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Channel: Novos Insólitos - Notícias incríveis que nos fazem refletir
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Elefantes se irritam com barulho e atacam motoqueiro na Tailândia

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Um grupo de elefantes deu um grande susto em um motoqueiro que passava por um parque na Tailândia. Incomodados com o barulho alto do morto, eles partiram 'para cima' do homem, que teve que pular do veículo e se esconder no meio da mata.

Segundo o Mail Online, os elefantes já estavam 'bravos' alguns minutos antes, quando um grupo de motoqueiros passou pelo local. Depois, o viajante solitário levou um grande susto ao ser atacado pelos mamíferos. 

Os elefantes atiraram o veículo no chão e seguiram passagem pelo parque Khao Yai, o terceiro maior do país. O local abriga mais de 3 mil espécies de plantas, 320 diferentes tipos de pássaros e 66 especíes de mamíferes, incluindo os elefantes.

O motoqueiro esperou os animais irem emborar para recuperar sua moto e sair do local.

fonte: Rede TV


Trabalhador de reserva de elefantes morre atacado por um dos animais na China

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Um trabalhador de uma reserva de elefantes do sudoeste da China morreu ao ser atacado por um dos paquidermes, informaram as autoridades locais neste sábado. 

Yao Zhengyang trabalhava na reserva nacional de Xishuangbanna, situada em Yunnan, no sudoeste da China, na fronteira com Laos e Mianmar, que tem dez mil quilômetros de espaço para 250 ou 300 elefantes, algo insólito em um país criticado por sua campanha pelo comércio de marfim.

Yao desapareceu na quinta-feira enquanto observava os elefantes perto da cidade de Mengwang, apontou a polícia, que achou seu corpo no dia seguinte, aparentemente atacado por um ou vários desses animais.

Segundo a reserva, dois camponeses morrem por ano atacados por paquidermes. 

Em junho um aldeão morreu atacado por um paquiderme e sua mulher ficou ferida enquanto trabalhavam em sua fazenda.

fonte: Terra

Cientistas insistem na procura de "civilização avançada" em KIC 8462852

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Não há memória de uma afirmação tão clara na busca de vida extraterrestre inteligente: "O Instituto SETI continua a explorar a possibilidade de que o sistema estrelar KIC 8462852 aloje uma civilização avançada".

A frase foi colocada ontem à noite no site do SETI e é assinada por Seth Shostack, astrónomo sénior do Instituto.

A frase que abre o texto de Shostack ("O Instituto SETI continua a explorar a possibilidade de que o sistema estrelar KIC 8462852 aloje uma civilização avançada") será provavelmente a afirmação mais ousada de um cientista em busca de vida inteligente fora da Terra.

O texto é o último capítulo de uma história que começou em meados deste mês, com a revelação de que os cientistas do SETI nunca tinham visto "nada parecido com esta estrela".

Seth Shostack fala dos esforços que estão a ser feitos para confirmar o que é que se passa em KIC 8462852.

Continuam a existir várias teorias, mas o astrónomo do SETI é taxativo quando diz que "por várias razões, é óbvio que este material não é simplesmente um planeta".

fonte: TSF

O "beijo da morte" de duas estrelas

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Ilustração: ESO/Luis Calçada (2014)

Duas estrelas num sistema distante estão tão ligadas que acabarão por se fundir. Com que resultados? Há quem fale em catástrofe.

É uma incógnita o que acontecerá em resultado da "fusão" destas duas estrelas no distante sistema VFTS 352: irá surgir apenas uma estrela ou sairá daqui um buraco negro (buraco negro binário)?


Para já sabe-se que são duas estrelas jovens, situadas numa zona onde novas estrelas aparecem com regularidade e que é um autêntico mistério para os astrónomos e astrofísicos.

O sistema de estrela dupla VFTS 352 situa-se a cerca de 160 mil anos-luz de distância, na Nebulosa da Tarântula, e para conseguir obter estas imagens os cientistas usaram o Very Large Telescope do Observatório Europeu do Sul.

"O VFTS 352é composto de duas estrelas muito quentes, brilhantes e massivas que orbitam uma a outra em pouco mais de um dia. (...) O VFTS 352 não é apenas o mais maciço sistema conhecido nesta pequena classe de "binários com contacto" - tem uma massa combinada de cerca de 57 vezes a do Sol -, mas também contém os componentes mais quentes - com temperaturas de superfície acima de 40.000 graus Celsius".

(A imagem do VFTS 352 que se apresenta é uma animação feita pelo cientista e ilustrador científico português Luís Calçada).

fonte: TSF

Brasil liberta documentos secretos que falam em avistamento de ovnis

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O governo brasileiro libertou documentos, até agora secretos, que mostram que a Força Aérea tem estudado o avistamento de objetos voadores não identificados.

"Uma série de documentos confidenciais da Aeronáutica brasileira foram divulgadas recentemente e dão ainda mais lenha à discussão sobre a existência ou não de vida extraterrestre e, claro, a passagem dela pelo Brasil em algum momento da história", lê-se num texto publicado no Yahoo local.

Fica também a saber-se que os documentos (relatórios, vídeos e fotografias) foram entregue a um especialista e "comprovariam que pilotos e controladores de voo nacionais tiveram contacto registado com objetos voadores não identificados".


