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Arqueólogos descobrem restos mortais de mulher cita com um cocar de ouro

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O crânio da mulher cita encontrada com um cocar cerimonial

Uma equipa de arqueólogos descobriu os restos mortais de uma antiga mulher cita, enterrada com um cocar cerimonial feito com metais preciosos como ouro.

De acordo com a Newsweek, o túmulo continha ainda os restos mortais de duas jovens mulheres, com idades entre os 20 e os 29 anos e os 25 e os 35 anos, e de uma rapariga que devia ter entre 12 e 13 anos.

A equipa de arqueólogos fez esta descoberta no Cemitério Devitsa V, no sudoeste da Rússia, de acordo com o comunicado divulgado pelo Instituto de Arqueologia da Academia de Ciências Russa.

As mulheres são citas, nómadas e guerreiras que vieram das estepes da Eurásia, naquilo que hoje em dia é o sul da Sibéria — antes de estenderem a sua influência por toda a Ásia Central, da China ao Mar Negro.

Pensa-se que a mais velha das quatro tenha morrido quando tinha entre 45 e 50 anos — um feito impressionante para um tempo em que se acredita que a expectativa média de vida tenha sido de 30 a 35 anos. Os citas parecem ter tido um maior risco de morrer no início da idade adulta do que outros grupos da Idade do Ferro devido à sua propensão para a guerra.

A mulher foi encontrada enterrada com um cocar cerimonial decorado com padrões florais, com um aro que exibe pingentes em forma de ânfora. É feito de ouro (65% a 70%) com cobre, prata e uma pequena fração de ferro. Segundo os investigadores, esta é uma grande concentração de ouro para a cultura cita.


Do lado esquerdo, uma reconstrução desse cocar

Uma das mais jovens foi encontrada na posição de cavaleiro, de forma a que os tendões das suas pernas fossem cortados. Ao seu lado estava um espelho de bronze, uma pulseira de missangas, duas lanças e dois vasos.

No local, os arqueólogos descobriram ainda um gancho de ferro em forma de pássaro, fragmentos de um chicote de cavalo, ganchos de ferro para pendurar arreios, facas de ferro, ossos de animais e uma coleção de mais de 30 pontas de flecha de ferro.

A equipa também descobriu uma passagem de ladrões no extremo norte do local do enterro, que pensa ter sido escavado um ou dois séculos depois da construção do túmulo. Apenas as partes norte e leste da sepultura — onde a adolescente e uma das mulheres estão enterradas — parecem ter sido atingidas.

Valerii Guliae, que liderou a investigação, afirma que esta é a primeira vez que um enterro de mulheres citas, com idades diferentes entre si, é encontrado.

“Deparámo-nos com um enigma: duas mulheres no auge da idade, uma adolescente e outra bastante velha para a época cita. Não é claro como poderão ter falecido na mesma altura. Não têm vestígios de lesões ósseas. Existem algumas marcas de tuberculose e brucelose, mas essas doenças não podem causar a morte de forma simultânea“, afirma.

fonte: ZAP


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