Ainda não se sabe o que causou as emissões detetadas pelos investigadores
Um grupo de cientistas do Instituto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), dedicado à procura de vida extraterrestre, analisou 400 terabytes de dados radiofónicos provenientes de uma galáxia anã localizada a cerca de três mil milhões de anos-luz da Terra, o que lhes permitiu detetar 72 sinais extraterrestres.
De acordo com a Sky News, os sinais detetados são explosões rápidas de rádio (FRBs), que consistem em impulsos rápidos e brilhantes de causas desconhecidas, encontrados num conjunto de dados recolhidos pelo Green Bank Telescope, parte da Zona de Rádio Silenciosa dos EUA, onde são proibidos sinais de comunicações sem fios, de modo a evitar interferências com telescópios.
"A natureza do objeto que os emite é desconhecida. Existem várias teorias, incluindo que elas podem ser assinaturas da tecnologia desenvolvida por vida inteligente extraterrestre", disse uma fonte do SETI.
Um estudante doutorado pela Universidade da Califórnia em Berkeley, Gerry Zhang, desenvolveu o algoritmo usado para examinar os 400 terabytes de dados, no qual outro investigador já tinha identificado 21 FRBs.
"O trabalho de Gerry é entusiasmante não só porque nos ajuda a compreender o comportamento dinâmico dos sinais FRBs com mais detalhe, mas também por causa da promessa que mostra ao usar a aprendizagem de máquinas para detetar sinais perdidos por algoritmos clássicos", disse Andrew Siemion, investigador do SETI.
Em 2017 cientistas da Universidade de Harvard, nos EUA, sugeriram que os sinais FRBs podiam ser o resultado de falhas de energia de transmissores poderosos construídos por civilizações alienígenas, com o objetivo de enviar gigantes barcos à vela em viagens interestelares. Uma vela leve poderia permitir grandes velocidades a naves espaciais ao utilizar uma pequena quantidade de pressão exercida pela luz.
fonte: Diário de Noticias