"Esses documentos comprovam, sem a menor sombra de dúvidas, que os militares brasileiros já estudam o tema há anos. E não só isso. Os documentos comprovam que as naves foram vistas e registadas em diversos períodos da República aqui no Brasil", segundo o ufólogo Ademar José Gevaert à RedeTV!.

As cerca de quatro mil páginas referem avistamentos registados nos últimos 50 anos.

fonte: TSF

Descobertos na Grécia 22 barcos naufragados

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Os pescadores e mergulhadores que frequentam as águas de Fourni sempre souberam que haveria barcos naufragados na zona. Uma expedição acaba de descobrir 22, alguns com mais de 2500 anos.

A descoberta aconteceu ao largo da costa de Fourni, um arquipélago grego, próximo da Turquia.

Durante 13 dias uma equipa de arqueólogos marinhos percorreu as águas de Fourni e encontrou 22 barcos naufragados - o que excedeu largamente as expetativas.

Houve dias em que foram descobertas várias embarcações, das quais não havia qualquer registo, algumas com mais de 2500 anos.

"Acho que estamos todos em choque", disse Peter Campbell, codiretor do projeto norte-americano "RPM Nautical Foundation". "Esperávamos três ou quatro naufrágios e ficámos muito felizes".

Este cientista admite que é impossível dizer quantos mais barcos estão na zona.

fonte: TSF

Daqui a 85 anos metade do planeta poderá ser um deserto

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Em 2100, se as emissões de gases poluentes continuarem ao ritmo atual, alerta um estudo publicado na revista Nature Climate Change, mais de metade da superfície terrestre poderá tornar-se uma zona árida.

Cientistas da universidade chinesa de Lanzhou indicam que esse processo terá um especial impacto nos países em vias de desenvolvimento, onde se registará grande parte da expansão dessas regiões áridas, onde a precipitação é escassa e os seus efeitos são anulados pela evaporação da água causada pelo calor.

As alterações climáticas, o crescimento da população humana e a ampliação das cidades são os fatores apontados pelo estudo como responsáveis por este processo de desertificação.

Partindo da análise comparativa de dados recolhidos entre 1948 e 2005, Jianping Huang e o seu grupo concluíram que a maioria dos modelos subestima a tendência para a expansão das terras áridas, que atualmente cobrem 40% da superfície terrestre.

Os cientistas elaboraram novas previsões que apontam para que a aridez aumente até cerca de 56% se as emissões de gases poluentes se mantiverem elevadas nos próximos 85 anos.

João Branco, da associação ecologista QUERCUS, teme que o cenário possa ser ainda mais catastrófico. O presidente da Quercus lembra que há países com economias emergentes

que "têm objetivos de desenvolvimento e de produção de energia próprios" não vão travar a emissão de gases.

A QUERCUS admite também que mesmo na melhor das hipotóteses, as perspectivas não são boas.

Num outro estudo divulgado na mesma publicação, investigadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) alertam para as condições extremas de temperatura e humidade que serão atingidas na zona do Golfo Pérsico durante o século XXI.

Se as emissões de gases com efeito de estufa continuarem na atual trajetória ascendente, os cientistas põem em dúvida "a habitabilidade humana" dessas regiões no futuro.

Os cientistas sublinham que o corpo humano só consegue arrefecer-se a si mesmo através da transpiração abaixo dos 35 graus centígrados.

"Acima desse patamar, o corpo não consegue arrefecer-se e a sobrevivência no exterior de um indivíduo são e em forma está em sério perigo", defende o estudo.

O trabalho assenta em simulações de modelos climáticos de alta resolução para prever a incidência de ondas de calor extremas na zona do Golfo Pérsico entre 2071 e 2100.

Num cenário em que as emissões tenham continuado a aumentar, as temperaturas extremas que se alcançarão ocasionalmente em cidades como Abu Dabi, Dubai e Doha representarão um desafio à "sobrevivência humana", frisou o estudo.

fonte: TSF

"Gatilho" disparou contra o pé da dona...

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... mas os ferimentos não foram graves. Jovem de 25 anos não tinha deixado a arma travada por segurança

Allie Carter, de 25 anos, está a recuperar de uma lesão caricata. Durante uma ida à caça, foi alvejada acidentalmente no pé pelo seu cão, Trigger (que significa gatilho). A jovem caçava patos-reais na reserva de caça de Vida Selvagem e Peixe de Tri-County, a 225 quilómetros de Indianapolis, EUA. 

Num momento em que se estava a reposicionar, pousou a arma no chão sem a deixar travada por segurança. Foi nesse momento que o labrador de onze anos pisou a arma e disparou acidentalmente contra o pé esquerdo da dona, a 24 de Outubro. 

Jonathan Boyd, o agente do serviço de conservação do Indiana, explicou ao jornal The Independent que a jovem não estava bem preparada. "Encorajamos todas as pessoas a tirar um curso de educação acerca de caça antes de se aventurarem", afirmou. Allie tinha uma licença de aprendiz e estava acompanhada por uma pessoa que tinha tirado esse curso. Caçavam patos-reais.

Allie Carter teve de ir ao hospital para tratar as lesões no pé esquerdo e recebeu alta rapidamente. Já está em casa. 

fonte: Sábado


Sem perceber, turista escocês regista criatura bizarra no mar

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Um turista escocês identificado apenas como Harvey, de 52 anos, registou uma criatura bizarra enquanto tirava fotos na costa da Grécia. 

