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Hyundai cria exoesqueleto para ajudar paraplégicos

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A marca sul-coreana quer automatizar ainda mais as suas linhas de produção, mas o projeto tem outros benefícios evidentes.

O objetivo da Hyundai parece ter sido atingir a mais completa mecanização possível na construção automóvel, mas o projeto agora conhecido pode ter implicações na vida de milhares de paraplégicos.

Aliás, a própria empresa assume que esta espécie de "iron man" pode beneficiar os que têm limitações físicas e os mais velhos, por exemplo.

Além das vantagens na deslocação, o robô pode levantar até 50 quilos.


A Designboom lembra que nesta altura há outras empresas, como a SuitX, a Berkeley Bionics e a Lockheed Martin a desenvolver projetos nesta área dos exoesqueteletos - o que abre a perspetiva de se massificarem na próxima década.

Um exoesqueleto (literalmente significa "esqueleto externo/exterior") cobre o corpo de muitos animais.

fonte: TSF


Os genes da girafa dizem por que tem um pescoço tão grande

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Nos últimos 15 anos, as girafas registaram um declínio de 40% das suas populações em África, havendo agora cerca de 90.000 animais na natureza.

O genoma da girafa foi sequenciado pela primeira vez, revelando particularidades do seu ADN que explicam como é que o mamífero mais alto da Terra desenvolveu um extraordinário pescoço comprido. Ser uma girafa não é fácil. Bombear sangue dois metros acima do peito, para o cérebro, exige um coração turbinado e o dobro da pressão arterial de outros mamíferos.

As girafas têm válvulas de segurança especiais, que permitem que se baixem para beber água e que voltem a levantar-se sem desmaiarem. O seu coração evoluiu para ter um ventrículo esquerdo invulgarmente grande, explica-se ainda num comunicado da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), envolvida na sequenciação do genoma da girafa publicada na edição desta semana da revista Nature Communications. Há muito tempo que a configuração corporal única deste animal, que pode chegar aos seis metros de altura, é um quebra-cabeças para os biólogos, incluindo Charles Darwin, que se questionou sobre as origens evolutivas da girafa.

Agora, ao comparar o genoma da girafa com o do seu parente mais próximo, o ocapi, de pescoço curto, e o de outros 40 mamíferos (incluindo vacas, ovelhas, cabras, camelos e humanos), uma equipa de cientistas desvendou parte do quebra-cabeças ao descobrir mudanças num pequeno conjunto de genes responsáveis tanto pela forma do corpo como pela circulação sanguínea. Isto sugere que o desenvolvimento de um pescoço comprido e de um coração poderoso andaram de mãos dadas, originado por um pequeno número de mudanças genéticas.

Especificando, cerca de 70 genes da girafa apresentam sinais múltiplos de adaptações, refere o comunicado. E mais de metade destes genes dá instruções de fabrico de proteínas que se sabe regularem o desenvolvimento e a fisiologia dos sistemas nervoso, cardiovascular e esquelético. “Há muitas teorias sobre como o pescoço das girafas ficou comprido, mas parece que o desenvolvimento do sistema cardiovascular e do sistema esquelético evoluíram em paralelo”, disse um dos autores do trabalho, Morris Agaba, do Instituto Africano para a Ciência e a Tecnologia, na Tanzânia.

Ao contrário das aves com pescoços compridos, que têm vertebras adicionais, as girafas possuem as mesmas sete vertebras no pescoço encontradas em todos os mamíferos, embora estejam grandemente alongadas. O mesmo aconteceu com os ossos das patas das girafas, animais capazes de fazer correrias de 60 quilómetros por hora. “Pelo menos dois genes são necessários [para se ter ossos tão grandes] – um gene que especifica a região do esqueleto para crescer e outro gene para estimular o crescimento acrescido”, explicou outro elemento da equipa, Douglas Cavener, da Universidade Estadual da Pensilvânia, citado no comunicado.

Entre as particularidades genéticas, está ainda um gene que comanda o fabrico de uma molécula que serve de receptor para o ácido fólico, uma vitamina do complexo B necessária para o desenvolvimento e crescimento normais. Outro gene está envolvido no metabolismo dos ácidos gordos voláteis produzidos pela fermentação das plantas ingeridas, ácidos esses que são a principal fonte de energia das girafas e de outros animais ruminantes, como as vacas. “A girafa tem uma dieta invulgar à base de folhas de acácias e cápsulas de sementes, que são altamente nutritivas mas também tóxicas para outros animais. Os cientistas especulam que os genes responsáveis pela metabolização das folhas das acácias podem ter evoluído na girafa para contornar essa toxicidade”, lê-se também no comunicado.

Para o trabalho, os cientistas sequenciaram o genoma completo de duas girafas-masai fêmeas (Giraffa camelopardalis tippelskirchi, a maior subespécie de girafa), uma da reserva Masai Mara no Quénia e a outra do jardim zoológico de Nashville (EUA). Também o macho ocapi (Okapia johnstoni) utilizado neste trabalho estava nos Estados Unidos.


Um ocapi 

“As sequências genéticas do ocapi são muito semelhantes com as da girafa, porque ambos divergiram de um antepassado comum há apenas 11 a 12 milhões de anos – o que é relativamente recente à escala da evolução”, explicou Douglas Cavener, no comunicado. “Apesar desta relação evolutiva próxima, o ocapi parece-se mais com uma zebra e faltam-lhe a altura imponente da girafa e as capacidades cardiovasculares impressionantes. Por estas duas razões, as sequências do genoma do ocapi são uma janela poderosa que utilizámos para identificar algumas das mudanças genéticas únicas da girafa.”

A descoberta dos factores genéticos envolvidos no extraordinário sistema cardiovascular da girafa também poderá dar informações sobre a saúde humana, uma vez que estes animais parecem ser capazes de evitar o tipo de danos nos órgãos muitas vezes encontrados em pessoas com pressão arterial elevada.

