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Este planeta é super-estranho

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Parece o planeta de lava a arder onde Obi-Wan Kenobi e Anakin Skywalker lutaram ("Star Wars III: A Vingança dos Sith").

O 55 Cancri e, a 40 anos-luz da Terra, tem o dobro do nosso tamanho e é oito vezes mais denso.

Mas o que o distingue é o facto de ser constituído apenas por rocha e lava, o que, segundo a NASA, o coloca numa dimensão muito diferente dos outros milhares de planetas já catalogados.

Outra característica curiosa: o 55 Cancri e está muito próximo da sua estrela, dando origem a temperaturas incríveis (os cientistas falam em 2500º C). Do outro lado, e porque não há rotação, é sempre escuro e o termómetro não passa dos 1100º C...

É por causa das temperaturas que uma parte do planeta é constituída, segundo os cientistas, por "rios de lava e grandes piscinas de magma".


O 55 Cancri e não tem atmosfera nem campo magnético.

fonte: TSF


Descoberta, a partir do espaço, pode mudar a história da América do Norte

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As primeiras indicações dizem que os cientistas descobriram uma povoação víquingue na costa do Canadá. O Google Earth ajudou...

A confirmar-se que se trata de uma povoação víquingue, a descoberta poderá obrigar a reescrever a história do continente norte-americano.

A equipa de arqueólogos fez a descoberta juntando dois elementos altamente improváveis de serem conjugados: as sagas medievais, que contam as aventuras dos víquingues, com tecnologia via satélite.

Através desses relatos, fica a saber-se que os víquingues teriam chegado ao continente norte-americano pelo menos 500 anos antes de Colombo.

Mas sempre subsistiram dúvidas sobre a credibilidade desses textos, escritos alguns séculos depois dos próprios actos relatados.

É certo que na década de 60 do século passado foi confirmado que os víquingues teriam estado em L"Anse aux Meadows (Canadá), o que só por si foi uma descoberta revolucionária. Mas o facto de se ter provado que foi uma instalação provisória fez desvalorizar o impacto.

Agora surgem evidências de um segundo local, Point Rosee,não muito longe de L"Anse aux Meadows, descoberto com recurso a imagens obtidas via satélite, no Google Earth.

Os cientistas, liderados pela arqueóloga espacial Sarah Parcak, falam numa descoberta potencialmente "sísmica".

fonte: TSF

Babuíno viveu mais de 2 anos com coração de porco

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A seguir somos nós? Já esteve mais longe.

O que surpreende nesta investigação é o tempo que o babuíno aguentou: em vez do máximo de 500 dias que até agora se verificava, os cientistas do National Institutes of Health, em Maryland (EUA), conseguiram prolongar a ida do animal durante 945 dias.

O sucesso da operação deve-se à utilização de medicamentos imunossupressores aliados aos mais recentes avanços na genética, nomeadamente os que permitem evitar a rejeição imediata do implante (e não de um transplante, que não aconteceu ainda).

Obviamente que o objetivo deste e de outros cientistas é utilizar estes conhecimentos nos humanos - não é por acaso que são escolhidos os babuínos, que têm uma anatomia parecida.

O responsável máximo pela investigação pensa que isto mostra que os xenotransplantes (de animais para humanos) "podem realmente acontecer".

Dos cinco babuínos envolvidos nesta experiência, apenas um chegou perto dos 1000 dias; em média, os restantes ficaram perto dos 300 dias.

A próxima fase será fazer o transplante em vez do implante.

fonte: TSF

Aligátor gigante caçado na Florida

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Mason, filho do dono da quinta, posa com o animal caçado

Animal de 4,5 metros estava numa charca para gado.

"Eu e o Lee Lightsey tivemos o prazer de orientar uma caçada esta manhã. Matámos o maior aligátor que alguma vez caçámos no meio selvagem. Media 4,5 metros: parabéns ao Chris e ao Derek por este monstro". A mensagem publicada pelo guia de caça Blake Godwin na página do Facebook da Outwest Farm - uma propriedade em Okeechobee, no estado americano da Florida, que organiza expedições de caça e pesca - dá conta da captura de um réptil de tamanho impressionante. 

Tanto que foi preciso um trator para içar o gigante para terra. O aligátor americano estava numa charca para dar de beber ao gado quando foi descoberto pelos guias de caça. Foi abatido a tiro quando emergiu à superfície da água. Lee Lightsey, dono da propriedade, explica à BBC porque abateram o animal: "Ele parecia estar a banquetear-se com os animais da minha quinta, porque havia várias partes de animais mutilados na água. Era um monstro que precisava de ser removido". 

A empresa de Lee Lightsey cobra aos clientes 8,7 mil euros se os clientes matarem crocodilos maiores de 4 metro e 4 mil euros se estes forem mais pequenos. Os animais são abatidos com espingardas de grande calibre. 

A mensagem colocada na rede social foi rapidamente partilhada e trouxe muitos comentários negativos. "Porque é que têm sempre de matar animais tão magníficos? Isto é tão errado…", escreveu uma utilizadora. 

O aligátor americano é uma espécie nativa do sul dos Estado Unidos. Vive nos estados da Florida e da Louisiana, onde também existem crocodilos, parentes da espécie anfíbia. O aligátor distingue-se do crocodilo por ter a cabeça mais achatada e por, ao contrário deste, ter todos os dentes 'escondidos' dentro da boca - o crocodilo tem o quarto dente da madíbula sempre visível. Os crocodilo tende a ser maior que o aligátor.


O peixe que se esconde dentro da criatura gelatinosa

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O peixe esconde-se no meio de um animal transparente? A fotografia foi tirada no fundo do mar...

Mas que criatura gelatinosa é esta onde vive este peixe da espécie Holocentridae?

Biólogos marinhos identificaram o animal como sendo uma salpa.

E, pelos vistos, o peixe não está a ser comido pela salpa, mas sim a esconder-se ou, pelo menos, a beneficiar da sua proteção.

"O peixe abriga-se onde puder no vazio oceânico e uma salpa é uma ótima casa", dizem os cientistas Sarah Matye e Jeff Milisen.

O fotógrafo Wayne MacWilliams fez esta imagem durante um mergulho ao largo da costa de Singer Island, em Palm Beach (Flórida).

fonte: TSF

Foguetão aterra no mar. SpaceX consegue proeza inédita

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A empresa californiana SpaceX conseguiu fazer aterrar o seu foguetão Falcon9 numa plataforma no Oceano Atlântico. É a primeira vez que um foguetão consegue aterrar numa plataforma instável.

A aterragem do engenho com 70 metros de altura ocorreu cerca de 10 minutos depois do lançamento da cápsula Dragon para a Estação Espacial Internacional.