O animal, capturado em duas imagens, parece uma espécie incomum de golfinho, mas lembra também um hipopótamo. 

"Não faço ideia do que possa ser, nunca vi nada parecido", afirmou Harvey, de acordo com o jornal britânico. 

"Eu capturei a figura por acidente. Estava num barco tentando capturar a coloração da água e não olhando para ela. O flash estava desligado e eu só vi a criatura quando olhei as fotos". A criatura ainda não foi identificada.

fonte: Rede TV

EUA: jacaré encontrado em bueiro é resgatado

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Policiais retiraram réptil de dois metros usando coleira de cachorro para fechar a boca.

Um jacaré foi resgatado após ser encontrado na última sexta-feira em um bueiro em Seminole, nos Estados Unidos.

A fêmea foi encontrada por um morador do local, que chamou as autoridades. Ele afirmou que alguém tentou impedir que o animal morresse atropelado, já que ele estava tentando sair do bueiro.

Policiais retiraram o réptil de dois metros usando uma coleira de cachorro para a fechar a boca do jacaré.

Animal deve ser levado a uma fazenda de jacarés.

fonte: Band

OVNI brilhante é flagrado por russos na região da Sibéria

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Registo feito por Nikita Tomin em 2010 (Foto: Reprodução / Siberian Times)


OVNI flagrado em Ulan-Ude (Foto: Reprodução / Siberian Times)

Moradores da região da Sibéria, na Rússia, afirmam que observaram um OVNI em formato de pires com o contorno verde brilhante nos céus de Ulan-Ude. As informações são do Siberian Times.

Uma mulher, que não teve seu nome revelado pela publicação russa, afirmou que estava com seus dois filhos andando pela rua quando avistou o objeto não identificado. 

Ela também conta que viu dois homens correndo para se esconder quando o brilhante sinal sumiu e, em seguida, reapareceu. "Quando ele [OVNI] parou bem acima de nós, eu não podia dizer uma palavra. Vi dois homens correndo para se esconder em um edifício", relatou a mulher.

"Era um grande disco com luzes verdes brilhantes no meio. Meu filho ficou com medo, pegou na minha mão e nós fugimos. Eu nunca acreditei que algo assim poderia existir", acrescentou a testemunha, que também disse que o objeto fazia um barulho semelhante ao motores de um carro.

A Rússia é conhecida por especialistas no assunto como um dos "locais preferidos dos OVNIs" para realizarem suas aparições. Em 2010, Nikita Tomin flagrou três discos verde claros sobrevoando os céus do lago Baikal, em Listvyanka.

fonte: Rede TV

ET ou robô? Astrónomo acredita que alienígenas passaram por transição e viraram máquinas

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O senso comum do ser humano acredita que alienígenas possam ser pequenas criaturas humanóides verdes, ou então monstros com inúmeros tentáculos. Mas um astrónomo britânico acredita que nossos amigos de outros planetas possam ser máquinas. 

Martin Rees afirma que, caso o homem encontre de facto seres de outros planetas, eles serão menos orgânicos do que se imagina. Segundo ele, as máquinas terão evoluído de seres alienígenas orgânicos e a humanidade deverá seguir estes passos. 

Em entrevista ao portal “Nautilus”, Martin disse que a Terra ainda passará por uma transição rumo ao mundo mecânico que outras civilizações já passaram. “Em um planeta que orbita uma estrela muito mais antiga que o Sol, é bem provável que ele esteja mais evoluído”, conta o astrónomo. 

Ele acredita que a humanidade precisa de mais um ou dois séculos para começar a entrar na fase de evolução rumo à vida plena como uma máquina. “Se encontrarmos um ET, é grande a chance dele ter uma forma inorgânica”, completou. 

Diante de buscas de sinais no Universo, o britânico ainda afirma que, caso a humanidade detecte algum tipo de sinal, ainda assim não teria meios para traduzí-la. Ele poderia ser fruto de uma máquina extraterrestre com mau funcionamento e jamais descobririamos sua origem ou propósito.

Por outro lado, Rees também vê uma oportunidade de a biosfera do planeta Terra ser única, colocando o planeta como o mais importante do Universo por ser o único a produzir condições para a existência de vida orgânica. 

fonte: Yahoo!

Impressionante nave extraterrestre filmada por Pai e filho!

Corpos de leões das cavernas são encontrados preservados na Sibéria

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Investi~gadores fizeram uma descoberta importantíssima para compreender a extinção de um dos animais mais surpreendentes do passado.

Após um trabalho minucioso na Sibéria, equipas encontraram restos mortais incrivelmente preservados de um filhote de leão das cavernas, morto há mais de 10 mil anos.

O bebé foi encontrado com os olhos fechados e em perfeito estado de conservação. Outro filhote foi achado próximo ao sítio arqueológico localizado na República de Sakha, na região de Yakutia, na Rússia. 

A descoberta pode ajudar os cientistas a desvendarem os reais motivos da extinção do animal. Os imensos felinos não possuíam predadores naturais, tão pouco tinham o costume de vagar por áreas pantanosas e correr o risco de ficarem presos, como as marmotas da época. 