No entanto, a questão fundamental sobre a razão por que é que as girafas evoluíram de forma a terem pescoços enormes mantém-se em aberto. A ideia aparentemente evidente de que foi para atingirem alimentos cada vez mais altos tem sido questionada nos últimos 20 anos pela hipótese concorrente de que, na verdade, isso se deve à selecção sexual e à competição entre machos por parceiras.

“Esperamos que a publicação do genoma da girafa e das pistas da sua biologia única chamem a atenção para esta espécie à luz do declínio acentuado das suas populações”, alertou Douglas Cavener. “Enquanto a situação dos elefantes – o companheiro mais pequeno das girafas na savana africana – recebeu a maior parte das atenções, as populações de girafas sofreram um declínio de 40% nos últimos 15 anos devido à caça furtiva e perda de habitat”, acrescentou o investigador. Segundo a Fundação para a Conservação da Girafa, há agora cerca de 90.000 girafas em África. “A esta taxa de declínio, o número de girafas na natureza irá cair para menos de 10.000 no final deste século”, alerta ainda Douglas Cavener. “Algumas das subespécies de girafas já estão à beira da extinção.”

fonte: Público

Moradores caçam lobisomem de 2 metros de altura na Inglaterra

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Várias testemunhas afirmam ter visto uma criatura “metade cão e metade homem” conhecida localmente como ‘Old Stinker’.

Segundo relatos, este habitante lendário foi avistado pelo menos sete vezes ao longo dos últimos meses em torno da floresta perto de Hull, uma cidade no nordeste da Inglaterra.

“Ele foi ficou em pé por um momento e depois se abaixou para andar como um cão”, disse uma mulher que viu o animal perto do Barmston Drain em dezembro. “Eu estava apavorada”.

Um outro casal descreveu como um bicho alto e peludo enquanto parecia se alimentar de um pastor alemão morto. Enquanto outra testemunha relatou ter visto algo que trazia características metade cão e metade humana enquanto andava com seu cachorro.

Avistamentos da besta indescritível tornaram-se tão comuns que alguns moradores locais organizaram uma caça para que deve tentar localizar a criatura durante a próxima lua cheia.

“Existe a lenda de um lobisomem chamado Old Stinker – um grande animal peludo com os olhos vermelhos e com mau hálito”, disse o especialista em lendas Charles Christian.

“Há vestígios de que lobos tenham desenterrado os cadáveres de cemitério e desta forma surgiu a ideia de que eles são seres sobrenaturais, que tomaram a forma de lobisomens”.


Como o cérebro cria o zero a partir do nada

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Existem processos neuronais que transformam a inexistência de estímulos sensoriais - o vazio - no conceito numérico abstracto a que chamamos zero


Na placa de Gwalior (Índia), datada de 876 d.C., o número "270" surge quase idêntico à sua representação actual SOCIEDADE AMERICANA DE MATEMÁTICA

Ao contrário dos números 1, 2, 3…, que contam objectos, “0” simboliza o vazio – e a sua invenção foi um dos maiores avanços intelectuais da humanidade. Os processos neuronais envolvidos nesta façanha cognitiva começam agora a ser desvendados.

O número zero, que representa o nada, a inexistência de algo, é fundamental para tudo o que fazemos, das contas do dia-a-dia à construção de naves espaciais, da matemática à física à engenharia e aos mais sofisticados algoritmos informáticos. Porém, a sua invenção é relativamente recente e demorámos séculos a perceber a sua real importância e a conseguir utilizá-lo como o número de pleno direito que é.

Como é que o nosso cérebro faz para transformar o nada, o vazio, nesse ubíquo número que todos conhecemos e que é representado, no nosso sistema numérico, pelo símbolo “0”? Uma equipa da Universidade de Tübingen, na Alemanha, acaba de dar um passo significativo na identificação das bases neuronais deste processo cognitivo.

Andreas Nieder e os seus colegas realizaram um estudo com dois macacos Rhesus que fornece, pela primeira vez, indicações concretas sobre “como e onde o cérebro traduz activamente a ausência de estímulos contáveis numa categoria numérica”, explica aquela universidade num comunicado. Os seus resultados foram publicados na revista Current Biology.

Mas será que os macacos Rhesus sabem contar? Sim, com treino – e se o número de objectos a contar não for demasiado grande. Acontece que as capacidades numéricas básicas não são exclusivas da espécie humana: sabe-se há várias décadas que muitas espécies animais possuem um “sentido de número” (ou seja, uma ideia aproximada da quantidade de objectos num dado conjunto, ou “numerosidade”). Experiências com ratos, por exemplo, mostraram que estes animais podem ser ensinados a distinguir entre a ocorrência de dois eventos e a de quatro.

“Ratos, pombos, papagaios, golfinhos e, claro, primatas, conseguem discriminar padrões visuais ou sequências auditivas com base apenas em propriedades numéricas (…) e também possuem capacidades elementares de adição e subtracção”, explicava, já em 1997, no então recém-criado think tank online Edge, o hoje reputado neurocientista Stanislas Dehaenne, professor do Collège de France, em Paris.

Contudo, isto não se compara à nossa capacidade mental de manipular símbolos numéricos: “São precisos anos de treino para incutir os símbolos numéricos aos chimpanzés (…). A manipulação simbólica exacta de números é uma capacidade exclusivamente humana”, acrescentava Dehaenne.
Uma longa saga

A história do zero merece ser contada. É uma história atribulada que dá a volta ao mundo, numa longa viagem de séculos, protagonizada por brilhantes matemáticos de vários continentes.

Mas, antes disso, há uma pergunta que há muito vem sendo colocada: os números, incluindo o zero, foram “descobertos” – porque já existiam na natureza – ou “inventados” por nós? A maioria dos especialistas concorda hoje em dizer que os números foram descobertos, que não são uma pura criação da mente humana.

E quando é que o zero foi descoberto? Aí, a resposta pode parecer paradoxal: foi sem dúvida descoberto há muitos séculos, mas a sua natureza profunda só muito mais tarde seria plenamente compreendida e “domada” pela mente humana.