A SpaceX já tinha tentado em dezembro fazer o seu foguetão aterrar, depois de um lançamento na Flórida.

fonte: TSF

O homem das Flores deixou-nos há mais tempo do que pensávamos

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Últimos trabalhos arqueológicos, entre 2007 e 2014, na gruta de Liang Bua, na ilha das Flores EQUIPA LIANG BUA


Crânio da mulher encontrada na ilha das Flores, que serviu de referência à identificação da nova espécie Homo floresiensis BEAWIHARTA/REUTERS


Os ossos encontrados da mulher Homo floresiensis BEAWIHARTA/REUTERS


Estudo das camadas de sedimentos da gruta EQUIPA LIANG BUA

Fósseis humanos encontrados numa ilha indonésia há quase 12 anos foram novamente datados. Têm afinal à volta de 60 mil anos – por isso, ao invés do que se supunha, esses humanos e a nossa espécie podem nunca se ter cruzado.

Numa nova reviravolta, o homem das Flores volta a surpreender-nos, ao ver agora a idade dos seus fósseis corrigida: afinal, esta espécie humana não viveu até há 12 mil anos, o que significava que teria coexistido com a nossa própria espécie até muito tardiamente, e terá mesmo desaparecido muito tempo antes disso. Uma nova datação dos ossos do homem das Flores e dos sedimentos onde se encontravam concluiu que os fósseis desta espécie humana — descobertos em 2003 na gruta de Liang Bua, na ilha das Flores, na Indonésia — têm afinal cerca de 60 mil anos.

Esta revisão da idade dos exemplares do homem das Flores, apontando-lhe mais quase 40 mil anos do que se considerava antes, é publicada na edição desta quinta-feira da revista Naturepor uma equipa internacional de cientistas, que fez mais escavações arqueológicas na gruta de Liang Bua, entre 2007 e 2014. E vem baralhar de novo o quebra-cabeças da evolução humana. Porquê?

Porque há cerca de 50 mil anos a nossa espécie, o Homo sapiens, que já tinha saído de África e estava a espalhar-se por todo o planeta, já se tinha aventurado até às ilhas do Sudeste asiático, onde se localiza a ilha das Flores, e estava mesmo a chegar à Austrália. Também se dirigia para a Europa, onde chegaria há aproximadamente 40 mil anos. Ora a correcção na idade dos fósseis do homem das Flores tem implicações na história das migrações humanas: as duas espécies (ele e nós) podem ter coexistido no tempo, mas será que chegaram a encontrar-se?

Doze anos de controvérsias

A descoberta do homem das Flores, em Agosto de 2003, foi uma surpresa e lançou confusão na árvore evolutiva humana, já de si confusa. Coordenada pelo arqueólogo Michael Morwood (já falecido), da Universidade de Wollongong, na Austrália, essa equipa de cientistas australianos e indonésios encontrou os ossos de uma mulher — incluindo o seu crânio — no solo, a cerca de seis metros de profundidade, na gruta de Liang Bua. No ano seguinte, em Outubro, na revista Nature, a equipa anunciava a descoberta e defendia tratar-se de uma nova espécie de humanos.

Começava aí a controvérsia, que tornou de imediato este achado mundialmente famoso. Antes de mais, porque até essa altura estávamos convencidos de que éramos, há muito mais tempo, os únicos humanos que restavam no planeta. Até aí, os neandertais eram considerados os nossos últimos companheiros, desaparecidos há cerca de 28 mil anos (e a Península Ibérica, depois de terem vivido por toda a Europa e Médio Oriente, foi o seu último refúgio).

Ao fóssil da mulher que ocupou a gruta de Liang Bua atribuiu-se a idade de 18 mil anos. E, em camadas de sedimentos mais antigas e mais recentes, que então se pensava terem entre 95 mil e 12 mil anos, encontraram-se ainda restos fragmentados de outros indivíduos. Também havia ferramentas de pedra e ossos de animais já desaparecidos.

Foram os ossos da mulher, em particular o crânio, que serviram de referência para identificar a nova espécie humana. O crânio era extremamente pequeno (cerca de 400 centímetros cúbicos de capacidade, idêntica à dos chimpanzés) e os ossos dos membros desta mulher, já adulta, revelavam que era muito baixa (1,06 metros). Em termos de aparência, recorda um comunicado da equipa que publica os novos resultados, ela assemelhava-se mais às espécies humanas que viveram em África e na Ásia entre há um e três milhões de anos.

O nome da nova espécie: Homo floresiensis, ou homem das Flores. Como seriam indivíduos muito pequenos, os cientistas até consideraram atribuir-lhe o nome científico Homo hobbitus, numa alusão ao mundo imaginado por J.R.R. Tolkien em O Hobbit e O Senhor dos Anéis. Informalmente, os membros da nova espécie são conhecidos por hobbits.

No seu conjunto, os fósseis encontrados na gruta de Liang Bua permitiram aos cientistas dizer, na altura do anúncio da descoberta, que o homem das Flores teria surgido há cerca de 95 mil anos e que a sua existência se teria prolongado até há 12 mil anos, quando desapareceu. E, aí sim, teríamos ficado sozinhos, como espécie humana, no planeta.

Mas na comunidade científica muitos duvidaram de que se trataria de uma nova espécie humana, sobretudo devido ao facto de o crânio ser muito pequeno, e esta questão esteve no centro da controvérsia.

Houve quem considerasse que eram indivíduos da nossa espécie, o homem moderno — mas enquanto para alguns cientistas eles tinham microcefalia, um problema neurológico caracterizado por um crânio e um cérebro muito pequenos e deficiências mentais, para outros eram apenas pigmeus, uma vez que ainda hoje existem nas Flores populações de baixa estatura. Outros puseram ainda a hipótese de ser um Homo sapiens com síndrome de Down.

Para a equipa da altura, porém, a ausência de queixo — uma característica única da nossa espécie — era uma prova de que os fósseis do homem das Flores não eram nem de um Homo sapiensmicrocéfalo nem muito baixo, mas sim de uma outra espécie. Vários estudos reforçaram esta tese, comparando, por exemplo, a forma do cérebro do homem das Flores com a de indivíduos da nossa espécie microcéfalos e saudáveis. Esta discussão parece estar um pouco mais calma nos últimos tempos.

A culpa foi dos sedimentos

Agora, Thomas Sutikna (da Universidade de Wollongong e do Centro Nacional de Investigação para a Arqueologia, na Indonésia) e os colegas, incluindo muitos da equipa original, regressaram ao homem das Flores com outro artigo. Desta vez, relatam que os últimos oito anos de escavações puseram a descoberto uma organização das camadas de sedimentos da gruta mais complexa do que se pensava. O que permitiu corrigir a idade dos fósseis.


