Primeiros voos comerciais para passageiros podem ser viáveis a partir de 2020
A NASA quer protagonizar o regresso às viagens comerciais em avião supersónico, mas sem os estampidos característicos da velocidade superior à do som, como acontecia com o Concorde francês.
A estimativa para o primeiro voo comercial é o ano de 2020, se tudo correr como previsto. Até lá, a Lockheed Martin, empresa com a qual a NASA celebrou ontem um contrato de 20 milhões de dólares (18,4 milhões de euros) para concluir o protótipo de demonstração nos próximos 17 meses, vai deitar mãos à obra para ter pronto o novo aparelho que, para já é apenas o avião X - começa sempre por se chamar assim, não é?
"A NASA está a trabalhar arduamente para tornar os voos mais seguros, menos ruidosos e mais amigos do ambiente e, ao mesmo tempo, a desenvolver aparelhos mais rápidos e um sistema de aviação mais eficiente", afirmou Charles Bolden, o administrador da NASA, na reunião em que anunciou o novo avião supersónico, numa cerimónia em Arlington, Virgínia, nos Estados Unidos.
Na ocasião, Bolden lembrou o feito de outro americano, Chuck Yeager, que há quase 70 anos, a 14 de outubro de 1947, bateu pela primeira vez a barreira do som a bordo de um Bell X-1. "Estamos a prosseguir a pesquisa para desenvolver a alta velocidade, com o avião X supersónico muito menos ruidoso", sublinhou o patrão da NASA.
A tecnologia supersónica não ruidosa tem por objetivo que os aviões a velocidades superiores à do som produzam apenas um piar suave em vez dos estampidos brutais que tradicionalmente se produzem à passagem de um aparelho supersónico.
fonte: Diário de Noticias