A primeira manifestação do zero de que há registo surgiu há uns 4000 a 5000 anos na Suméria, sob forma de um par de marcas cuneiformes, afirmava em 2009, na revista Scientific American, o matemático Robert Kaplan, autor do livro The Nothing That Is: A Natural History of Zero.

Pelo seu lado, Charles Seife, autor do livro Zero: The Biography of a Dangerous Idea, (editado em Portugal pela Gradiva sob o título Zero, Biografia de uma Ideia Perigosa), não acredita nesta datação tão antiga. “Houve pelo menos duas descobertas, ou invenções, do zero”, explicava no mesmo artigo. “A que chegou até nós veio do Crescente Fértil [que incluía Suméria e Babilónia]” e apareceu entre 400 e 300 a.C. na Babilónia.

A seguir, o zero terá passado da Babilónia para a Índia e para os países árabes do Norte de África antes de atravessar o Mediterrâneo e entrar na Europa. Entretanto, também se espalhara para o Médio Oriente e o Extremo Oriente. Quanto à segunda descoberta do zero – e nisso todos concordam –, foi obra dos Maias, na América Central, aconteceu de forma totalmente independente do resto do mundo e nunca chegou a sair do continente americano.

No início, o zero (nas suas diversas formas) era um símbolo utilizado, nos sistemas numéricos como o babilónico – onde o valor de cada dígito num número depende da sua posição (equivalente às nossas unidades, dezenas, centenas… –, para assinalar que, numa dada posição, não havia qualquer dígito, só um espaço vazio. Este uso do número zero é crucial, uma vez que permite resolver incómodas ambiguidades que, no nosso sistema numérico, se traduziriam, por exemplo, na impossibilidade de distinguir 216 e 2016.

Contudo, o número zero não era ainda totalmente incontornável na ciência e tecnologia da época: os antigos gregos conheciam-no mas quase não o utilizavam, mas isso não os impediu de inventar a geometria; e o sistema numérico romano não tinha zero (o que dificultava em particular a divisão), mas isso não impediu a construção de grandes obras de engenharia.

Número de pleno direito

Seja com for, foi na Índia, há menos de 1500 anos, que o zero começou a tornar-se um número de pleno direito. “Foi nessa altura – e mesmo assim, não totalmente – que o zero adquiriu a cidadania plena na república dos números”, salienta Kaplan, no referido artigo da revista norte-americana.

“Aquilo que podemos afirmar com certeza é que, por volta do século VII d.C., o zero já era utilizado na Índia com o duplo significado actual, enquanto número e enquanto valor posicional”, diz ao PÚBLICO Jorge Buescu, matemático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e vice-presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática. “A primeira ocorrência registada de zero que nos chegou é numa placa exterior num templo indiano em Gwalior, na Índia, que data de 876 d.C.”, acrescenta. “É quase arrepiante ver, numa inscrição indecifrável, surgir os algarismos que ainda hoje utilizamos – em particular o ‘0’ com a utilização moderna.”

Mas a questão é que o zero é um número tão especial e tão contra-intuitivo que, apesar de existir como número e como valor posicional, ninguém sabia fazer contas – adições, subtracções e ainda menos multiplicações e divisões – que envolvessem o zero. Sabia-se que 1+1=2. Mas e 1+0?

“Foram os matemáticos indianos quem estabeleceu as propriedades algébricas do zero”, explica-nos Jorge Buescu. “Pode parecer-nos natural hoje; mas foi seguramente muito estranho olhar pela primeira vez para um número pelo qual era impossível dividir.” E no século IX, "um dos maiores matemáticos árabes, Al-Kwharizmi, escreveu um tratado sobre a ‘arte hindu de efectuar cálculos’”, frisa ainda o matemático português – estendendo assim o uso do zero da aritmética para a resolução de equações (o ramo da matemática a que hoje chamamos álgebra). Os árabes chamaram-no “sifr”, palavra que daria origem a “zero” e “cifra”.

O zero entraria no Ocidente pela Itália, no século XIII, importado pelo matemático Fibonacci, também conhecido como Leonardo de Pisa, que o trouxe – bem como todo o sistema numérico árabe (na realidade indiano) – das suas viagens ao Norte de África. Mas só no século XVII é que o seu uso começou a generalizar-se na Europa.

Contas de macacos

Voltando ao trabalho agora realizado em Tübingen, os neurocientistas treinaram dois macacos Rhesus a avaliar a “numerosidade” de conjuntos de pontos que surgiam num ecrã de computador. Ensinaram-nos a diferenciar visualmente um conjunto vazio (ou seja, com zero elementos), um conjunto com um elemento e conjuntos com dois, três e quatro elementos.

Ao mesmo tempo que os macacos executavam esta tarefa visual de discriminação numérica, os cientistas registaram a actividade neuronal em duas áreas do cérebro dos animais, situadas no lobo parietal e no lobo frontal do córtex. A segunda área recebe informação da primeira e os cientistas já sabiam, com base em estudos anteriores, que as duas regiões em causa (designadas VIP e PFC) desempenham um papel fulcral no processamento das quantidades.

Os autores constataram então que as duas regiões cerebrais em causa tinham comportamentos totalmente diferentes. “Os neurónios no lobo parietal representavam os conjuntos vazios mais como uma categoria visual – e portanto não abstracta –, diferente da numerosidade”, disse ao PÚBLICO Andreas Nieder, o líder do estudo. “Pelo contrário, [a actividade] dos neurónios no lobo frontal apresentava duas características distintivas das representações quantitativas: posicionava os conjuntos vazios em relação às outras numerosidades (…) e era independente das propriedades dos estímulos visuais.”

“Os nossos resultados”, explica ainda Nieder, “sugerem que há um processamento hierárquico dos conjuntos vazios de uma região para a outra, ao longo do qual os conjuntos vazios se desligam dos sinais visuais e são integrados num contínuo de numerosidade”. Tudo se passa, por assim dizer, como se os neurónios da segunda área cerebral dos macacos passassem a colocar o “zero” no início de uma “linha de números” mental abstracta.