Gruta de Liang Bua, na ilha das Flores, em preparação para as últimas escavações GABINETE DO PROGRAMA DE DIGITALIZAÇÃO SMITHSONIAN/EQUIPA LIANG BUA

“Durante as nossas escavações originais não nos apercebemos de que os depósitos do hobbit perto da parede leste da gruta tinham uma idade semelhante aos do centro da gruta, que tínhamos datado com cerca de 74 mil anos”, explica Thomas Sutikna, no comunicado de imprensa. “À medida que todos os anos alargávamos a escavação original, tornou-se cada vez mais claro de que havia um grande ‘pedestal’ de depósitos mais antigos que tinha sido separado [dos outros sedimentos] por erosão da superfície e que estava bastante inclinado em direcção à entrada da gruta.”

Acontece que aquela superfície erodida da gruta foi coberta por sedimentos mais recentes, nos últimos 20 mil anos. “Infelizmente, no início pensava-se que as idades desses sedimentos sobrepostos se aplicava aos restos do hobbit, mas a continuação das nossas escavações e análises revelou que esse não era o caso”, diz outro dos autores do trabalho, Wahyu Saptomo, do Centro Nacional de Investigação para a Arqueologia indonésio.

O retrato aperfeiçoado das camadas de sedimentos da gruta de Liang Bua, que revela que os depósitos não estão distribuídos de forma uniforme, bem como datações dos vestígios arqueológicos, por vários métodos, vêm assim contar uma nova história. “Datámos carvão, sedimentos, mantos estalagmíticos, cinzas vulcânicas e mesmo os ossos do Homo floresiensis, utilizando os métodos científicos mais avançados disponíveis”, acrescenta o investigador que na equipa supervisionou as datações, Richard Roberts, da Universidade de Wollongong. “Na última década, melhorámos bastante o conhecimento sobre os depósitos acumulados em Liang Bua e o que isso significa para a idade dos ossos do hobbit e das ferramentas de pedra.”

Resultado: as datações de todos os restos ósseos do Homo floresiensis concluíram que, afinal, têm entre 100 mil e 60 mil anos, e que as ferramentas de pedra cujo fabrico é atribuído a esta espécie vão até aos 50 mil anos. “Se o Homo floresiensissobreviveu de há 50 mil anos para cá — encontrando potencialmente outros humanos modernos nas Flores ou outros hominíneos que se espalhavam pelo Sudeste da Ásia, como os denisovanos [descobertos só em 2008 na gruta Denisova, nos montes Altai, na Sibéria, e que viveram até há 30 mil anos] — é uma questão em aberto”, lê-se no artigo científico.

Com quem se cruzou e quando é que nos deixou exactamente são agora perguntas que ficam para os próximos capítulos da incrível história da evolução humana.

fonte: Público

Estrume ajuda a desvendar o enigma da rota de Aníbal pelos Alpes há mais de 2000 anos

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Cientistas nos Alpes à procura do rasto de Aníbal e do seu exército UNIVERSIDADE DE QUEEN EM BELFAST (DR)


Quadro Aníbal a atravessar os Alpes num elefante, de Nicolas Poussin

Um grupo de cientistas encontrou as primeiras provas da passagem do general cartaginês e do seu exército com soldados, elefantes e cavalos pelos Alpes, em 218 a.C. Está-se cada vez mais perto de traçar a rota completa de Aníbal e desvendar um antigo enigma.

Reza a história que quando confrontaram Aníbal com a impossibilidade da viagem que queria fazer, terá respondido: “Ou encontramos um caminho, ou abrimos um.” Foi há mais de 2000 anos que o general cartaginês Aníbal Barca e o seu exército, com elefantes e cavalos, atravessou os Alpes e invadiu a Península Itálica, derrotando as forças romanas. Um dos maiores enigmas da história é a rota escolhida em 218 a.C. para a difícil travessia dos Alpes. Afinal, que caminho seguiu Aníbal? Um grupo de investigadores de vários países e várias áreas científicas anunciou esta semana uma descoberta que ajuda a responder a esta questão. Tão surpreendente (ou até mais) quanto a conclusão é a forma como conseguiram chegar até ela: foi através da análise do chão, onde se encontraram sinais dos dejectos dos milhares de animais que Aníbal levava com o seu exército, que se chegou ao rasto do general cartaginês nos Alpes. São as primeiras provas apresentadas e que apontam para uma rota a sul.

A história é apaixonante. Um romance épico comparável a David e Golias, consideram os mais entusiastas. E resume-se assim: Há muitos, muitos anos, um corajoso general cartaginês chamado Aníbal Barca iniciou uma difícil viagem que alguns diziam ser impossível. Com o seu exército de 30.000 soldados e com 15.000 cavalos e 37 elefantes partiu da Hispânia (nome dado pelos romanos à Península Ibérica) decidido a invadir a Itália. Pelo meio, havia a “impossível” travessia dos Alpes. Para não nos perdermos em mais detalhes, vamos ao desfecho da aventura: Aníbal não só conseguiu atravessar os Alpes como entrou em Itália e conseguiu que a invencível força de Roma caísse derrotada a seus pés. E assim se fez História.

Porém, já se sabe, os investigadores nunca estão satisfeitos e querem também o impossível: ter todas as respostas, para todas as perguntas. Com eles, a história nunca acaba. Um dos maiores enigmas desta história é a rota que Aníbal escolheu por entre os Alpes. É imperioso saber isso, argumentam os investigadores, para identificar locais de interesse arqueológico e para os estudar. E, claro, para desvendar esse enigma. O desafio.

Três possíveis rotas

A travessia de Aníbal remonta a 218 a.C., altura da Segunda Guerra Púnica. Cartago, na actual Tunísia, era o principal rival militar de Roma. Passados mais de 2000 anos, os historiadores, geólogos, arqueólogos e outros investigadores terão chegado a um consenso sobre três possíveis caminhos escolhidos por Aníbal. Agora, uma equipa de investigadores de vários países (incluindo o geólogo português Pedro Costa) encontrou provas que apontam para uma das rotas (a que está situada mais a sul) como a mais provável. Que provas?

Estes investigadores, que publicaram dois artigos científicos na revista Archeometry, analisaram o chão de uma zona já considerada “suspeita”, um pântano numa planície próxima da Passagem da Traversette (Col de la Traversette, em francês) e relativamente perto do Monte Viso.

O local desta pequena depressão que acumula água foi escolhido por garantir que estaria preservado, não teria sido vítima de derrocadas de pedras nem tinha sofrido grande alteração ao longo do tempo. A cerca de 3000 metros acima do nível do mar, os investigadores escavaram naquele. Camada por camada, foram usando a datação por radiocarbono para dar “uma idade” a cada fatia do chão. Chegaram à camada que correspondia a uma datação de há 2200 anos. Era um pedaço de terra mais escuro, mais denso. Analisaram. Tinha sinais de contaminação e vestígios de dejectos de animais, muito superiores aos que é provável encontrar num “chão normal”. Em vez de um limite máximo de 5% dos vestígios do ADN de um grupo de bactérias anaeróbicas (Clostridia) que é característica do estrume de cavalo, encontrou-se ali (e só naquela densa fatia de terra) mais do dobro, cerca de 12 %. Acima ou abaixo daquela camada, a presença de Clostridiacaía significativamente. Mais: outros elementos da equipa olharam para química dos sedimentos e detectaram outros biomarcadores fecais (a molécula epicoprostanol, por exemplo) relativamente bem preservados que atingiam um máximo na fatia de terra com a data da travessia de Aníbal.

