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Europa a caminho de Marte com dedo português

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A Agência Espacial Europeia põe-se esta segunda-feira a caminho de Marte. A missão ExoMars tenta recuperar tempo perdido para os norte-americanos, que há décadas têm sondas no planeta vermelho.

A ExoMars cumpre os dois objetivos: coloca uma sonda orbital em Marte, e larga na superfície do planeta um módulo de exploração. A missão será mais tarde completada com um veículo teleguiado, um Rover, que só chega a Marte em 2018.

A missão vai medir sinais de potencial vida no planeta e preparar missões futuras de exploração europeia em Marte.

Em muitas etapas, há tecnologia desenvolvida em Portugal. Por exemplo, a sonda que agora é lançada ou o Rover que chegará em 2018. A Critical Software, que há muito colabora com as agências espaciais europeia e norte-americana, está esta segunda-feira particularmente atenta ao lançamento.

Gonçalo Quadros, o presidente executivo da empresa, não esconde o nervosismo.A jornalista Ana Maria Ramos conversou com Gonçalo Quadros

A Critical Software convidou alunos das escolas secundárias da região de Coimbra para acompanhar o lançamento da sonda ExoMars, que acontece no Cazaquistão, a partir das 9:31 (hora portuguesa). Pode ser acompanhada em direto aqui.


Também na rede social Twitter vai ser possível seguir tudo o que se passa na conta da missão ou numa outra, a ExoMars orbiter, que só será ativada depois de a sonda chegar ao destino.

A sonda vai ser transportada para o espaço num foguetão russo Proton. A missão é conjunta da Agência Espacial Europeia e da Agência Espacial Russa. Só logo à noite se saberá se todos os aparelhos estão funcionais. A chegada a Marte está prevista para outubro deste ano.

fonte: TSF


Já partiu a sonda da Agência Espacial Europeia para Marte

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A sonda da Agência Espacial Europeia com destino a Marte foi lançada exatamente às 9:31.

A missão ExoMars já arrancou oficialmente. É a primeira missão conjunta entre a Agência Espacial Europeia e a Rússia.

Na rede social Twitter já há imagens:

O lançamento da sonda da Agência Espacial Europeia em direção a Marte foi acompanhado em direto aqui.

A sonda está a ser transportada para o espaço num foguetão russo Proton. Só logo à noite se saberá se todos os aparelhos estão funcionais. A chegada a Marte está prevista para outubro deste ano.

Saiba mais sobre esta missão com tecnologia desenvolvida em Portugal aqui.

fonte: TSF

Dono de circo de horrores adquire cão com dois focinhos

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Todd Ray é proprietário do Venice Beach Freakshow, tradicional circo de horrores em Los Angeles (Califórnia, EUA), e detém o recorde de dono maior coleção de animais com duas cabeças. Ele só não tinha um com dois focinhos. Agora já tem. 

O empresário adquiriu um cão com dois focinhos que estava em um abrigo em Fresno, no mesmo estado, e que estava no "corredor da morte". 

O pastor australiano, de 2 anos, havia sido abandonado pelo primeiro dono. Provavelmente por causa da deformidade. 

"Eu liguei e me disseram que o cão estava no seus últimos dias e que seria logo abatido", contou Todd ao "Huffington Post".

O pastor ganhou o nome de Toby-One Kenobi, mas também é conhecido como Toby Two-Nose. Ele se junta a um bando que já tem Pinky, uma chihuahua com duas patas, e Rocky, um pinscher com cinco patas. 

Toby-One Kenobi tem um olfato apuradíssimo.


Ratazana gigante capturada nos arredores de Londres

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O roedor foi apanhado por uma equipa que já se encontrava na zona de desinfestar o local

Tamanho do roedor está a surpreender o mundo.

Uma ratazana de grandes proporções foi capturada na cave de um conjunto de apartamentos em Hackney, nos arredores de Londres, Reino Unido. 

O roedor foi apanhado por uma equipa que já se encontrava na zona de desinfestar o local. Segundo o site The Sun, as autoridades não revelaram aos habitantes que estavam a desinfestar ratos para evitar espalhar o pânico. 

A associação britânica para o controlo de pestes explicou que tem havido um aumento do número de ratos no país, durante os últimos anos, porque o veneno já não está a fazer efeito. A entidade teme até que a quantidade de ratazanas no Reino Unido possa continuar a crescer.