“Estes animais possuem a capacidade de conceber conjuntos vazios como sendo uma categoria quantitativa”, salienta Nieder. “E visto que o cérebro evoluiu para processar estímulos sensoriais, o facto de ser capaz de conceptualizar os conjuntos vazios constitui um feito extraordinário”, acrescenta.

E conclui: “O nosso estudo fornece o primeiro sinal do processo que o cérebro utiliza para formular conceitos [numéricos] sem relação com a experiência, para além do que é percepcionado – o que é indispensável para construir uma teoria complexa dos números. E este processo poderá constituir a raiz neurobiológica da capacidade humana de descobrir (ou inventar) o zero e transformá-lo num verdadeiro número.”

Evolução cultural

Não é por acaso que o zero tal como o concebemos hoje demorou tanto tempo a ser realmente compreendido pela mente humana. É que, para lá chegar, tivemos por exemplo de aceitar (como já mencionado por Jorge Buescu) que não era possível dividir por zero. De facto, a matemática do zero só ficou completa no século XVII, com a invenção, por Isaac Newton e Gottfried Leibniz, do chamado cálculo infinitesimal, um ramo da matemática essencial à física.

Uma outra prova da dificuldade conceitual associada à nossa noção actual de zero é que as crianças demoram anos a perceber do que se trata. “As crianças têm, primeiro, de perceber que o zero representa uma quantidade vazia – capacidade, essa, que desenvolvem durante o quarto ano de vida”, diz-nos Nieder. “E é por volta dos seis anos que, finalmente, percebem a relação entre o zero e os outros números pequenos – e que o zero é o mais pequeno de todos os números inteiros.

“A compreensão do zero requer um alto nível de abstracção, uma vez que, enquanto número, o zero transcende a experiência empírica”, explica ainda Nieder. “E é interessante constatar que os vários usos do zero ao longo da história reflectem estados mentais (níveis de abstracção) diferentes, que podem ser identificados na cultura humana ao longo do tempo.”

Para Stanislas Dehaenne, foram aliás a cultura e a educação – e não a evolução – que, ao longo da nossa história, permitiram que o cérebro humano atingisse os níveis de abstracção que lhe conhecemos e que se cristalizaram, em particular, na matemática moderna.

“Essencialmente, herdámos da evolução apenas um sentido rudimentar de número, que partilhamos com outros animais e que até os bebés possuem aos poucos meses de vida”, explicava Dehaenne (autor do livro The Number Sense) numa entrevista em 2009 à Scientific American. “É aproximativo e não simbólico (…), mas deu-nos no entanto o conceito de número e nós a seguir aprendemos a estendê-lo com símbolos culturais (como os dígitos) e fazer aritmética de maneira muito mais precisa.”

fonte: Público

Fortaleza da Roma Antiga é encontrada durante obras do metro

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A instalação militar está a nove metros de profundidade e possui um corredor central do qual saem 39 cómodos, a maioria quartos de soldados, nos quais estão conservados alguns mosaicos do pavimento. Foto: EFE/Paola Mentuccia


A tipologia militar e a localização, no vértice de um triângulo composto por outras estruturas militares, transformam a fortaleza em uma "descoberta excepcional", disse à Agência Efe a diretora das escavações, Rossela Rea. Foto: EFE/Paola Mentuccia


A descoberta contribuiu para confirmar a teoria que o bairro no qual estão as ruínas estava destinado ao uso militar. Foto: EFE/Paola Mentuccia











Funcionários que executam as obras de uma nova linha de metro na capital da Itália encontraram as ruínas de uma fortaleza militar da Roma Antiga, construída no século II d.C. 

O local foi apresentado na segunda-feira pelas autoridades. A instalação militar está a nove metros de profundidade e possui um corredor central do qual saem 39 cómodos, a maioria quartos de soldados, nos quais estão conservados alguns mosaicos do pavimento. 

A tipologia militar e a localização, no vértice de um triângulo composto por outras estruturas militares, transformam a fortaleza em uma "descoberta excepcional", disse à Agência Efe a diretora das escavações, Rossela Rea. 

Por enquanto, a região de 1.700 metros quadrados foi isolada. Os arqueólogos estão começando a estudar o local para determinar com mais exatidão de quando é a estrutura e suas características. 

A descoberta contribuiu para confirmar a teoria que o bairro no qual estão as ruínas estava destinado ao uso militar. 

A instalação militar está no local onde seria construída uma das estações da futura linha C do metro de Roma. Agora, as ruínas se transformarão em "parte do espaço arquitetónico", explicou à Efe o superintendente Francesco Posperetti. 

A construção da terceira linha de metro de Roma, que planeia cortar o centro da cidade, começou há dez anos. Por enquanto, apenas metade do trecho está pronto. As obras sofreram vários atrasos devido à falta de pagamentos ou à descoberta de ruínas arqueológicas. 

fonte: Terra

Paleontólogos encontram resquícios de cachorro que existiu há 12 milhões de anos

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Ilustração representa como seria um animal da subfamília Borophaginae (Foto: Illustration of Cynarctus. Mauricio Antón)




Conheça os tetravôs dos lobos, raposas e coiotes.

Há 12 milhões de anos, uma espécie de cachorro circulava pela costa leste dos Estados Unidos. E o único motivo pelo qual sabemos disso hoje, em 2016, é porque pesquisadores que escavavam a área do Parque Calvert Cliffs State, em Maryland, nos Estados Unidos, encontraram um dente fossilizado de uma dessas criaturas. 

O dente foi avaliado por Steven Wallace, da Universidade Estadual do Leste do Tennesse, e Steven Jasinski, do Museu Estadual da Pensilvânia, que publicaram os resultados de seu estudo no periódico Journal of Paleontology

Em sua análise, os pesquisadores descobriram que o dente fossilizado é um molar superior de 1,3 centímetros de comprimento e 1,2 de largura. Segundo o IFLScience, partir desses dados, eles constataram que o dente pertenceu a um canídeo — família de mamífero carnívoros que envolve espécies como lobos e raposas — e que pertenceu à subfamília Borophaginae. 