“Os resultados aqui apresentados constituem a primeira prova química e biológica da passagem de uma elevado número de mamíferos, possivelmente indicando a rota do exército de Aníbal nesta altura”, refere o artigo publicado este mês.

Está desvendado o enigma da rota de Aníbal? Não, ainda não. Falta saber o resto do caminho que fez. Aparentemente, esta descoberta descarta a hipótese de uma das rotas, situada mais a norte dos Alpes. Porém, não afasta totalmente um outro caminho que passaria algures pelo meio. “Só” aponta para uma mais provável escolha de Aníbal pela rota mais a sul, proposta há meio século pelo biólogo britânico Gavin de Beer. Esta rota, aliás, era a aposta já conhecida do principal investigador desta equipa. William Mahaney, investigador do Departamento de Geografia da Universidade de York (em Toronto, no Canadá), é o primeiro autor dos dois artigos do grupo internacional de investigadores e já escreveu vários artigos científicos e até romances científicos sobre o assunto.

Não é preciso ser cientista para concluir que é um dos maiores fãs desta história épica. Aliás, Pedro Costa, do Centro de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, confidencia ao PÚBLICO que Mahaney está fascinado pelo tema desde o tempo das aulas de latim do secundário. Mahaney, explica Pedro Costa, é o motor desta aventura sobre a aventura de Aníbal. “Ele é um visionário nesta área da geomorfologia”, refere o investigador português que começou a trabalhar com o especialista em 2008.

Pedro Costa, especialista na análise de areias de tsunamis, participou na campanha liderada por Mahaney no Verão de 2011 colaborando na parte da análise de sedimentos e estratigráfica. Os dois artigos publicados por esta equipa completam-se, com um primeiro trabalho mais virado para o lado da geologia e história e um segundo dedicado à bioestratigrafia, com a análise biológica e química dos materiais, extraindo o ADN dos sedimentos e procurando matéria orgânica e biomarcadores fecais. “A contribuição que faço neste trabalho é na identificação do nível que corresponde à data da passagem de Aníbal”, conta.

A história ainda não acabou

Os artigos agora publicados colocam Mahaney e a equipa mais perto de um final feliz mas… a história ainda não acabou. Para já, adianta Pedro Costa, Mahaney e alguns elementos da sua equipa terão sido desafiados a tentar fazer a mesma rota de Aníbal em 2017, acompanhados por uma equipa de uma cadeia de televisão. “Ainda estamos a negociar isso. Ainda não sabemos se será feita ou não”, diz o investigador português, que antecipa uma viagem difícil tendo em conta as campanhas já realizadas no território do Alpes. Porém, antes de pensar em fazer algum tipo de documentário, vão avançar os próximos passos desta investigação.

Falta agora fazer análises mais detalhadas aos sedimentos encontrados na camada do chão que guarda o rasto de Aníbal para poder dizer, com a maior certeza possível, que se trata de dejectos equinos e não humanos, diz ao PÚBLICO o microbiólogo Chris Allen, um dos principais autores dos artigos publicados e que pertence à Universidade Queens, em Belfast (Irlanda do Norte). Falta também, adianta Allen, encontrar e caracterizar geneticamente os ovos de parasitas naquela fatia de terra para obter muita informação. Provavelmente, será possível não só confirmar que estes ovos vieram dos cavalos mas perceber de onde (geograficamente) vieram. “Para já, só encontrámos um ovo, mas estamos à procura de mais”, diz Allen por telefone ao PÚBLICO. “Na ciência nunca se chega ao fim. Estamos sempre a tentar aumentar a força da nossa hipótese. Temos novas perguntas”, conclui o investigador, que não disfarça o entusiasmo com este trabalho.

Chris Allen é um dos que consideram que a odisseia de Aníbal é comparável ao confronto entre David e Golias. “Esta é uma maravilhosa história romântica. É a história de um tipo que, contra todas as probabilidades, derrotou um exército muito maior do que o dele. Ninguém espera que este tipo ganhe e ele faz algo de impressionante. Pega no seu exército, atravessa os Alpes, deixa o exército romano de joelhos: ele nem sequer queria derrotá-los, só os queria dividir. Passou 16 anos a lançar a confusão no que é hoje a Itália. É uma história fantástica e que moldou o futuro da Europa. E é por isso que tanta gente a adora.”

E o que aconteceu a Aníbal? Dizem que acabou, vários anos mais tarde, por ser traído e envenenado por um dos seus companheiros da histórica viagem e vitória. Afinal, o maior perigo para Aníbal não estava numa impossível travessia pelos Alpes, com elefantes e cavalos, nem na invencível força dos romanos.

fonte: Público


Cantora morre após ser mordida por cobra em palco

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Uma estrela pop indonésia morreu depois de ter sido mordida em palco por uma cobra que usava no espetáculo. Atenção: As imagens podem chocar os leitores mais sensíveis.

Irma Bule, de 29 anos, era conhecida pelas cobras que usava nos seus espetáculos, mas o número correu mal no último sábado, na ilha de Java. A cantora indonésia pisou um dos répteis que estava em palco e foi mordida.


Apesar de ter continuado o concerto mais 45 minutos, depois de um tratador a ter ajudado a livrar-se do animal, acabou por perder os sentidos e foi levada para o hospital, onde morreu.

"Foi mordida quando cantava a segunda música e morreu segunda-feira de manhã", disse um amigo aos média locais.


Criatura misteriosa no rio Tamisa

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"Criatura" estranha a nadar no Tamisa

Vídeo já é um sucesso.


Um vídeo registado a partir do teleférico Emirates Air Lines a 27 de março está a colocar os londrinos em suspense. Nas imagens, é possível ver uma "criatura" estranha a nadar no rio Tamisa: rapidamente começaram as especulações e houve quem brincasse que era o monstro do lago Ness. 

Parece ainda não haver respostas que justifiquem o que está a "nadar" no rio de Londres. Alguns internautas atiram que as imagens são manipuladas, enquanto outros afirmam que se trata de focas ou golfinhos. 

E até a Emirates Air Lines já entrou na brincadeira: "Não podemos garantir que vejam um monstro do lago Ness, mas podem ter uma bela vista do Tamisa a partir do teleférico". 

