Ryan Pitterson, escritor e investigador da Bíblia, acredita que a mítica cidade de Atlântica nunca desapareceu e que os seus destroços podem ainda ser encontrados em Israel, sustentando os seus argumentos com passagens bíblicas.
Focado no pensamento e na teologia hebraica antiga, o escrito argumenta que existem certas ligações entre a narrativa de Platão sobre a cidade perdida de Atlântida e as histórias do gigantes bíblicos conhecidos como nefilins.
Os nefilins (termo que deriva do hebraico) eram descendentes da relação entre os “filhos de Deus” e as “filhas dos homens”, ou seja, eram, no fundo, criaturas metade humanasmetade divinas. Estes gigantes sugerem duas vezes mencionados na Bíblia.
Por sua vez, a Atlântica, descrita pelo antigo filósofo grego Platão em 350 a.C, era uma ilha mítica que, devido a um desastre natural devastador, acabou por afundar num lugar algures no mar Mediterrâneo ou no oceano Atlântico.
Em entrevista ao Daily Star, Pitterson, autor do livro “Julgamento dos Nefilins”, garantiu que a história dos nefilins coincide com a do deus grego Poseidon, que teve, alegadamente, filhos com uma mulher humana na ilha de Atlântida.
“Um exemplo que realmente me chamou à atenção foi a descrição da Atlântida de Platão”, começa por explicar. “É quase notável como é semelhante a Ezequiel 31, que descreve a ascensão deste anjo caído procriando com muitos filhos e tendo um reino com uma abundância de recursos e rios, bem como um poder militar e, em seguida, tudo isso se ter desmoronado. No relato de Platão, foi o deus grego Poseidon quem se apaixonou por uma mulher humana e a engravidou”, sustentou.
Para o investigador, a descrição de Platão da cidade perdida corresponde aos registos bíblicos da misteriosa estrutura circular de pedra Galgal Refaim (“círculo de gigantes”, em referência a uma raça bíblica de gigantes), que foi construída em 3000 a.C. e que é mais conhecida como “Stonehenge do Oriente Médio”.
Acredita-se que a Atlântida de Platão seja também construída em círculos concêntricos com água a correr através da cidade. “Assim, desde o início, foi um deus vindo para um reino terrestre e concebendo um filho com uma mulher humana, tal como aconteceu em Génesis 6”, aponta ainda Ryan Pitterson.
E remata: “A Atlântida é descrita como tendo todos os tipos de grandes minerais — ouro, minerais preciosos — e num relato bíblico, em Génesis 2, dizem-nos que os rios que que saíam do Jardim do Éden englobavam toda a linha de Ávila”, explicou Pitterson.
A mítica Atlântida continua a fomentar o debate científico, havendo vários especialistas que apontam que a cidade pode está afundada em Espanha. Além da verdadeira cidade, outras há que vão sendo criadas à luz da original, indo desde a Tanzânia até à Alemanha.
fonte: ZAP