Até o momento, cientistas trabalhavam apenas com restos mortais como ossos e dentes para analisar o animal, que viveu durante a Era do Gelo quando os continentes ainda não haviam se dividido por completo. 

Os dois filhotes foram expostos numa coletiva de imprensa e serão colocados ao lado de outros restos de animais encontrados na região, como mamutes, rinocerontes, bisões e cavalos. 

fonte: Yahoo!

Antigo mega-tubarão é descoberto nos EUA

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Tudo é maior no Texas, ou assim eles dizem. Isso parece estender-se ao passado antigo também, uma vez que um novo fóssil de tubarão foi encontrado e é muito grande. 

Um tubarão gigante que nadava cerca de 300 milhões de anos atrás foi descoberto no que hoje é o Texas, e é muito maior do que os tubarões que vemos hoje. O maior tubarão que já viveu, o Megalodon, podia chegar a 18 metros de comprimento antes de se tornar extinto 2,6 milhões de anos atrás. 

Esta besta fossilizada tem 8 metros de comprimento, o que não significa que seja uma quebra de recorde, mas é 25% maior do que o moderno tubarão branco. Os resultados foram anunciados na reunião anual Vertebrate Paleontology.

Este “super-tubarão” viveu durante o período Carbonífero entre 359 a 299 milhões de anos – muito antes dos dinossauros dominarem a Terra. Durante este tempo, ele nadava através de um mar raso chamado Western Seaway, que hoje estaria localizado numa grande faixa do oeste americano. O ambiente aquático também teria sido o lar de corais, moluscos, e peixes ósseos.

Embora tubarões existam há centenas de milhões de anos, com os primeiros surgindo no período Ordoviciano, esta nova descoberta representa o mais antigo “tubarão gigante” já encontrado, pelo menos 170 milhões de anos mais velho que o fóssil de tubarão gigante anterior.

Um dos paleontólogos que ainda está escavando cuidadosamente os restos fossilizados, John Massey, disse este mês: “Você não vê os tubarões deste tamanho novamente até o Cretáceo”.

Além de seus dentes, tubarões não costumam fossilizar bem: Seus ossos degradam-se rapidamente após a morte. Sua cartilagem, no entanto, é mais eficaz e se transforma numa forma mineral, e estas são as partes que os paleontólogos encontram. 

Maisey e sua equipa usaram fragmentos da parte de trás do crânio do tubarão para determinar seu tamanho real. Com essas informações, juntamente com o que já se sabe sobre supertubarões extintos, eles foram capazes de estimar o comprimento do corpo.

O fóssil pode estar relacionado com um outro grupo extinto de tubarões: o Glikmanius, que tinha um corpo semelhante e uma cauda bifurcada, e também viveu no período Carbonífero. Mais trabalhos são necessários para confirmar se esse novo tubarão é outro Glikmanius ou é de facto uma nova espécie de tubarão antigo.

Os tubarões são, indiscutivelmente, os predadores perfeitos. Sua forma e comportamento básico não mudou durante milhões de anos, tanto assim que os tubarões evoluíram antes que houvesse aves.

A primeira ave, o agora extinto Archaeopterix, viveu cerca de 350 milhões de anos numa floresta densa que hoje é o deserto do Saara.

Tubarões existem desde 400 milhões de anos, passando por alguns eventos de extinção em massa, incluindo a Grande Morte 252 milhões de anos atrás, que matou mais de 90% de toda a vida na Terra.



Fóssil de ‘monstro gigante’ assusta moradores de praia nos Estados Unidos

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Um dente de um animal pré-histórico encontrado esta semana nos Estados Unidos causou calafrios nos investigadores que imaginaram que tipo de animal teria passado pelo planeta Terra, uma vez que o fóssil tem pelo menos o tamanho de uma mão humana. 

Em comparação com um dente de um tubarão comum, essa presa tem mais que o triplo do tamanho. O objeto foi encontrado na praia de Topsail, no estado da Carolina do Norte, leste do país. A expectativa dos especialistas é que tenha pelo menos 15 milhões de anos.

Tais presas podem ser da espécie pré-histórica Carcharodon megalodon, um dos maiores predadores que já habitaram os oceanos do mundo, e que se assemelha muito a um tubarão-branco gigante, podendo chegar a até 50 toneladas e 20 metros de comprimento.

Eles viveram no período Mioceno, inclusive no Brasil – acredita-se que vários tenham existido no litoral nordestino, mais de 100 milhões de anos atrás. O nome “megalodon”, como são conhecidos popularmente, quer dizer literalmente “dente gigante”. A alcunha foi dada pelo biólogo suíço Louis Aggasiz, em 1843. 

fonte: Yahoo!

Cassini atravessa plumas de Encelado para saber se esconde um oceano habitável

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As plumas no Pólo Sul de Encelado JPL / NASA


A lua está coberta com uma crosta de gelo JPL / NASA

A sonda da NASA vai atravessar os jactos de água a 50 quilómetros do Pólo Sul da lua de Saturno. É mais uma experiência na longa procura de vida no sistema solar.