No YouTube, o vídeo já é um sucesso com mais de dois milhões de visualizações.

fonte: Correio da Manhã

"Lua Verde", um fenómeno que não é nada natural

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A natureza brinda-nos com os mais diversos fenómenos, mas a "Lua Verde" não é um deles. Foi inventado, partilhado nas redes sociais e tornou-se viral.

Pintada de verde, a lua ganha cor. E houve quem, como a própria cor obriga, ganhasse esperança de ver este fenómeno único.

Acontece a cada 420 anos, e os planetas alinham-se de um modo que origina a mudança de cor da lua. Foi o fenómeno inventado por um utilizador no Facebook. Em que muitos acreditaram, e que se espalhou nas redes sociais por outros. Entretanto começou a, ansiosa, espera pelo dia 20, deste mês.

Inicialmente projetado para dia 29 de maio a alteração da data não foi feita ao acaso.

O portal News Mic já avançou com uma justificação para a situação. Dia 20 é comemorado o dia do consumo de cannabis, também conhecida pelo código 420, 4:20 ou 4/20, e um utilizador achou que seria divertido fazer esta associação.

Um fenómeno "alucinante" que levou muitos dos utilizadores das redes sociais ao mundo da lua.

fonte: TSF

Cobra morre antes de entrar para o Guinness

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Pitão teria oito metros

Tinha oito metros e pesava 250 quilos. 

Com oito metros e 250 quilos, a pitão reticulada apanhada na passada quinta-feira podia ser a maior do mundo. Este domingo acabou por morrer enquanto punha ovos. 

Foi encontrada por um grupo de trabalhadores da construção civil em Penang, na Malásia. Se o tamanho e o peso avançados se confirmassem, a pitão entraria no livro dos recordes do Guinness. 

A notícia da morte da cobra foi confirmada por Herme Herisyam, chefe do departamento de protecção civil de Penang, à BBC. Herisyam afirmou ainda que o animal não chegou a ser pesado oficialmente pelo Guinness. 

Atualmente, o recorde da maior pitão do mundo pertence a uma cobra dos Estados Unidos que mede 7,67 metros e pesa 158 quilos. 


Cromossoma Y terá dificultado reprodução entre neandertais e nós

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Neandertais e humanos modernos encontraram-se há menos de 80.000 anos MUSEU DO NEANDERTAL EM METTMANN

Análise do cromossoma masculino de um neandertal “espanhol” com 49.000 anos sugere uma causa para o afastamento entre os neandertais e os humanos modernos.

Tudo leva a crer que não há nas populações humanas actuais genes neandertais do cromossoma Y – o cromossoma do sexo masculino. Em 2010, a genética mostrou que há entre 2,5 e 4% de genoma neandertal em todas as populações humanas excluindo as de origem africana. Esta é uma prova inequívoca de que há muitos milhares de anos os humanos modernos, a nossa espécie, se reproduziram com este parente próximo. Mas é possível que a descendência masculina que resultou destes cruzamentos não fosse viável.

Uma equipa de cientistas analisou o ADN do cromossoma Y de um neandertal encontrado em Espanha, que morreu há 49.000 anos, e comparou-o com os cromossomas Y de populações humanas actuais. Mas não encontrou genes do cromossoma Y neandertal nos cromossomas Y de hoje.

“Apesar de o cromossoma Y dos neandertais poder ter simplesmente desaparecido por deriva genética [quando a informação genética se perde porque a população que a detém não a passa para a descendência], também é possível que incompatibilidades genéticas tenham contribuído para esta perda”, lê-se no artigo da equipa liderada por Carlos Bustamante, da Universidade de Stanford, na Califórnia (Estados Unidos), publicado agora na revista The American Journal of Human Genetics.

Segundo o estudo, é possível que a actividade dos genes do cromossoma Y neandertal nos fetos tenha provocado uma reacção imunitária nas mulheres grávidas (humanas modernas), levando a abortos espontâneos. Neste caso, apenas a descendência feminina entre humanos modernos e neandertais terá sido viável.

Estima-se que os encontros sexuais entre neandertais e humanos modernos tenham ocorrido há menos de 80.000 anos, depois de os humanos modernos terem saído de África. Nessa altura, os neandertais já viveriam na Europa há mais de 400.000 anos. Mas nas dezenas de milhares de anos que se seguiram a esses encontros, o território dos neandertais foi desaparecendo. Os últimos sobreviventes desta espécie terão vivido até há 28.000 anos no Sul da Península Ibérica.

A sequenciação do genoma de neandertais feita nos últimos anos permitiu tirar diversas conclusões sobre aqueles encontros. Uma delas é a de que não há, até ver, nenhuma linhagem materna directa vinda de neandertais. Isto porque não se encontrou nos genomas das populações humanas de hoje ADN mitocondrial de origem neandertal – este ADN está dentro das mitocôndrias, as baterias das células, e passa sempre de mãe para filha. Mas nunca se tinha estudado, neste contexto, o cromossoma Y – que passa exclusivamente dos homens para os filhos.

A análise feita agora permitiu, antes de tudo, olhar para trás na evolução humana. “Caracterizar o cromossoma Y neandertal ajuda-nos a perceber melhor a divergência populacional que levou ao aparecimento dos neandertais e dos humanos modernos”, explica Fernando Mendez, da Universidade de Stanford, num comunicado da Cell Press, editora da revista “The American Journal of Human Genetics”.

Os cientistas usaram a informação de base de dados da sequência genética do cromossoma Y obtida de ossadas do neandertal encontrado em Espanha, na gruta de El Sidrón, nas Astúrias, e compararam-na com o cromossoma Y de chimpanzés e de humanos modernos. Assim, através das diferenças entre as sequências de ADN dos vários cromossomas Y, fruto de mutações que acontecem ao longo do tempo, a equipa concluiu que a separação entre a linhagem dos humanos modernos e a dos neandertais ocorreu há cerca de 590.000 anos – uma data que está de acordo com estimativas anteriores.

Depois, os cientistas olharam para o reservatório genético actual dos humanos modernos à procura de ADN do cromossoma Y de origem neandertal. “Nunca observámos ADN do cromossoma Y dos neandertais nalguma amostra humana [actual] testada”, diz Carlos Bustamante, num comunicado de Stanford. “Isto não prova que ele [este ADN] esteja completamente extinto, mas é provável que sim.”

Por fim, os investigadores analisaram gene a gene do cromossoma Y neandertal e encontraram mutações importantes nas sequências de ADN em três genes em relação aos mesmos genes dos humanos modernos. Os genes comandam a produção de proteínas. Mutações na sequência de ADN dos genes podem não ter efeito na proteína final, mas no caso destes três genes neandertais alteravam ligeiramente estas proteínas.

