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Escorpião com 437 milhões de anos terá sido o primeiro a respirar em terra

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Fósseis do escorpião pré-histórico foram agora analisados e cientistas acreditam que são o exemplo mais antigo de um animal que respirou ar, tendo "saltado" da água do mar para terra.

Um escorpião com 437 milhões de anos terá sido a primeira criatura a aventurar-se do mar para a vida na terra, de acordo com um novo estudo, que lança uma nova luz sobre um dos primeiros capítulos da evolução da história do planeta.

Os cientistas acreditam que os restos fossilizados do escorpião pré-histórico são o exemplo mais antigo conhecido de um animal que respira ar terrestre, embora Andrew Wendruff, da Universidade Otterbein, em Westerville, Ohio, tenha dito que não se sabe como a criatura terá dividido o seu tempo entre terra e mar.

"Temos a preservação da estrutura interna. Eram como escorpiões modernos, pois faziam as mesmas coisas. Era mais do que provável respirarem ar em terra", disse Wendruff, autor do estudo que publicou quinta-feira na revista Scientific Reports.

Embora não exista "prova inequívoca" de que este escorpião pré-histórico, oficialmente conhecido como Parioscorpio venator, fosse terrestre, Andrew Wendruff acredita que "tinha a capacidade de respirar em terra e certamente chegou a terra".

Nenhum pulmão ou guelra pode ser visto nos fósseis, mas a semelhança com os caranguejos-ferradura, que podem respirar em terra, sugere que, apesar de os escorpiões mais antigos poderem não ter sido totalmente terrestres, devem ter permanecido em terra por longos períodos de tempo, aponta o estudo.


Imagens, incluídas no estudo, dos fósseis analisados

Todos os outros fósseis descobertos antes deste período são de animais que viveram e respiraram debaixo de água. Um milípede pré-histórico tinha sido dado anteriormente como o primeiro a mudar para terra, mas era 16 a 17 milhões de anos mais jovem, realça Wendruff, citado pela CNN. "Isto é literalmente quando as únicas coisas em terra eram plantas e proto-plantas. É muito antes dos peixes que se lançaram para terra e antes dos dinossauros", disse.

Com o ferrão no final da cauda, o escorpião pré-histórico é praticamente indistinguível dos atuais, mas o investigador principal deste estudo explica que é impossível saber se usaria veneno. Os fósseis estavam entre os muitos desenterrados de uma pedreira em Wisconsin, na década de 1980 e tinham sido armazenados num museu na Universidade de Wisconsin antes de Wendruff os reexaminar como parte do seu doutoramento. Este cientista ficou surpreendido ao descobrir os dois fósseis de escorpião bem preservados que mostravam elementos do sistema circulatório, respiratório e digestivo do animal.

As criaturas antigas teriam cerca de dois centímetros de comprimento. Fósseis já analisados mostraram que algumas criaturas pré-históricas semelhantes a escorpiões tinham um metro e meio de comprimento, embora nunca saíssem do mar, foram extintas e não têm ligação com os escorpiões modernos.



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