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Seis "terronautas" vão viver isolados em "Marte" durante um ano

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O objetivo é preparar a viagem até Marte, analisando como reagem os voluntários ao isolamento e ao convívio forçado uns com os outros.

Uma equipa de seis pessoas recrutadas pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) vai passar os próximos 12 meses em Marte... ou pelo menos a fingir que está no planeta vermelho, isolada do resto do mundo. O objetivo é preparar a viagem até Marte.

As portas fecharam-se ontem à 15.00 (02.00 da manhã de Lisboa), no Havai, e, se tudo correr como o esperado, os voluntários da missão HI-SEAS só vão voltar a casa dentro de um ano, o período mais longo já tentado para uma experiência deste tipo - a primeira realizou-se há dois anos e durou quatro meses.

Quem são as pessoas que aceitaram este desafio da Nasa? A comandante da missão é a norte-americana Carmel Johnston, especialista em solos. Depois há uma física e engenheira alemã, Christiane Heinicke, um astrobiólogo francês, Cyprien Verseux, e mais três norte-americanos - o piloto Andrzej Stewart, o arquiteto Tistan Bassingthwaighte, e a médica e jornalista de ciência Sheyna Gifford.

A simulção começou na sexta-feira, num complexo perto do Mauna Loa, um vulcão adormecido no Havai. Os seis vão partilhar um espaço com um diâmetro de apenas 11 metros, enfrentar muitas restrições alimentares, e ter de lidar com a convivência forçada. Até o acesso à internet será restringido.

Qualquer saída será tratada como uma saída em Marte e implicará o uso de um fato espacial.

A NASA estima que uma missão a Marte demore entre um e três anos, obrigando os astronautas a viver juntos num espaço reduzido e sem hipótese de fuga durante toda a viagem - um ambiente propício a conflitos. Nesta experiência a agência observa o efeito do isolamento e convivência forçada nas reações da equipa.



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