Estudos recentes mostram que as proteínas dos genes do cromossoma Y no feto podem provocar respostas imunitárias nas mulheres, originando em certos casos abortos espontâneos. Como os genes dos neandertais são diferentes dos genes dos humanos modernos, os autores propõem que esta reacção imunitária tenha sido exacerbada, impedindo assim a gravidez normal de fetos masculinos.

“A natureza funcional das mutações que encontrámos sugere que o cromossoma Y pode ter tido um papel na barreira de transferência genética”, diz Carlos Bustamante. Segundo o comunicado da Cell Press, os cientistas defendem que este factor biológico pode ter “desencorajado a reprodução” entre os dois grupos de humanos, “afastando-os”. Fica a pergunta se este afastamento foi uma das razões para a extinção dos neandertais.

fonte: Público

Têm uma mutação no gene mas não têm a doença. São super-heróis genéticos?

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Molécula de ADN

Estudo analisou o genoma de mais de meio milhão de pessoas e encontrou 13 casos especiais ainda inexplicáveis.

Cientistas norte-americanos analisaram o genoma de quase 600 mil pessoas e encontraram 13 “super-heróis” que tinham uma mutação num gene que os devia afectar mas que, afinal, são saudáveis.

E, de repente, dois mais dois já não são quatro. Ou, neste caso, uma pessoa com uma mutação num gene que causa uma doença pode afinal ser saudável. Foi isso que aconteceu numa investigação levada a cabo por cientistas norte-americanos que analisaram o genoma de 589.306 pessoas. Neste vasto grupo, que será o maior até agora realizado para doenças ligadas a mutações num único gene, foram encontradas 13 pessoas especiais que, apesar de terem uma mutação associada a uma doença, não apresentavam qualquer sintoma. No artigo publicado na edição desta semana da Nature Biotechonology, os investigadores chamam-lhes “super-heróis genéticos” e querem estudar estes casos para saber mais sobre este estranho poder. Mas, para isso, vai ser preciso primeiro encontrar estas pessoas.

A equipa de investigadores, liderada pelo Departamento de Genética da Escola de Medicina Icahn do Hospital do Monte Sinai, em Nova Iorque (EUA), e pela empresa Sage Bionetworks, em Washington, analisou o genoma de mais de meio milhão de pessoas adultas num estudo sobre doenças mendelianas (doenças que são hereditárias e causadas pela mutação de um só gene, como a fibrose quística, por exemplo).

Recorrendo a 12 bases de dados diferentes e apontando para a investigação de 874 genes associados a 584 doenças distintas, tratava-se do maior estudo genético conhecido até à data sobre estes casos. A equipa queria encontrar casos de resiliência a estas doenças mendelianas que se manifestam na infância, num trabalho chamado Resilience Project, lançado em 2014. A investigação começou por reduzir para 16 mil os casos prováveis de pessoas resilientes a doenças. Porém, mais de 75% destes participantes foram eliminados por falta de fiabilidade ou erros na informação recolhida.

Por fim, os investigadores chegaram a 13 super-heróis genéticos com mutações associadas a oito doenças diferentes mas que estavam saudáveis (além da fibrose quística, as outras doenças são a síndrome de Smith-Lemli-Opitz, a disautonomia familiar, a epidermólise bolhosa simples, a síndrome de Pfeiffer, a síndrome de poliendocrinopatia auto-imune, a displasia campomélica e a atelosteogénese). São 13 adultos resistentes a doenças graves.

Porquê? Quais são as razões biológicas que explicam estes casos? O que é que estas pessoas têm que as defende e impede que a doença se desenvolva? Ninguém sabe ainda. Os investigadores perceberam que há algo que as protege mas não sabem o quê. Quando o superpoder for desvendado, talvez possa servir para ajudar outras pessoas doentes. Até agora, o que se sabia era que uma mutação em determinado gene significava uma doença. Porém, os estudos genéticos, admite o comunicado da Nature, são sobretudo centrados em pessoas que manifestam os sintomas destas doenças e nas suas famílias. Ou seja, estas mutações podem existir em indivíduos saudáveis e terem passado despercebidas.

Os investigadores acreditam que este grupo de 13 pessoas pode ter a chave para identificar outros factores que interferem na manifestação da doença e para desenvolver terapias com alvos precisos. Mas, avisam, é preciso encontrar mais super-heróis genéticos no mundo. Ou, pelo menos, para já identificar estes 13 casos e estudá-los mais e melhor. Tendo recorrido a outras bases de dados, os investigadores ainda não terão conseguido contactar estas pessoas até porque, em alguns casos, faltam os documentos do consentimento informado dos participantes. 

“Dadas as limitações dos formulários dos consentimentos informados, não foi possível contactar nenhum dos 13 candidatos finais para lhes colocar algumas questões. Será impossível afirmar que estas pessoas são verdadeiramente resistentes sem obter informação adicional”, assume o comunicado oficial da equipa do Hospital do Monte Sinai. 

“Há aqui uma importante lição para os geneticistas de todo o mundo: o valor de qualquer projecto aumenta exponencialmente quando as políticas de consentimento permitem que outros cientistas consigam entrar em contacto com os participantes”, avisa Stephen Friend, presidente da Sage Bionetworks e professor de genética na Escola de Medicina Icahn. “Se pudéssemos contactar estas 13 pessoas, estaríamos ainda mais perto de descobrir quais serão as protecções naturais para estas doenças”, lamenta.

fonte: Público

Deserto de super-Terras quentes existe mesmo pela Via Láctea fora

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Representação artística de uma super-Terra e da destruição da sua atmosfera pela radiação da estrela PETER DEVINE

Equipa estudou 157 planetas extra-solares, em órbita de 102 estrelas. Não encontrou um único grande planeta rochoso cuja atmosfera tivesse sobrevivido perto da sua estrela, um resultado que surge ao fim de 20 anos de descobertas sobre estes mundos.

Super-Terras quentes? É verdade e, dito assim, há qualquer coisa que ressoa do imaginário da ficção científica. Mas não, essa é a designação que os cientistas dão aos planetas rochosos maiores do que a Terra e menores do que Neptuno situados em órbitas muito perto das suas estrelas. Tão perto que são autênticos fornos. Há mais de uma década que se sabe da existência de super-Terras noutros sistemas solares — mas o que acontece às atmosferas desses planetas quando se encontram muito próximos das estrelas hospedeiras? A resposta é: perdem-nas, porque a bolha de gases que os envolve é arrancada pela radiação das estrelas, relatou esta segunda-feira uma equipa internacional de astrofísicos na revistaNature Communications.

Ao serem despidas das suas atmosferas, é até provável que as super-Terras quentes de outrora se transformem em pequenos planetas rochosos. E, por isso, as regiões nas proximidades das estrelas estão desprovidas de super-Terras quentes. A esse nível, essas zonas consideram-se um deserto.

