Surgiu nas águas japonesas e pode ser parecido com o conhecido peixe-balão, o que torna difícil distinguir quais os exemplares tóxicos.
A menos que as suas toxinas sejam delicadamente removidas por especialistas, comer este peixe pode mesmo matar. De acordo com o Quartzy, o aquecimento das águas que circundam o Japão é o responsável pela proliferação de uma nova espécie de peixes mutantes. E tudo começou nas alterações climáticas. Pior: por ser uma espécie semelhante aos conhecidos peixe-balão (ou fugu), assim como de outras espécies comercializadas, pode encontrá-los à venda nas bancas dos mercados, embora sejam tóxicos.
Fugu no prato é considerada uma refeição luxuosa e nem sempre barata, mas também perigosa. Contudo, de acordo com a Reuters, estas espécies híbridas não são necessariamente mais perigosos do que a espécie original. De acordo com a Reuters, o risco está em não compreender onde se encontra a toxicidade deste peixe, normalmente reservada no fígado e nos órgãos reprodutivos. Pode bastar que estes sejam removidos para que a sua ingestão passe a ser segura.
A solução parece simples: esperar que os especialistas removam estas toxinas dos peixes suspeitos ou escolher não consumir fugu. Contudo, distinguir entre espécies saudáveis e mutantes pode ser uma árdua tarefa até para os maiores entendidos na matéria e, por isso, nem sempre fiável.
A verdade é que estes peixes híbridos são cada vez mais frequentes nos mares circundantes, dificultando o processo de seleção e aumentando o risco de envenenamento. Segundo a Reuters, num dia no final de junho, estes representavam mais de 20% de todo a espécie capturada na costa do Pacífico, a 460 quilómetros de Tóquio.
No início deste ano, o governo japonês terá lançado um alerta para os locais, para que evitem comprar este tipo de peixe. Desde setembro, delegou ainda responsabilidades ao Ministério da Saúde para a segurança alimentar e investigação do problema.
Também os pescadores japoneses estarão a descartar grande parte do seu peixe suspeito, para evitarem envenenamentos acidentais.
fonte: Diário de Noticias