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Bennu é um asteroide em forma de diamante. E a sonda da NASA já chegou

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O pequeno asteroide, fotografado pela sonda da NASA Osiris-Rex © NASA/Goddard/University of Arizona

Durante o próximo ano, a nave Osiris-Rex vai estar na órbita do Bennu, um pequeno asteroide cheio de segredos para contar. No início de 2020, a nave vai recolher uma amostra da sua superfície e trazê-la para a Terra

Depois de dois anos de uma viagem discreta, a nave Osiris-Rex, da NASA, inicia hoje uma missão que tem todos os ingredientes para cativar as atenções: um asteroide em forma de diamante, que orbita o Sol algures entre a Terra e Marte, uma história cheia de segredos para desvendar e um passe final, que não chega a ser uma aterragem, mas que há de trazer um a dois quilos de amostras para a Terra em 2023.

A Osiris Rex vai entrar na órbita de um pequeno asteroide, o Bennu, cuja forma se assemelha à de um diamante, que tem apenas 490 metros de diâmetro e é o mais pequeno até hoje visitado por uma nave terrestre, vai estudar aquele pequeno astro em busca de compostos orgânicos, durante os próximos meses e, numa arrojada aproximação à sua superfície, a apenas três metros de distância, vai colher uma amostra que trazer depois para a Terra. É esta aventura plena de peripécias que está agora mesmo a começar.

O encontro com o Bennu, que no passado distante do sistema solar já esteve integrado na cintura de asteroides, localizada entre Marte e Júpiter, onde se concentram centenas de milhares destes pequenos astros, e que entretanto se movimentou, orbitando agora o Sol no imenso espaço que existe entre a Terra e Marte, inicia-se hoje, mas a Osiris-Rex só na véspera de Natal, ou seja, dentro de 21 dias, entra definitivamente na sua órbita. Até lá vai continuar a fazer uma aproximação lenta e cautelosa.

Equipada com vários instrumentos - um espetrómetro para detetar compostos orgânicos, um espetrómetros para medir temperaturas, um altímetro, uma câmara e um espetrómetro de raios X - a sonda vai estudar em detalhe o pequeno astro, que os cientistas encaram como um fóssil intacto que chegou até hoje, vindo dos primórdios da formação do sistema solar.

Conhecendo os segredos do Bennu, da sua história e composição, os cientistas esperam obter mais informações sobre a formação do sistema solar, com os seus os seus planetas.

Se tudo correr como previsto, em março de 2020, a nave vai fazer uma aproximação a menos de três metros da superfície do Bennu para, com o seu braço robótico, recolher entre um e dois quilos de amostras da superfície, que trará para a Terra, com chegada prevista em 2023.

Essa será a manobra mais delicada de toda a missão,a exigir uma enorme precisão, mas só acontecerá dentro mais de um ano. Para já, os responsáveis da missão estão concentrados na lenta aproximação até à zona em que a nave vai poder entrar na órbita do Bennu. A manobra final para essa inserção está agendada para a véspera de Natal. Se correr bem, será a melhor das prendas possíveis.



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