Os Borophaginae habitaram a América do Norte e tinham dentes e garras fortes, parecidas com as das hienas, o que lhes deixou conhecidos como "cães de esmagamento de ossos". Essa subfamília foi extinta há dois milhões de anos, deixando como ancestrais os lobos, coiotes e raposas. 

fonte: Galileu

'O que é isto? Um avião?'

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Num programa de TV imagens de uma web-cam e do rastreador de voo conspiraram para revelar o inexplicável?

fonte: TVNZ

Uma bola de fogo 10 vezes mais brilhante do que a Lua cheia explodiu no céu da Finlândia

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A imagem do meteoro brilhante sobre a Finlândia por Aki Taavitsainen

Uma bola de fogo 10 vezes mais brilhante do que a Lua cheia explodiu no céu da Finlândia a 12 de maio de 2016.

A bola de cor azul verde desintegrou-se em fogo emitido uma poderosa explosão relatada em todo sul da Finlândia.


Mapa de relatórios da bola de fogo em toda a Finlândia a 12 de maio de 2016 via Tavahanvati

O meteoro voou de norte para sul e a explosão foi 10 vezes mais brilhante do que a Lua cheia, de acordo com primeiros cálculos.

A queda 'chocante e linda' da rocha espacial foi relatada em mais de 100 vezes em todo o sul da Finlândia.

O meteoro azul verde voou durante 8 segundos antes de explodir numa explosão sónica muito forte.

Este objecto excepcionalmente brilhante viajou através da atmosfera da Terra a 16 quilómetros por segundo e se desintegrou a cerca de 89 km de altitude.

A rocha espacial tinha um peso estimado em 10 libras. Pode haver alguns meteoritos que sejam encontrados, pelos caçadores de meteoritos!



O novo desastre ambiental de que ninguém ouviu falar

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Aconteceu na quinta-feira no Golfo do México, onde há seis anos a explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon, da BP, provocou um dos maiores e piores derrames de crude da história

O Golfo do México voltou a ser atingido por um novo derramamento de crude na passada quinta-feira, quando uma falha num poço subaquático detido pela petrolífera Shell largou 90 mil galões de água misturada com petróleo no oceano (cada galão corresponde, nos Estados Unidos, a 3,785 litros, o que equivale a um total de mais de 340 mil litros de crude espalhados na água).

Por uma razão ou por outra — quer pelo tratamento machista e misógino que Donald Trump dá às mulheres denunciado em exclusivo pelo "New York Times" ou pela suspensão de Dilma Rousseff e a consequente tomada de posse do conservador neoliberal Michel Temer— a notícia do acidente ambiental fez poucas ou nenhumas manchetes em todo o mundo. Mas depois do que aconteceu a 20 de abril de 2010 no mesmo golfo, o maior do mundo, não é notícia menor.

Esta terça-feira, cinco dias depois do acidente, a Shell anunciou que já deu início aos trabalhos de reparação da falha no oleoduto subaquático que resultou no derramento do correspondente a dois mil barris de petróleo no Golfo do México. O oleoduto integra uma rede de quatro poços subaquáticos localizados a cerca de 156 quilómetros do porto Fourchon, no Louisiana. De acordo com a Glider Field, a empresa que gere estes poços sob um contrato de outsourcing com a Shell, o derramamento de quinta-feira criou uma mancha de petróleo de quase 21 quilómetros na superfície da água.

Em comunicado, a Shell garante que o petróleo não deverá alcançar a costa e que nenhuma zona de pesca foi encerrada na sequência do derrame, cuja limpeza está a ser levada a cabo por embarcações com a ajuda da aviação, informa a empresa.

"A trajetória é em direção a oeste, não se antecipando qualquer impacto na costa neste momento. O processo de limpeza continua hoje [terça-feira], com recurso a tecnologia infravermelhos e com o apoio de recursos aéreos. Os esforços conjuntos já conseguiram recuperar 1826 barris, mais de 76.600 galões, da mistura petrolífera."

As autoridades ambientais norte-americanas dizem que já alocaram "recursos totais de investigação" para o local a fim de identificar a causa do derramamento e as melhorias necessárias nas infraestruturas subaquáticas para evitar novas falhas.

A exploração de petróleo no Golfo do México tornou-se mais difícil e estrita sob ordens do governo federal norte-americano após o desastre de 2010, quando uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, detida pela BP, resultou em 11 mortos e num dos piores acidentes ambientais da história, com impactos sentidos até hoje na fauna e flora marina.

Há um mês, a administração Obama apresentou uma série de novas medidas para gerir os resultados de eventuais novos desastres, mas muitos criticam o governo e a indústria petrolífera pela demorada e limitada resposta ao acidente de 2010. Num relatório divulgado em abril, a US Chemical Safety Board denunciou que nem as regulações governamentais nem as práticas da indústria melhoraram desde então.

“A última coisa de que o Golfo do México precisa é de um novo derramamento de petróleo", diz Vicky Wyatt, da Greenpeace, citada pelo "The Guardian". "A mentalidade de 'negócio como de costume' patente nas indústrias do petróleo e do gás devasta comunidades, o ambiente e o nosso clima. Que ninguém se engane: quanto mais infraestruturas de combustíveis fósseis nós tivermos [nos oceanos], mais derrames irão acontecer. Já é altura de manter [estas operações] exclusivamente em terra."

fonte: Expresso

Simpsons ‘previram’ o caso dos Papéis do Panamá

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Um episódio da série Simpsons tem sido muito partilhado nos últimos dias. Isto porque, em 1996, os protagonistas fizeram referência a esquemas de fraude fiscal muito semelhante aos que foram agora divulgados nos chamados Papéis do Panamá.

No episódio ‘Bart the Fink’, da sétima temporada, Bart Simpson expõe os esquemas de fraude fiscal realizados pelo Palhaço Krusty – o gerente do banco desta personagem nas Ilhas Caimão é interrogado sobre as atividades do seu cliente.