Cientista brasileiro cria perna de dinossauro em galinha

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A ideia não é tentar recuperar os dinossauros, mas compreender a evolução, diz o cientista João Botelho.

Uma equipa de cientistas da Faculdade de Ciências da Universidade do Chile, liderados pelo brasileiro João Botelho, alterou o embrião de um pintainho para que ele tivesse uma perna de dinossauro.

Botelho pretende perceber como é que a futura galinha vai articular um perónio muito maior do que o normal nos galináceos, já que um perónio com a extensão da perna era precisamente uma característica dos dinossauros.

À medida que foram evoluindo, o perónio das aves foi diminuindo, sendo mesmo ultrapassado, em tamanho, pela tíbia.

Este cientista brasileiro já tinha trabalhado a relação dos dinossauros com as galinhas, ao estudar o dedo que fica atrás quando estas se empoleiram. Mas Botelho garante que não está a querer recuperar os dinossauros, mas querer saber mais sobre a evolução do desenvolvimento.

fonte: TSF

Vamos estabelecer relações com os robôs?

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Uma experiência bem curiosa do Stanford Center for Design Research mostra que os robôs podem vir a ser tratados como animais de estimação, no mínimo...

O site The Verge recuperou uma experiência de interação entre um robô e diversos humanos, num local público, e concluiu que o vídeo em causa nos mostra a "humanidade a apaixonar-se por robô caixote do lixo".

A experiência, assinada por quatro estudantes do Stanford Center for Design Research, consistia em robotizar um caixote do lixo e fazê-lo aproximar-se das pessoas que estavam na zona.

E, a partir do vídeo que resume a situação, pode ver-se um pouco de tudo: desde os que estranham mas também os que se 'apropriam' do robô, tratando-o como se fosse um animal de estimação...

Há, até, quem assobie para chamar o caixote...

fonte: TSF

Identificado grupo de estrelas 30 milhões de vezes mais brilhantes do que o Sol

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Astrónomos encontraram a maior amostra, até agora conhecida, de estrelas 'supermassivas'.

A descoberta foi anunciada num estudo publicado pela Royal Astronomical Society.

Cientistas da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, socorreram-se de imagens do telescópio espacial Hubble para detetar o grupo de estrelas, a 170 mil anos-luz da Terra.

O aglomerado estelar em causa, o R136, está localizado na Nebulosa da Tarântula, região da Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã em torno da Via Láctea, onde se situa a Terra.

No estudo, os astrónomos assinalam que o aglomerado estelar inclui diversas estrelas extremamente quentes e luminosas, cuja radiação se concentra no comprimento de onda ultravioleta do espetro luminoso.

Entre as dezenas de estrelas, cujo tamanho excede em mais de 50 vezes a massa do Sol, foram detetadas nove cujas dimensões ultrapassam as cem massas solares.

Contudo, nenhuma delas supera a R136a1, a maior estrela do Universo conhecida, que tem mais de 250 massas solares, e que também se localiza na Nebulosa da Tarântula.

As primeiras evidências do aglomerado estelar R136 remontam a 2010, quando astrónomos da mesma universidade britânica descobriram quatro estrelas que ultrapassavam o limite de massas que era então aceite para este tipo de corpos celestes.

Agora, foram identificadas cinco novas estrelas neste aglomerado.

Segundo o investigador Paul Crowther, autor principal do estudo, não teria sido possível distinguir estrelas individuais no aglomerado estelar sem a resolução de imagem proporcionada pelos instrumentos do Hubble.

fonte: TSF

Maior cobra do mundo capturada na Amazónia

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A cobra encontrada pela equipa pela BBC e uma tribo local mede mais de cinco metros


A anaconda é uma das espécies mais perigosas da Amazónia


A "cobra mais comprida do mundo" foi descoberta pela BBC durante as filmagens de um documentário, na Amazónia, Equador. A captura foi filmada. Veja o vídeo.

Tem cinco metros de comprimento e foi encontrada nas profundezas da Floresta Amazónica, no Equador.


"Tribes, Predators and Me", apresentado por Gordon Buchanan, divide-se em três partes e irá para o ar este domingo, em Inglaterra, na BBC 2.

No primeiro episódio, Buchnan junta-se a uma tribo local para capturar uma anaconda gigante, considerado o animal mais perigoso da Amazónia. Depois da captura, a cobra volta a ser libertada.

A tribo Waorani, presente no documentário, acredita que prender e libertar estes animais, sem recorrer a armas, é uma demonstração de coragem que lhes traz também poder espiritual.