“Há já algum tempo que se teorizava que super-Terras em órbitas muito próximas da sua estrela poderiam vir a perder parte ou mesmo a totalidade da sua atmosfera através de um processo designado por foto-evaporação — isto é, o processo de destruição da atmosfera devido à incidência de radiação altamente energética proveniente da estrela. A ser verdade, então isto deveria traduzir-se numa ausência de super-Terras com períodos orbitais [o tempo que o planeta leva a completar uma órbita à estrela] curtos, também chamadas ‘super-Terras quentes’”, explica-nos o astrofísico português Tiago Campante, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, e um dos autores do artigo científico na Nature Communications. “Até agora, a detecção desta ausência de super-Terras quentes — conhecido como o ‘deserto de super-Terras quentes’ — não tinha sido feita de forma peremptória. Este estudo põe um ponto final na discussão”, sublinha Tiago Campante, de 35 anos.

“Enquanto se observa de facto uma abundância de super-Terras frias — em órbitas mais afastadas e não tão fustigadas pela radiação proveniente da estrela —, observações com o telescópio espacial Kepler vêm confirmar a ausência de super-Terras quentes”, acrescenta o investigador. “Os envelopes gasosos destes planetas são completamente removidos por acção do fluxo de radiação proveniente da estrela.” É como se estivessem à frente de um secador de cabelo ligado no máximo, exemplifica outro elemento da equipa num comunicado, Guy Davies, também da Universidade de Birmingham.

Este estudo baseou-se na observação de 157 planetas extra-solares, ou exoplanetas — cerca de um terço dos quais (à volta de 52) são classificados como super-Terras. Em órbita de 102 estrelas, os 157 planetas foram detectados pelo telescópio espacial Kepler, lançado em 2009 pela agência espacial norte-americana NASA (mas que desde o início deste mês está com problemas e tem funcionado em “modo de emergência”), utilizando o chamado “método dos trânsitos”. A presença de um planeta em órbita de uma estrela é detectada quando passa à frente do disco estelar. Não só ele rouba um pouco de brilho à estrela como o faz de forma regular, o que denuncia que alguma coisa anda ali em órbita.

Mas este método de detecção de exoplanetas, um dos principais, é indirecto. “Não observamos directamente o planeta, mas sim o efeito por este causado quando cruza o disco estelar. Portanto, a informação que obtemos não passa do raio — ou tamanho — do planeta relativamente ao da estrela. Sem o conhecimento do tamanho da estrela, não podemos determinar o tamanho absoluto do planeta”, explica o astrofísico. Assim, para a caracterização das estrelas, utilizando ainda o telescópio Kepler, a equipa aplicou a técnica da asterossismologia, o estudo das oscilações das estrelas, que permite obter diversas informações, como a estrutura interna, a composição, a massa e o raio, tal como as vibrações de um sismo dão a conhecer o interior da Terra. “A asterossismologia permite-nos determinar o raio da estrela com elevada precisão e, por conseguinte, o raio do planeta”, explica ainda o astrofísico português, cujo contributo para este trabalho foi precisamente esta caracterização das estrelas.


Ilustração do telescópio Kepler NASA

Conclusão: a equipa não encontrou um único exoplaneta com duas a quatro vezes o tamanho (no sentido de diâmetro) da Terra em períodos orbitais de alguns dias. Isto confirma a tese do “deserto de super-Terras quentes” ao fim de mais de 20 anos de descobertas de planetas noutros sistemas solares espalhados pela nossa galáxia, a Via Láctea. “Se existissem super-Terras quentes, o Kepler tinha capacidade para as ter detectado.”

O primeiro exoplaneta foi descoberto em 1995, por Michel Mayor e Didier Queloz, do Observatório de Genebra (Suíça), em redor da estrela Pégaso-51, a 50 anos-luz de distância de nós. Era um gigante composto por gases, com metade do tamanho de Júpiter, o maior planeta do nosso sistema solar. E como estava muito em cima da estrela, dava-lhe uma volta completa em apenas 4,2 dias. Actualmente, o número de planetas extra-solares já ultrapassa os 2000, desde gigantes gasosos a pequenos rochosos, que terão superfícies firmes como as de Mercúrio, Vénus e a Terra, e que não são gasosos como Júpiter e Saturno.
E as pampas subjovianas

Quando perdem as atmosferas, um processo que é relativamente rápido face à idade do planeta ou estrela, as super-Terras também irão provavelmente encolher ao longo do tempo, devido à acção da radiação das estrelas. “Passariam então a ser uns ‘pequenos caroços rochosos’, que ainda poderiam ser detectados por um telescópio com a precisão do Kepler. Isto pode então querer dizer que há uma superabundância de planetas rochosos causada pela foto-evaporação das atmosferas destas super-Terras”, refere o astrofísico. “A perda da atmosfera pode reduzir em muito o tamanho do planeta, que pode deixar de ser classificado como uma super-Terra. Mas essa abundância destes caroços rochosos não foi detectada. Este artigo não apresenta nenhuma prova desta superabundância.”

A existir tal abundância, passaríamos, nesse caso, de um “deserto de super-Terras quentes” para um inferno de pequenos planetas rochosos muito colados às suas estrelas. A próxima grande missão dirigida à procura de planetas extra-solares é a do telescópio espacial Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA, a lançar em 2017 e que poderá ajudar a descobrir e estudar estes planetas. Tiago Campante está envolvido na missão do TESS: faz parte de um grupo de trabalho que escolhe as estrelas para onde o telescópio vai olhar em busca de planetas.

Qual é então a importância do trabalho sobre o deserto de super-Terras quentes no estudo dos exoplanetas? “As super-Terras são os planetas mais comuns na nossa galáxia. Curiosamente, não existe nenhuma no nosso sistema solar”, salienta o astrofísico, referindo-se a grandes exoplanetas rochosos já distantes das suas estrelas. Já no nosso sistema solar, imediatamente a seguir à Terra segue-se, em termos de tamanho, ou diâmetro, Neptuno, que é quatro vezes maior do que o nosso planeta (quanto à massa, tem 17 vezes mais). “O resultado deste estudo tem um impacto profundo no nosso entendimento de como os sistemas planetários em geral evoluem e no papel desempenhado pela estrela central na sua evolução.”

Além do “deserto de super-Terras quentes”, os cientistas inventaram outra expressão para a raridade de planetas gasosos grandes, mas abaixo do tamanho de Júpiter, também em órbitas próximas das estrelas: as “pampas subjovianas”, numa alusão quer às grandes planícies da América do Sul, onde os arbustos e as árvores escasseiam, quer a Júpiter.

O primeiro planeta de todos a ser detectado, o tal em torno da estrela Pégaso-51, era um gigante gasoso da classe subjoviana e nesses primeiros anos de descoberta muitos dos que lhe seguiram também. Mas esse era um enviesamento observacional, porque eram mais fáceis de detectar. Eram grandes e estavam perto das estrelas. O tempo mostrou que, afinal, são aí “muito raros”, explica Tiago Campante.