"Peço desculpa. Não posso revelar informação sobre a conta secreta e ilegal desse cliente", afirma o gerente, que, quando desliga o telefone, se apercebe dos erros que cometeu: "Oh que porcaria. Não devia ter dito que ele era um cliente... Oh que porcaria, não devia ter dito que era segredo... Oh que porcaria! De certeza que não devia ter dito que era ilegal!".

As semelhanças com o caso dos Papéis do Panamá não passaram despercebidas e foram rapidamente expostas na Internet. Vários sites norte-americanos – como o Huffington Post e a Esquire – também já brincaram com o caso, dizendo que, mais uma vez, os Simpsons previram o futuro.


fonte: i online

Robôs sexuais estão sendo feitos para substituir os homens até 2025

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O sexo com robôs sexuais vai se tornar prática comum até 2025, ultrapassando mesmo sexo entre humanos, segundo o futurologista Ian Pearson.

De acordo com o site levando notícias, em 2030 o sexo virtual vai se tornar tão comum quanto navegar por sites pornográficos. Alguns grupos de alta renda poderão começar a usar o robô sexual já em 2025, antes que essa prática ultrapasse o sexo entre os seres humanos, previsto para 2050.

“Inicialmente, as pessoas vão achar que é difícil se adaptar a essa nova atividade sexual, mas acabarão por se acostumarem com isso, assim como eles abraçaram pornografia”, diz Pearson. “Quando a aparência de robôs melhorar, a opinião das pessoas também vai mudar”, acrescentou.

“Muitas pessoas ainda têm ressalvas sobre sexo com robôs, mas gradualmente, à medida que se acostumarem a eles, como com o comportamento de inteligência artificial e mecânica, além da melhora de sensação, eles podem começar a se tornar amigos com laços emocionais fortes. E a tendência é que algumas pessoas abracem o robô sexual, livre de relacionamento, assim que eles podem pagar um, já em 2025. E ele não terá muita chance de ultrapassar o sexo com os seres humanos, em geral, até 2050 “, explicou Pearson.

fonte: TVE 24

Da Península Ibérica para a Europa. Genética desvenda revolução cultural

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Projeto coordenado pela Universidade do Minho vai fazer análise genética das populações em Portugal, Espanha e Reino Unido, e também de ossadas antigas. Vai permitir perceber as migrações de há cinco mil anos

O cenário é o da região de Lisboa, e o tempo, o de há quase cinco mil anos. Foi a partir daqui, desta zona fértil da Península Ibérica, que então floresceu e se difundiu pela Europa Ocidental uma revolução social e cultural que tem nos recipientes cerâmicos campaniformes - de formato bojudo na base, mais abertos no topo - o seu ícone. Mas há muito que não se sabe sobre esse "movimento" campaniforme. Por exemplo, não é 100% garantido, mas tudo indica que foi na zona de Lisboa e na Estremadura que ele se iniciou, mas porquê? E como alastrou à Europa Ocidental? Através de grandes deslocações migratórias ou, pelo contrário, à boleia de pequenos fluxos, por dentro das redes familiares? As respostas, ou parte delas pelo menos, poderão chegar em breve com a ajuda da genética e de um projeto de investigação liderado pela Universidade do Minho.

"Dentro de um ano esperamos publicar os primeiros resultados, ou com os dados da amostragem genética da atual população da Península Ibérica ou com os resultados das análises genéticas das ossadas humanas da época, que também vamos estudar. Depende do que avançar primeiro", explica o geneticista Pedro Soares, investigador do Centro de Biologia Molecular e Ambiental da Universidade do Minho e coordenador do projeto, que é financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) e que está agora a arrancar.

Na prática, o estudo vai ter essas duas vertentes. Por um lado, fará a caracterização genética global da população da Península Ibérica, com um grau de resolução inédito e muito mais preciso do que aquele que existe neste momento. Por outro, realizará também o estudo genético de ossadas humanas, com cerca 4800 a 5000 anos, encontradas em várias zonas da Europa Ocidental. Muitas serão daqui mesmo, de Portugal, da região do Alentejo. A ideia, depois, é comparar esses dados genéticos, e daí extrair a informação sobre os fluxos migratórios na época, para responder a algumas das questões em aberto.

Para fazer o atual retrato genético da população ibérica, a equipa pretende recolher "milhares de amostras de todas as regiões de Portugal e de Espanha", precisa Pedro Soares. O objetivo é sequenciar todo o ADN (informação genética) mitocondrial (da estrutura celular chamada mitocôndria), que só passa à descendência por via materna e que por isso mesmo permite traçar essa linhagem, até às mães ancestrais, de há cinco milénios. O estudo dos fósseis humanos da época centra-se igualmente na sequenciação do ADN mitocondrial, para garantir a possibilidade de comparação.

No Reino Unido será feita uma amostragem idêntica - para a população e para eventuais ossadas - pelo parceiro local do projeto, o especialista em genética de populações Martin Richards, da Universidade de Huddersfield, com quem Pedro Soares se doutorou e com quem continua a colaborar.

Isso completará o conjunto de dados, para permitir mais comparações, e assim caracterizar com maior detalhe a verdadeira dimensão dos fluxos migratórios que, no final do III milénio a.C., difundiram a cultura campaniforme, as suas técnicas inovadores e a sua nova complexidade social, em que uma elite incipiente começava a destacar-se. "Essa é uma das grandes questões que temos entre mãos, a de caracterizar a real dimensão desses fluxos migratórios", admite Pedro Soares.

Não há uma história especial na génese deste projeto. A genética de populações é a especialidade de Pedro Soares, que estudou Biologia na Universidade do Porto e se doutorou depois nesta área, em Leeds, no Reino Unido, sob a orientação de Martin Richards, então professor e investigador na universidade dessa cidade.

A colaboração entre ambos não mais parou. Foi, aliás, integrado na equipa Martin Richards que o jovem investigador português, agora com 35 anos, se tornou coautor de um modelo que estabeleceu uma nova datação para a dispersão do Homo sapiens pelo planeta, a partir de África.