Durante os restantes episódios, o apresentador junta-se aos Waorani, para aprender os segredos da tribo, da selva, e dos animais que todos tememos.



Pinguim nada nove mil quilómetros para visitar homem que o salvou

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Dindim afeiçoou-se ao homem de tal maneira que todos os anos regressa àquela praia da Ilha Grande

Dindim poderia ser apenas mais um entre os pinguins que todos os anos viajam da Patagónia até ao litoral brasileiro. Só que este faz a sua rota sozinho e com um propósito muito especial: visitar o homem que o salvou de uma morte certa.

Este é mais um daqueles casos de amizade improvável entre pessoas e animais selvagens. Em maio de 2011, João Pereira de Souza encontrou na praia de Provetá um exemplar de pinguim de Magalhães moribundo e coberto de petróleo. Deu-lhe três banhos, alimentou-o e tratou-o até poder devolvê-lo à água.


Quando o fez, pensou que o bicho iria à sua vida. Puro engano. Além de ter passado quatro meses na companhia de João, Dindim afeiçoou-se a ele de tal maneira que todos os anos regressa àquela praia da Ilha Grande, no Oeste do estado do Rio de Janeiro.

Nada cerca de nove mil quilómetros até que, nos primeiros dias de junho, está novamente em casa do seu amigo. E se calha de João não estar à sua espera no areal, não há problema, pois Dindim conhece o caminho.

A história de Dindim é contada num programa da TV Globo. O animal é já uma atração de Provetá, mas não se pense que os afagos que dispensa a João são para distribuir por todos. É que os "beijinhos" que dá ao homem que o salvou depressa se transformam em bicadas quando outra pessoa tenta aproximar-se.

João Pereira de Souza, um reformado com 71 anos, acolhe o seu hóspede no quintal até fevereiro do ano seguinte. Continua a dar-lhe banho no mesmo chuveiro em que o lavou para lhe retirar o petróleo e alimenta-o bem com peixe fresco, sobretudo nos primeiros dias, pois o animal chega sempre muito magro.


Mistério no planeta anão

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Pontos de luz no planeta anão Ceres

Pontos de luz em Ceres deixam cientístas confusos. 

São mais de 130 pontos brilhantes que aparecem e desaparecem em Ceres. Qual a sua origem? O que os causa? Os cientistas tentam responder a estas e outras questões sobre o ainda misterioso planeta anão. 

Astrónomos da equipa do investigador Paulo Molaro, do Observatorio Astronomico de Trieste (INAF) especulam que o fenómeno possa ser o resultado de material na superfície das crateras que evapora com o calor dos raios solares, de onde sai uma poeira que brilha. 

Durante a noite, com a falta dos raios solares, esta poeira desaparece. 

As imagens captadas do planeta Ceres, que está a cerca de 414 milhões de quilómetros da Terra, revelam a existência de uma superfície bastante complexa, com montanhas, abismos e crateras. Sem esquecer, os mais de 130 pontos brilhantes.


Nasceram gémeos mas são filhos de pais diferentes

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Nasceram gémeos mas são filhos de pais diferentes

Sabia que é possível gémeos serem apenas meios-irmãos? Falamos de crianças que têm a mesma mãe, mas são filhos de pais diferentes.

O caso ocorreu há dois anos, no Vietname, mas só foi divulgado agora.

De acordo com os meios de comunicação internacionais, as diferenças entre os irmãos eram visíveis. A mulher acabou por submeter-se a um teste de ADN e descobriu que os seus filhos eram fruto de relações com dois homens.

"Não é só raro no Vietname, mas também no mundo", garantiu o professor Le Dinh Luong, presidente da Associação de Genética, à France Press. O especialista diz "ter a certeza que os resultados estavam corretos".

O organismo da mulher terá lançado dois óvulos que foram fecundados por homens diferentes. Para que isso acontecesse, teve de manter relações com os indivíduos num curto espaço de tempo.

fonte: Sol

Angola tem agora três lagartos-espinhosos

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Exemplar do lagarto-espinhoso da nova espécie Cordylus namakuiyus



A equipa na expedição à província do Namibe, Angola, em 2013


Vista da região da expedição


Imagem de TAC dos lagartos espinhosos Cordylus namakuiyus (em cima) e do Cordylus machadoi (em baixo)

Nova espécie de lagarto permite ver em acção como surge uma espécie a partir de outra que já existe. E já constará de um novo atlas sobre os répteis e anfíbios em território angolano, em elaboração por cientistas portugueses e norte-americanos e que vai ser publicado este ano.

