, pois o túmulo estava intacto, permitindo um estudo nunca antes possível. Mais de cinco mil artefactos estavam no seu interior e apesar de ter sido um faraó sem grande impacto na história do Egito, acaba por ser o mais conhecido devido precisamente à condição em que foi encontrado o seu túmulo.
Já Nefertiti, que significa "a mais bela chegou", foi uma das mais icónicas rainhas do Egito. Casada com o faraó Amenhotep IV, que substituiu o culto politeísta pela veneração de um único deus, além de várias alterações políticas. A rainha é apontada como a possível mãe de Tutankamon, ainda que estudos de ADN recentes apontem que tal não seja verdade. Outra teoria é que o jovem faraó - que morreu aos 19 anos depois de um reinado de cerca de nove - foi fruto de uma relação de incesto entre o faraó Amenhotep IV e a irmã.
Para comprovar a teoria de Nicholas Reeves é possível utilizar técnicas não invasivas, como um sistema de radar que poderá rapidamente mostrar se haverá espaços ocos, segundo explicou um outro arqueólogo, Kent Weeks.
Nicholas Reeves considera difícil ignorar a sua teoria e salientou: "Se estou errado, estou errado, mas se estou certo esta é potencialmente a maior descoberta arqueológica alguma vez feita".
fonte: Diário de Noticias