Os seus trabalhos, publicados nas revistas científicas Molecular Biology and Evolution e PNAS, em 2005 e em 2013, mostram que esse "out of Africa" aconteceu alguns milhares de anos mais cedo do que se pensava até então, há pelo menos 60 mil anos, primeiro em direção ao Sudeste Asiático, com uma possível ramificação desse fluxo a caminhar para a Europa.

"Em conversas com arqueólogos, interessei-me por esta questão da cultura campaniforme e então decidimos avançar", conta Pedro Soares.

Colaborador do projeto, o arqueólogo António Carlos Valera, da Universidade do Algarve e coordenador do núcleo de investigação da empresa de arqueologia ERA, estuda há duas décadas o sítio arqueológico de Perdigões, perto de Reguengos de Monsaraz, que é, justamente, uma das heranças mais completas e bem preservadas desse passado campaniforme no território português.

"Temos aqui muitos restos humanos bem preservados que vamos incluir no estudo genético", explica António Valera, sublinhando que aquele era "um local para onde convergiam na época pessoas oriundas de sítios distantes".

Essa diversidade, que acaba por ter vantagens para o estudo genético, vê-se no tipo de materiais que têm sido ali encontrados, como dentes de elefante que chegavam através do Norte de África, ou cerâmicas da zona de Lisboa.

"Estamos envolvidos num outro projeto, também financiado pela FCT, para estudar a mobilidade humana com base na análise dos estrôncios [elemento químico) nos materiais e achámos que era importante participar também neste estudo genético, porque isso vai enriquecer os nossos dados", sublinha o arqueólogo.

Isso permitirá em breve responder às questões centrais com que os arqueólogos se debatem há várias décadas sobre o porquê e o como da revolução campaniforme de há cinco mil anos. Vem aí uma nova visão, mais rica em detalhes e mais próxima do real, desse passado.


Encontrados vestígios da maior e mais antiga ave registada até à data

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Trata-se de uma ave com mais de seis metros de envergadura.

Investigadores descobriram nas proximidades da base argentina Marambio, na Antártida, vestígios de uma ave do período Eoceno (compreendido entre 56 e 34 milhões de anos) que dizem ser a maior e mais antiga conhecida.

"Trata-se de uma ave com mais de seis metros de envergadura, a maior e mais antiga de que há registo até agora", informaram fontes oficiais do país sul-americano em comunicado.

A ave identificada como um pelagornítido foi descoberta por especialistas do Instituto Antártico Argentino (IAA), Universidade Nacional de La Plata (UNLP), Museu de Historia Natural (MHN) da Província de La Pampa e da Fundação de História Natural Félix de Azara.

As autoridades argentinas destacaram que a descoberta de um úmero incompleto durante a campanha antártica de 2014 permitiu um avanço "considerável" no conhecimento da diversidade e evolução deste grupo de aves, extinto há três milhões de anos.

Segundo o estudo, estas aves chegaram a distribuir-se por todo o mundo pouco tempo depois da extinção dos dinossauros. As suas asas permitiam-lhes atravessar grandes distâncias sobre os oceanos e apesar da sua envergadura, esta espécie seria bastante leve, pesando entre 30 e 35 quilos, o que segundo o paleontólogo Marcos Cenizo descreveu como "quase uma pluma".


Dois tsunamis terão moldado superfície de Marte

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Ondas gigantes de um antigo oceano do planeta vermelho terão sido provocadas por meteoritos

Dois tsunamis gigantescos podem ter moldado a superfície de Marte e deixou vestígios que sugerem que o planeta vermelho já foi habitável, indica um estudo publicado hoje na revista Nature.

As ondas gigantes, que terão atingido até 120 metros de altura, poderão ter sido provocadas por dois grandes meteoritos que atingiram a superfície de Marte.

Já antes existia a teoria de que há aproximadamente 3,4 mil milhões de anos as planícies do Norte de Marta estavam cobertas por um enorme oceano. No entanto, os cientistas não têm encontrado evidências de uma linha costeira. Agora, esta equipa de investigadores concluíram que esses vestígios não existem devido a dois tsunamis que devastaram o planeta vermelho em duas ocasiões diferentes.

Os cientistas analisaram a área onde se julga que esse oceano se situava e analisaram dois níveis de depósitos: um parece conter uma grande variedade de pedras; o outro parece ser feito de gelo.

Dois meteoritos gigantes, separados por milhões de anos, terão provocado ondas de até 120 metros, as quais alteraram a superfície do planeta, criando crateras com 30 quilómetros de diâmetro. O primeiro tsunami terá deixado um depósito de pedras e, à medida que a água recuou de volta ao oceano, terão ficado vestígios de canais. Entre um tsunami e outro, Marte terá arrefecido e o nível do mar terá baixado. O segundo tsunami terá sido semelhante a uma onda de gelo, ou seja, as ondas avançaram sobre terra mas congelaram em vez de regressarem ao oceano.


Descobriram uma nova espécie de aranha gigante com características surpreendentes no Chile

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Na ilha de Chañaral vivem aracnídeos gigantes relacionados com uma espécie Africana que poderiam existir antes da formação dos Andes.

Cientistas da Universidade de La Serena (Chile) e do Museu Argentino de Ciências Naturais Bernardino Rivadavia foi encontrado na ilha Chilena Chañaral uma aranha que comporta gigantismo com algumas espécies da ilha. É uma espécie endémica, que pode ter habitado a área antes da formação dos Andes.

Esta aranha, chamada de 'Cyrioctea islachanaral', é de cor laranja, o tamanho excede os aracnídeos na América Latina e é semelhante com alguns animais da Namíbia.

Os investigadores não encontraram nenhuma razão para a população se preocupar, porque a mordedura deste artrópode "não representa qualquer perigo para os seres humanos".

fonte: RT


Quatro novas espécies de rã descobertas em Moçambique

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Quatro novas espécies de rã foram encontradas em Moçambique, revelou à Lusa o biólogo moçambicano Harith Farooq, autor de uma das descobertas e que espera encontrar mais casos inéditos para a ciência.