Nas zonas desérticas da província do Namibe, no Sul de Angola, um grupo de cientistas partiu numa expedição no final de 2013, para dar início ao levantamento dos répteis e anfíbios no território angolano – que são bastante desconhecidos, uma vez que os últimos trabalhos deste género remontam ao século XIX e à primeira metade do século XX. A expedição – de cientistas de Portugal, Angola e dos Estados Unidos, que a certa altura paravam o carro e andavam a pé duas a três horas à procura dos animais, até debaixo das pedras – não podia ter corrido melhor.

“As duas colegas angolanas que estavam connosco a levantar rochas viram numa fenda um animal a mexer-se. Uma delas ficou no local e a outra foi-nos chamar. E juntámo-nos todos à volta da fenda com pés-de-cabra e canas, para o tentar tirar de lá”, conta agora, volvidos cerca de dois anos da expedição, o biólogo português Luís Ceríaco, do Museu Nacional de História Natural e da Ciência de Lisboa (MNHNC) e do Museu de História Natural da Florida, nos Estados Unidos.

Os biólogos conseguiram tirar o animal debaixo das rochas. Era um lagarto: o primeiro exemplar, entre outros sete que ainda apanhariam durante a expedição, de uma espécie que veio a revelar-se nova para a ciência. “Quando percebemos em que tipo de rochas ele estava, encontrámos mais”, relata Luís Ceríaco.

Os estudos posteriores, a nível morfológico e genético, permitiram confirmar a novidade científica e esses resultados foram publicados, no início deste ano, na revista Zootaxa.

Cordylus namakuiyus é o nome científico da nova espécie – a terceira – de lagartos-espinhosos de Angola. Namakuiyus é a forma latinizada da palavra namakuiya, que significa “espinhoso” na língua hereró, falada por um dos povos bantos no Sul de Angola, na Namíbia e no Botswana. Para nome comum da nova espécie, a equipa escolheu lagarto-espinhoso-do-kaokoveld (okaokoveld é um tipo de habitat desértico, que também existe na província do Namibe).

Junta-se assim aos lagartos-espinhosos Cordylus machadoi eCordylus angolensis, este último descrito no final do século XIX, em 1895, com base num único exemplar apanhado no Norte da província de Huíla, numa zona de alta elevação, e que depois ardeu no famoso incêndio de 1978 na antiga Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, na Rua da Escola Politécnica (“ainda hoje não se sabe praticamente nada sobre o Cordylus angolensis e nunca mais foi apanhado nenhum exemplar”, diz Luís Ceríaco).

Darwin teria gostado

Partindo destes três lagartos-espinhosos angolanos, mas principalmente do Cordylus machadoi e do Cordylus namakuiyus, surgiu uma nova história para contar sobre evolução das espécies que muito deveria agradar a Charles Darwin, o “pai” da teoria da evolução através da selecção natural.

A expedição de Luís Ceríaco e dos colegas começou na província do Namibe porque já aí tinham sido apanhados, em 2009, dois exemplares de um lagarto-espinhoso por investigadores sul-africanos, que por sua vez partilharam essa informação com Edward Stanley, especialista nestes lagartos na Academia das Ciências da Califórnia. Por isso, Edward Stanley, que acabou por participar na expedição de 2013 à província do Namibe, tinha ficado com a ideia de que poderia haver um lagarto nesta região que merecia ser procurado. E havia.

Durante a expedição, os cientistas aperceberam-se logo de que tinham apanhado um lagarto diferente dos outros. Antes de mais, porque o “novo” Cordylus namakuiyus vivia num habitat distinto do já conhecido Cordylus machadoi, ou lagarto-espinhoso-de-machado. A província do Namibe, a casa do Cordylus namakuiyus, é uma região de baixa altitude, que vai desde o nível do mar até aos 1000 metros, e é desértica e semidesértica. Já oCordylus machadoi encontra-se na zona da Serra da Leba, na província de Huíla (cujas altitudes vão dos 1000 aos 2000 metros), e que separa esta província da do Namibe. “Estamos a falar de um animal de uma zona baixa e outro de uma zona alta e esta separação é feita pela Serra da Leba”, resume Luís Ceríaco.