Falta saber se esta escassez de planetas subjovianos encostados às estrelas, para onde migram depois de se formarem longe, se deve ao facto de os gases que os compõem terem sido eliminados por essa proximidade, evaporando-se por completo. Ou se, em vez disso, essa migração é que é rara. Outro mistério que aguarda respostas dos investigadores.

Ainda assim, o glossário sobre os exoplanetas que povoam a Via Láctea está cada vez mais rico. Super-Terras quentes, super-Terras frias, pampas subjovianas... O que mais se seguirá?

fonte: Público


Múmia calça ténis Adidas

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Múmia "calça" ténis Adidas

Mulher terá cerca de 1500 anos.

Arqueólogos descobriram as mãos e os pés que alegadamente pertencem a uma mulher que viveu há cerca de 1500 anos. A múmia, encontrada no início da semana, parece calçar um ténis semelhantes aos da marca desportiva Adidas. 

A descoberta foi feita nas montanhas Altai, na Mongólia. Ao ser partilhada na internet, a fotografia da múmia começou a fazer sucesso, com muitos utilizadores a brincarem que se trata de uma viajante no tempo: "Deve ser um viajante no tempo. Sabia que iriam encontrar um mais cedo ou mais tarde", comentou uma internauta no Twitter. 

"Esta pessoa não pertencia às elites e acreditamos que se trata de uma mulher", confirmou um dos investigadores envolvidos na operação ao Siberian Times. 

As semelhanças com os famosos ténis da marca alemã são inegáveis: os "ténis" pertencentes à múmia têm "riscas" bastante semelhantes aos principais modelos da Adidas.


Bando gigantesco de caranguejos filmado no fundo do mar

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Foi a primeira vez que alguém viu ou filmou milhares de caranguejos no fundo do Oceano Pacífico, junto ao Panamá.

Os cientistas a bordo do submersível Deep Rover 2 ficaram "espantados e hipnotizados" com as imagens recolhidas.

Nunca uma quantidade tão significativa de caranguejos tinha sido filmada, sendo que estes estavam no fundo do Oceano Pacífico, junto à costa do Panamá.

Os caranguejos vermelhos em causa serão uma nova variedade da espécie Pleuroncodes planipes.


Os cientistas contam que não imaginavam que a explicação para as águas estarem tão turvas naquele local era um bando de milhares de caranguejos.

O que justifica o espanto dos investigadores é o facto de não haver registo de que estas espécies frequentassem as águas daquela zona.

fonte: TSF

A Bíblia será mais antiga do que o que se pensava

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Pelo menos 200 anos mais antiga, segundo uma complexa investigação científica.

Na verdade a investigação não tem a ver diretamente com a Bíblia ou com textos religiosos.

Os cientistas pretendem saber quantas pessoas poderiam ler e escrever durante certos períodos da Antiguidade.

E a partir de 16 inscrições militares, encontradas junto do Mar Morto, foram utilizadas novas técnicas de processamento de imagens e reconhecimento de caligrafia.

O que a equipa descobriu é que 600 antes de Cristo, estas inscrições (feitas num tipo de cerâmica chamada ostraca) foram lidas por todas as posições militares de comando.

Segundo uma das cientistas, Arie Shaus, "até os comandantes de patente mais baixa comunicavam por meio da escrita. Foi bastante surpreendente".

Conclusão: se até militares de baixa patente conseguiam ler em 600 a.C, isso permite pensar que a Bíblia já poderia ser lida nessa altura, o que significa recuar 200 anos face ao que se conhece até hoje.

O estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academies of Sciences.

fonte: TSF

Raide antiterrorista apanha ratos gigantes

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Foram encontrados ratos gigantes

Aconteceu em Londres, Reino Unido. 

Agentes policiais invadiram várias casas em Wimbledon, sul de Londres, em busca de terroristas, mas só encontraram... ratazanas com o tamanho de crianças. 

Segundo o ‘The Sun’, os ratos atingiram aquele tamanho porque "se comiam uns aos outros".


NASA quer cultivar batatas em Marte

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Imagem da NASA de um projeto de estufa para instalar em Marte

Cientistas testam a solução de Matt Damon no cinema. 

No filme Perdido em Marte Matt Damon é um astronauta acidentalmente deixado para trás por uma equipa de astronautas obrigada a uma descolagem forçada devido a uma tempestade. Sozinho no planeta vermelho, o biólogo Mark Watney - a personagem de Matt Damon - consegue sobreviver durante meses ao plantar batatas numa estufa improvisada. 

O filme de Ridley Scott, nomeado para sete Oscares em 2016, não está longe da realidade. O jornal Wall Strret Journal relata que a Agência Espacial Norte-Americana está a desenvolver um projeto de investigação no deserto de Atacama para testar o cultivo de batatas em condições extremas. A experiência decorre no Peru, país de onde se julga o tubérculo ser originário. 

"Quando os humanos forem a Marte, vão querer cultivar alimentos. Eles precisam de alimentos. Penso que seremos capazes de descobrir variedades de batatas que vão crescer em lugares frios e em condições de baixa pressão", disse ao WST o cientista da NASA Chris McKay. 

A experiência está a ser conduzida pelo Centro Internacional da Batata, com sede em Lima. No Peru existem 4500 variedades de batata, alimento rico em hidratos de carbono, proteínas, vitamina C, ferro e zinco. E tem ainda outra vantagem - pode ser usada para fazer baterias capazes de produzir energia elétrica. 

Desafio com condições extremas 

A experiência decorre no deserto Pampas de La Joya, parte do vasto deserto de Atacama, que se estende do Chile ao Peru. É uma das regiões mais secas da Terra e as condições do solo são as mais parecidas com Marte que se encontram no nosso planeta. 

Mais difícil é replica o ambiente de Marte, onde as temperaturas variam entre os 27 graus de máximas no verão marciano e mínimas de −107 °C no inverno. A atmosfera tem 96% de dióxido de carbono e 60% da gravidade terrestre. A água é salgada e as tempestade de pó frequentes. 

"As batatas vão passar por um duro teste de acidez. Já fiz testes em condições duras, mas nunca tão extremas. Não me parece que as batatas possam ser cultivadas ao ar livre [em Marte] terão de crescer em condições controlados, dentro de redomas", explica ao jornal Walter Amoros, cientista peruano que participa na investigação. 

Alfaces na Estação Espacial Internacional 

Há muito que a NASA e outras agências espaciais testam o cultivo de vegetais fora da Terra. Recentemente, os astronautas da Estação Espacial fizeram a primeira colheita de alface produzida numa estufa a bordo. As fezes e urina dos próprios astronautas são usadas para regar e adubar as culturas. A NASA pretende também cultivar outros vegetais, como tomates ou couves. 


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