A missão já está a ser planeada há cinco anos. A sonda Cassini, da NASA, vai atravessar às 15h22 (hora de Lisboa) desta quarta-feira as plumas de material que se libertam do Pólo Sul de Encelado, a sexta maior lua de Saturno. Desta forma, a sonda poderá analisar directamente o material que vem de um oceano interior situado por baixo da crosta de gelo e, com essa informação, avaliar se aquele oceano longínquo tem condições de habitabilidade.

Este é o segundo de três voos finais a Encelado que a Cassini vai fazer, programados pelos cientistas do Laboratório de Propulsão a Jacto da NASA, na Califórnia, Estados Unidos. O primeiro ocorreu a 14 de Outubro, quando a sonda passou a 1839 quilómetros de altura do Pólo Norte para obter imagens daquela região. A última será a 19 de Dezembro: nessa altura o aparelho ficará a 4999 quilómetros da superfície e vai medir o calor que se liberta do núcleo de Encelado.

Nesta quinta-feira, o voo é muito mais rasante. A sonda ficará apenas a 49 quilómetros de distância da superfície daquele astro – uma crosta de gelo com cerca de 30 quilómetros de grossura. Não será o voo mais próximo que a sonda já fez a Encelado, mas é o mais próximo dos jactos no Pólo Sul.


O oceano de Encelado estende-se por toda a lua por baixo da crosta de gelo NASA

“Este voo não pode detectar vida, mas vai dar informação sobre a habitabilidade do oceano”, disse na segunda-feira Curt Niebur, um dos cientistas responsáveis pela missão, que falou numa conferência de imprensa da NASA. Ou seja, vai dar informações sobre o calor no interior da lua e as moléculas orgânicas que lá existem, ingredientes básicos para a vida na Terra.

A Cassini chegou ao sistema de Saturno em 2004. Ano após ano, as análises feitas pelos seus instrumentos e as imagens que foi enviando para a Terra sobre Encelado revelaram que este é um dos lugares mais interessantes para a procura de vida no sistema solar.

Em 2005, a sonda descobriu os jactos de água no Pólo Sul daquela Lua, vindos de fendas que parecem listras de tigres vistas do espaço, e mostrando a existência de uma fonte de calor e actividade geológica. Em 2008, a sonda fez o primeiro voo junto à superfície onde analisou mais de perto aqueles géiseres que emitem gelo, gases e outras partículas.

Mais recentemente, em 2014 e 2015, após análises gravíticas da lua, chegou-se primeiro à conclusão de que havia um oceano interior, por baixo da camada de gelo, na região do Pólo Sul, e depois que este oceano – com dez quilómetros de profundidade – afinal se estendia por toda a lua. Os cientistas pensam que o calor capaz de gerar água líquida e géiseres provém da tensão gravítica entre Encelado e Saturno.

Três objectivos

Agora, o voo da Cassini terá três objectivos concretos. Por um lado, vai procurar por hidrogénio molecular (dois átomos de hidrogénio ligados que formam uma molécula). Nalgumas fontes hidrotermais na Terra, este hidrogénio é produzido em grandes concentrações. Além disso, é usado como fonte de energia por algumas formas de vida que vivem naquelas fontes. A sonda vai usar um espectrómetro de massa para detectar o hidrogénio molecular: quanto maior for a sua concentração, mais actividade hidrotermal existirá no oceano de Encelado, defendem os cientistas.

Por outro lado, o Detector de Poeira Cósmica da sonda irá procurar pequenas moléculas orgânicas, como metano ou etano. Esta é uma limitação da sonda, que não pode detectar grandes moléculas orgânicas – como o ADN, que, se encontrado, demonstra a presença de vida. Ainda assim, esta análise dará uma ideia mais completa sobre a constituição da sopa de moléculas que preenche o oceano e pode alimentar vida.

O terceiro objectivo do voo é desvendar a estrutura dos géiseres. Não se sabe se o material ejectado vem de orifícios independentes ou de rachas ao longo da crosta de gelo. Ou ainda se os dois tipos de estruturas coexistem. Um detector da Cassini vai contar o número de micropartículas de gelo que atingirá a sonda para responder a esta questão, que permitirá compreender como é que o material do oceano sobe até à superfície. Além disso, esta experiência ajudará a estimar o volume de material libertado nestes jactos, um dado importante para se saber desde quando é que a lua está activa.


O Pólo Norte de Encelado fotografado pela Cassini JPL / NASA

Os cientistas defendem que a sonda não corre perigo ao atravessar as plumas àquela altitude, já que será atingida por micropartículas. A sonda vai fazer o voo a 30.600 quilómetros por hora, uma velocidade alucinante. Mesmo assim, tentará fotografar a superfície da lua. As imagens serão tratadas posteriormente na Terra e espera-se que sejam divulgadas na quinta-feira ao final do dia ou já na sexta-feira.

Os cientistas esperam ainda divulgar, uma semana após o voo, um primeiro olhar sobre a informação obtida pela Cassini. Os dados completos só serão publicados dentro de alguns meses.

fonte: Público

Há 300 milhões de anos já existiam animais que regeneravam membros

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Fóssil do anfíbio Sclerocephalus que pertence ao grupo dos Temnospondyli estudado neste trabalho HWA JA GOETZ, MFN

As lagartixas fabricam novas caudas quando as perdem, mas são as salamandras que conseguem regenerar realmente os membros. Essa capacidade surgiu na evolução antes das salamandras e poderá ter importância para a medicina.