Os resultados do estudo de uma equipa de cientistas provenientes de vários países foram publicados na revista Molecular Phylogenetics and Evolution em março e dão conta da descoberta de quatro novas espécies de anfíbios em sistemas montanhosos no centro e norte de Moçambique.

Uma das descobertas foi realizada na área de conservação de Taratibu, em Cabo Delgado, por Harith Farooq, diretor da Faculdade de Ciências Naturais da Universidade Lúrio, com sede em Pemba, norte de Moçambique, e um dos autores do estudo.

fonte: Diário Digital

Índia lança mini-vaivém para o espaço

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A Índia espera conseguir passar dos modelos às naves em tamanho real na próxima década. Veja as imagens




A Índia lançou uma nave para o espaço, juntando-se aos países que estão a apostar em tecnologia reciclável para avançar na corrida espacial. O teste da Índia, no entanto, envolveu um modelo de sete metros e quase duas toneladas, não tripulado, ou seja, um mini-vaivém.

A nave saiu de Andhra Pradesh e devia subir 70 km antes de começar a descer e cair no mar. O objetivo é recolher dados sobre a velocidade e a reentrada e ainda testar as capacidades da nave na aterragem - no futuro, a ideia é que o modelo seja recuperado e reutilizado, como a Índia tenciona fazer com as naves em tamanho real.

A Índia espera conseguir passar dos modelos à exploração com naves em tamanho real na próxima década.

O Governo indiano está a investir milhares de milhões no programa espacial e em 2014 teve um assinalável sucesso com a colocação de uma sonda na órbita de Marte.



Cientistas ingleses encontram feto mumificado de 2.600 anos

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Pequeno sarcófago foi encontrado em 1907, mas só agora foi aberto pelo museu que o armazenava.

Pesquisadores do Museu Fitzwilliam, em Cambridge, na Inglaterra, encontraram um feto de apenas 18 semanas mumificado e selado em um sarcófago de 2.600 anos.

Apesar de não ser o primeiro feto mumificado encontrado, este é o ser humano mais jovem já encontrado na história da arqueologia de objetos do Antigo Egito. O pequeno sarcófago de 44 centímetros foi encontrado em Gizé, no Egito, em 1907, e estava armazenado no museu inglês desde então.

A descoberta é particularmente surpreendente porque os egípcios não costumavam mumificar fetos abortados. A hipótese mais forte é de que o feto seria um filho em desenvolvimento de alguém muito importante à época, dada a pompa e os cuidados com a mumificação e com o sarcófago. 

“Esta descoberta inédita nos ajudará a estudar a importância de uma criança que não chegou a nascer para a sociedade do Antigo Egito. O cuidado na preparação dos restos mortais mostra que esta vida era realmente valorizada”, disse Julie Dawson, diretora de conservação do museu, em entrevista ao jornal The Guardian.

Inicialmente, os cientistas acreditavam que o pequeno caixão escondia restos mortais embalsamados e ficaram animados com o que encontraram. 

Apesar de o crânio e a pélvis estarem rachadas e muito desgastadas, o museu informou que os ossos dos braços e das pernas e os dedos das mãos e dos pés ainda estão em bom estado. 

Dawson disse que ainda é cedo para conjecturar sobre o sexo do feto. Ela também informou que, após as primeiras análises da ossada e dos restos mortais, não foi possível descobrir a provável causa do aborto. 

Enquanto espera para ser analisado por scanners, o feto mumificado ficará exposto na mostra Morte do Nilo: Investigando a vida após a morte no Antigo Egito.

fonte: Galileu

Alunos têm convulsões "demoníacas" em escola no Peru

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Cerca de 80 alunos do colégio Perea Flores, em Tarapoto, no Peru, já foram internados após sofrerem convulsões ao longo das últimas semanas. 

O caso que está acontecendo aleatoriamente desde 29 de abril tem sido descrito pela população como uma série de "possessões demoníacas". As informações são do Daily Mail.

Em um vídeo registrado por um estudante que testemunhou uma das cenas, é possível ver alguns adolescentes gritando e se contorcendo enquanto colegas tentam ajudá-los.

À emissora Panamericana TV, o médico Antony Choy comentou o caso. "Não entendemos como isso aconteceu. Sabemos que começou em abril e continua até hoje. Agora temos aproximadamente 80 crianças que passaram por isso", disse.

Uma das alunas afetadas relatou a experiência. "É muito perturbador relembrar isso. Eu via um homem alto, vestido todo de preto e com uma barba grande, e parecia que ele tentava me estrangular. Meus amigos disseram que eu estava gritando desesperadamente, mas eu não me lembro disso", descreveu. Outras vítimas também alegaram ter visto a imagem do mesmo homem.

Para o parapsicólogo Franklin Steiner, o caso está ligado com o passado do local onde a escola foi construída. "Anos atrás houve um monte de vítimas de terrorismo mortas nesse lugar. Quando o colégio foi construído, alguns ossos e cadáveres foram encontrados", afirmou.

Segundo o tabloide britânico, ainda não se sabe ao certo o que está causando essas convulsões.

fonte: Rede TV

Lockheed Martin quer chegar a Marte em 2028

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Faltam 12 anos. Mas é chegar e não pousar. São coisas bem diferentes, como se pode perceber...

O construtor aeronáutico norte-americano Lockheed Martin anunciou que está a planear uma missão a Marte em 2028 - uma data mais concreta do que aquela que a NASA tem usado para descrever o mesmo objetivo ("por volta da década de 2030").

Concept drawing of the Mars Base Camp

A Lockheed Martin pensa que antes da humanidade estar pronta para pousar no planeta vermelho, há muito para estudar - não apenas no planeta mas também nos seus satélites Fobos e Deimos.

Seria instalada uma estação de comando na órbita de Marte, que operaria robôs e rovers no solo.

Em paralelo (?), a empresa norte-americana está a colaborar com a NASA no programa da agência federal para Marte, tendo fabricado a sonda InSight que deveria ter sido enviada este ano com destino ao planeta vermelho. Contudo, a operação foi adiada para 2018.

fonte: TSF

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