O cirurgião Curtis Connors perdeu o braço direito na guerra devido aos ferimentos causados por uma explosão. Quem conhece o universo dos super-heróis sabe o que se seguiu. Obcecado pela capacidade regenerativa dos répteis, o cientista usou em si um soro de ADN réptil para fazer voltar a crescer o seu membro. O braço regenerou-se. Mas Connors transformou-se no lagarto, um vilão que persegue o homem-aranha desde 1963. Esta criação da Marvel é um produto do seu tempo. A descoberta da molécula de ADN, fundamental para a genética, tinha então dez anos. O soro do lagarto é uma apropriação fantasiosa do conceito, em que o ADN do réptil daria a capacidade de regenerar um membro perdido.

Uma descoberta vem agora dar uma reviravolta a este tema. Uma equipa de cientistas identificou a regeneração de membros em fósseis de animais com quase 300 milhões de anos, segundo um estudo foi publicado na revista Nature. Para os cientistas, poderá restar um vestígio deste mecanismo molecular de regeneração no ADN de todos os tetrápodes, o grupo de animais onde estão os anfíbios, répteis, aves e mamíferos.

Os humanos conseguem reconstruir o fígado se ele for parcialmente destruído. Para isso, há multiplicação das células e uma organização precisa dos vários tecidos que compõem aquele órgão. É uma obra complexa. Mesmo assim, o novo fígado não recupera a antiga forma. Algo que é fulcral na regeneração de um membro: um braço depende da sua forma para ser um braço. E, uma vez perdidos, um braço ou uma perna ficam perdidos para sempre.

Mas a natureza está aí para mostrar alternativas. As lagartixas – os répteis que poderão ter inspirado o vilão lagarto – perdem facilmente a cauda quando são apanhadas por um predador. E volta a crescer não uma cauda mas uma pseudo-cauda: continua a cumprir uma função de equilíbrio, mas a arquitectura interna é diferente, pois, em vez de haver uma coluna vertebral, forma-se cartilagem.

A verdadeira capacidade de regeneração cabe às salamandras e aos tritões: os únicos tetrápodes que voltam a reconstruir uma cauda ou uma pata com todos os tecidos internos. Estes animais pertencem à família Salamandridae e não são répteis, são anfíbios, como os sapos e as rãs (no fundo, o vilão lagarto deveria ser afinal um maléfico tritão). Como mais nenhum tetrápode vivo tem esta capacidade, a visão clássica da biologia defendia que esta característica tinha surgido apenas na evolução dos “Salamandridae”.

O novo trabalho publicado na Nature contradiz esta perspectiva. A equipa de investigadores do Instituto para a Evolução e para a Ciência da Biodiversidade de Leibniz, na Alemanha, foi estudar fósseis de tetrápodes que viveram há cerca de 300 milhões de anos, 80 milhões de anos antes de as salamandras surgirem no registo fóssil.

“Os fósseis usados no nosso estudo representam membros de diferentes grupos de anfíbios da era Paleozóica”, diz ao PÚBLICO Nadia Fröbisch, uma das autoras do trabalho. A equipa estudou espécies de Temnospondyli, entre as quais está um antepassado antigo das salamandras, e espécies de Lepospondyli, um grupo que está mais próximo dos amniotas – os tetrápodes completamente terrestres, que deram origem aos répteis, aos mamíferos e às aves.

Olhando para aqueles fósseis, a equipa encontrou características semelhantes às que se encontram nos membros regenerados das salamandras e dos tritões. “Quando [nas salamandras] o membro foi muito dilacerado ou a cicatrização da ferida não correu bem, o membro regenerado mostra uma combinação de patologias que é muito característica. Encontrámos este tipo de patologias num dos Temnospondyli”, explica Nadia Fröbisch.

Por outro lado, nas espécies de Lepospondyli estudadas, os cientistas notaram marcas de regeneração ao compararem a pata traseira esquerda com a pata traseira direita. “Num dos lados, os ossos dos membros estão bem diferenciados e ossificados de acordo com o estádio de desenvolvimento de todo o fóssil, mas do outro lado só os ossos da perna junto ao tronco estão bem desenvolvidos, enquanto os ossos mais distantes se encontram mais imaturos, indicando que estão em regeneração”, acrescenta a cientista.

Para Nadia Fröbisch, esta descoberta é importante para situar a característica dos Salamandridae na história evolutiva dos vertebrados. “A regeneração não é específica das salamandras, estava disseminada no passado evolutivo. Isto pode influenciar os estudos para descobrir os mecanismos moleculares que controlam a regeneração das salamandras, já que esta descoberta indica que estes factores não são específicos delas. Existiam mecanismos moleculares presentes nos tetrápodes envolvidos na regeneração que ainda podem estar presentes em tetrápodes vivos, incluindo nos humanos”, defende a cientista, acrescentando que este conhecimento pode vir a ser usado “para desenvolver possíveis tratamentos e aplicações futuras na medicina humana”.

Seguindo a lógica da Marvel, podemos imaginar que, no futuro, a história do doutor Connors teria um final feliz: em vez de ter de recorrer ao ADN de outro animal, transformando-se num monstro, poderia reutilizar o seu próprio ADN de outra maneira para fazer regenerar o seu braço, mantendo-se humano.

Mas voltando à evolução e às dúvidas dos cientistas, não se sabe por que é que a grande maioria dos tetrápodes deixou de ter esta capacidade aparentemente tão vantajosa. “Parece contra-intuitivo”, diz-nos a cientista. O custo energético alto ou a incompatibilidade com outras características importantes podem explicar a sua perda, considera. “As salamandras são especiais em muitos aspectos, como o seu metabolismo ou o facto de terem as maiores células entre os vertebrados vivos”, acrescenta Nadia Fröbisch. “Se calhar a capacidade regenerativa nunca foi seleccionada negativamente nas salamandras e por isso ainda está presente.”

fonte: Público

China quer construir o maior acelerador de partículas do mundo

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Representação artística do futuro acelerador de partículas chinês INSTITUTO DE FÍSICA DE ALTAS ENERGIAS DA CHINA

Máquina chinesa deverá ser pelo menos duas vezes mais extensa e ter sete vezes mais energia do que o actual acelerador LHC, na fronteira franco-suíça.

A China tenciona começar a construir o maior acelerador de partículas do mundo entre 2020 e 2025, uma infra-estrutura que permitirá aos cientistas aprofundar ainda mais os conhecimentos sobre o Universo. Estes planos foram anunciados esta quinta-feira na imprensa chinesa e noticiados depois pela agência AFP.

“Já concluímos o plano conceptual inicial e organizámos recentemente a sua avaliação internacional pelos pares [por outros cientistas independentes do projecto]. O plano conceptual final vai estar concluído no fim de 2016”, disse Wang Yifang, director do Instituto de Física de Altas Energias chinês, numa entrevista exclusiva ao jornal China Daily.

Se a instalação chinesa vir a luz do dia, será pelo menos duas vezes maior do que o principal acelerador actualmente existente, construído na fronteira franco-suíça pelo Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN, composto por 21 países-membros, incluindo Portugal): o LHC, sigla em inglês de Grande Colisionador de Hadrões. Foi aqui que em 2012 se detectou, confirmando-se assim, a existência do bosão de Higgs, partícula elementar considerada a trave-mestra da estrutura fundamental da matéria, uma vez que confere massa a outras partículas.

É precisamente o bosão de Higgs que está também no coração do projecto do sucessor do LHC: o acelerador ambicionado pela China terá entre 50 e 100 quilómetros de extensão e poderá produzir, a uma escala inédita, milhões de bosões de Higgs, ultrapassando assim de longe as centenas geradas pelo LHC, em colisões de protões ao longo de um túnel em circunferência de 27 quilómetros de extensão, localizado a 100 metros de profundidade. O acelerador chinês chamar-se-á Colisionador Circular de Electrões-Positrões (CEPC, na sigla em inglês) e ficará nos arredores de Pequim (o positrão é a anti-partícula do electrão).

“A via técnica que escolhemos é diferente da do LHC. No LHC colidem protões, gerando bosões de Higgs juntamente com muitas outras partículas. No entanto, no CEPC proposto colidirão electrões e positrões, para criar um ambiente extremamente limpo em que só serão produzidos bosões de Higgs”, explicou ainda Wang Yifang ao diário chinês.

Mas esta gigantesca fábrica de bosões de Higgs é só a primeira fase dos planos chineses, cuja construção começará entre 2020 e 2025, referiu ainda o jornal. A proposta do novo acelerador de partículas já inclui uma segunda fase, chamada Super Colisionador de Protões-Protões (SPPC, na sigla em inglês), e que será verdadeiramente uma versão melhorada do LHC.

Depois de uma paragem após a detecção do bosão de Higgs, para manutenção e remodelações, o LHC voltou a funcionar este ano, retomando as experiências de colisão de partículas a uma energia sem precedentes de 13 teraelectrões-volt (TeV).

“O LHC está a atingir os seus limites de energia, e não parece possível aumentá-la significativamente nas instalações actuais”, referiu ainda Wang Yifang. Ora o SPPC deverá atingir os 100 TeV, o que será pelo menos sete vezes mais do que o LHC, e o início da sua construção está previsto para 2040.

Enquanto as medidas de austeridade levaram inúmeros países desenvolvidos a fazer cortes orçamentais nos seus projectos de investigação sem aplicação concreta, a China está a investir em massa em investigação fundamental – e igualmente aplicada –, com a ambição de se tornar um dos líderes mundiais em ciências, desde a biologia até à cosmologia.

A ideia do novo acelerador partiu de Wang Yifang, que em Setembro de 2012, pouco depois da detecção nesse ano do bosão de Higgs, a apresentou numa reunião sobre o futuro da física de partículas na China. “É uma máquina para o mundo e criada pelo mundo, não é uma máquina chinesa”, considerou Wang Yifang, que desta forma quer sublinhar a participação de físicos estrangeiros no projecto.

fonte: Público

Antepassado de humanos e grandes símios terá sido mais parecido com um… gibão

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Ilustração científica do aspecto que teria o novo primata MARTA PALMERO/INSTITUTO CATALÃO DE PALEONTOLOGIA MIQUEL CRUSAFONT


Ilustração científica do crânio do novo primata INSTITUTO CATALÃO DE PALEONTOLOGIA MIQUEL CRUSAFONT


Reconstituição virtual do crânio do novo primata baseada em imagens de TAC INSTITUTO CATALÃO DE PALEONTOLOGIA MIQUEL CRUSAFONT


O crânio visto por baixo INSTITUTO CATALÃO DE PALEONTOLOGIA MIQUEL CRUSAFONT


Ossos do braço esquerdo de Pliobates cataloniae: húmero (A), rádio (B); e ulna (C)
INSTITUTO CATALÃO DE PALEONTOLOGIA MIQUEL CRUSAFONT


Vista panorâmica do Aterro de Can Mata, onde foram encontrados os fósseis do novo primata
JOSEP M. ROBLES/ INSTITUTO CATALÃO DE PALEONTOLOGIA MIQUEL CRUSAFONT


Representação do meio ambiente e de algumas das espécies que viviam na região de Els Hostalets de Pierola há uns 12 milhões de anos OSCAR SANISIDRO/INSTITUTO CATALÃO DE PALEONTOLOGIA MIQUEL CRUSAFONT

Em meados do Mioceno – há mais de dez milhões de anos – na actual província de Barcelona, a zona hoje ocupada pela freguesia de Els Hostalets de Pierola era de floresta cerrada. O clima húmido e quente que lá reinava – e a abundância de pontos de água fresca – favoreciam a diversidade da fauna.

Hoje, a riqueza dos fósseis que têm vindo a ser encontrados naquela zona nos últimos 13 anos – mais precisamente num conjunto de escavações arqueológicas realizadas no Aterro de Can Mata – atestam da riqueza daquela antiga vida animal.

Era ali que vivia, há 11,6 milhões de anos, um pequeno primata, hoje extinto – “um trepador lento e cauteloso”, dotado de uma grande flexibilidade de movimento e de alguma capacidade de se pendurar dos ramos, que comia fruta madura –, e cujos restos fósseis foram descobertos em 2011. Agora, o estudo da morfologia desse primata – publicado na revista Science com data de sexta-feira pela equipa de Salvador Moyà-Solà, da Universidade Autónoma de Barcelona – vem não só definir uma nova espécie de primatas, como também pôr em causa certas ideias feitas acerca das primeiras fases da evolução dos hominídeos. Mais precisamente, segundo os autores, os seus resultados permitem concluir que o último antepassado comum aos hominídeos e aos gibões actuais não tinha bem o aspecto que se pensava. A nova espécie foi baptizada Pliobates cataloniae.

Os hominídeos actuais incluem os grandes símios (chimpanzés, gorilas e orangotangos) e os humanos. E na árvore da vida, o ramo que daria origem aos hominídeos terá divergido do ramo dos símios mais pequenos, dos quais os gibões são os representantes actuais, há uns 17 milhões de anos, explica em comunicado a Associação Americana para o Avanço da Ciência, editora daScience.

Como terá sido o mais recente antepassado comum a grandes e pequenos símios? O registo fóssil, muito incompleto, sugeria até agora que o tamanho corporal daquele antepassado estaria mais próximo do dos grandes símios. É justamente essa visão que a descoberta agora anunciada veio, segundo os autores do estudo, radicalmente alterar.

“Até aqui, a maioria dos cientistas pensava que, como todos os fósseis de [símios] descobertos eram de grande tamanho, o último antepassado comum aos gibões e aos hominídeos tinha tido, ele também, um corpo grande”, explica David Alba, do Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont e primeiro autor do trabalho, citado num comunicado da sua instituição. “Mas esta descoberta vira tudo ao contrário.”

De facto, surge assim um símio, até aqui desconhecido, que, apesar de ter vivido milhões de anos depois da suposta divergência entre grandes e pequenos símios era claramente muito pequeno. Pesava entre quatro e cinco quilos e tinha um tamanho comparável ao dos mais pequenos gibões actuais, explica o mesmo documento.

“É a primeira vez que um fóssil de primata desse tamanho apresenta um conjunto de características comuns aos hominídeos e gibões, presumivelmente herdados do último antepassado comum a todos eles, que viveu provavelmente em África vários milhões de anos antes de Pliobates cataloniae”, lê-se ainda no comunicado.

Os restos fósseis de Pliobates cataloniae (que recebeu entretanto a alcunha de “Laia”, diminutivo de “Eulalia”, padroeira de Barcelona) são compostos por 70 fragmentos, incluindo a maior parte do crânio e várias partes das articulações do cotovelo e do pulso. Ora, apesar de algumas das suas características serem muito primitivas, a anatomia do braço da nova espécie possui a arquitectura de base dos hominídeos e dos gibões actuais.

Segundo os autores, que realizaram uma minuciosa análise morfológica dos restos fósseis, tudo indica que Pliobates cataloniae se situa extremamente perto do nó da árvore dos símios que deu origem aos hominídeos e aos gibões actuais.

“Estes resultados sugerem que, pelo menos em termos de tamanho e de morfologia craniana, o mais recente antepassado comum aos [hominídeos e gibões] poderá ter sido mais parecido com os gibões (e menos parecido como os grandes símios) do que geralmente se supõe”, concluem os cientistas no seu artigo naScience.

Segundo David Alba, os resultados também fornecem “pistas muito sólidas” sobre a origem dos gibões actuais, “que tinha permanecido misteriosa devido à falta de registos fósseis”.

fonte: Público

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