Qual é então a importância da descoberta desta espécie? “Ela é um exemplo para os manuais sobre a separação geográfica das espécies e de como é que as espécies naquela região divergiram e se especiaram [originaram outras]”, começa por responder o biólogo. “A Cordylus namakuiyus divergiu da espécie mais próxima – a Cordylus machadoi, que existe numa zona de escarpas elevadas e mais húmida e rochosa. A nova espécie está a poucos quilómetros de distância, numa zona de baixa altitude, semidesértica e com condições climáticas diferentes”, acrescenta Luís Ceríaco. “Esta espécie revela ainda que o nosso conhecimento sobre a biodiversidade de Angola está aquém da realidade, com todas as implicações que isso tem para proteger as espécies e o habitat.”

Tanto o Cordylus namakuiyus como o Cordylus machadoi têm sete a dez centímetros de comprimento (do focinho até ao início da cauda), ambos vivem em zonas de rochas com fendas e a sua cor é castanho-alaranjada. Mas foi a adaptação ao ambiente específico em que cada um vive que os tornou um pouco distintos, daí que sejam considerados espécies diferentes.

Por isso, embora também seja castanho-alaranjada, a nova espécie é um pouco mais clara (parecida com as cores da paisagem semidesértica onde vive) do que o Cordylus machadoi(mais parecido com as cores de uma paisagem mais rochosa).

Mas a principal diferença entre as duas espécies é a distribuição pelo corpo de escamas espinhosas (ou osteodermos), que exames de tomografia axial computorizada (TAC) realizados nos Estados Unidos aos lagartos permitiram tornar evidente. O Cordylus namakuiyus tem estas escamas especiais, mais fortes e espinhosas, por todo o lado, tanto na parte de cima do corpo como na zona ventral. Já o Cordylus machadoi só tem espinhos na parte superior do corpo.

“Estas diferenças fazem sentido em termos de adaptação dos animais ao habitat”, explica Luís Ceríaco. “A espécie nova vive numa zona em que os afloramentos rochosos são mais espaçados. Entre um afloramento e outro há uma grande zona aberta semidesértica, por isso um animal que passe de um lado para o outro tem de fazer um grande trajecto e fica mais exposto a possíveis predadores. Isto implica que tenha uma armadura mais completa, para estar mais protegido dos predadores”, acrescenta o biólogo.

“E permite-nos ver o processo de especiação em acção. Se o animal tivesse outras características, a selecção natural iria prejudicá-lo. Só os animais com mais protecção foram sobrevivendo e acumulando estas características, até se tornarem uma espécie diferente da outra, com características morfológicas diferentes”, prossegue o investigador. “Como o Cordylus machadoi está numa zona em que os afloramentos rochosos são mais comuns, para passar de uma rocha para outra tem de fazer um percurso mais reduzido e há vegetação que o esconde.”

O Cordylus namakuiyus ter-se-á separado do Cordylus machadoihá pouco tempo, segundo as análises de ADN. “Vimos que são espécies irmãs, ou seja, vêm da mesma linhagem evolutiva e separaram-se recentemente – nos últimos milhares de anos.”

Além dos dez exemplares apanhados há pouco tempo (oito na expedição de 2013 e dois pelos cientistas sul-africanos em 2009), conhecem-se outros 50 espécimes, atribuídos agora à nova espécie, que estão no Museu Americano de História Natural (foram recolhidos numa expedição a Angola em 1925, financiada por Arthur S. Vernay, que fez fortuna como antiquário). A imagem que se segue é uma ilustração científica de um exemplar deCordylus (por Alma W. Froderstrom) resultante dessa expedição de 1925 e que se encontra no Museu Americano de História Natural.


Um dos animais apanhados em 2013 tinha ainda na barriga dois fetos, que já estariam perto do nascimento. Ainda não tinham as escamas espinhosas desenvolvidas, o que é normal, uma vez que estes animais não põem ovos e dão directamente à luz. Como também apanharam animais juvenis, os cientistas sabem que as escamas espinhosas se formam pouco tempo depois do nascimento.

Ao fim de 120 anos, um atlas

Tudo isto começou com a tese de mestrado de Mariana Marques, do MNHNC, dedicada aos répteis e anfíbios de Angola. Tendo como co-orientador Luís Ceríaco e como orientador principal Aaron Bauer, da Universidade de Villanova (nos EUA), a tese de mestrado viria a ser o mote inicial para o projecto em curso. Na compilação da informação bibliográfica sobre os répteis e anfíbios daquele país, os investigadores constataram que esse conhecimento era muito limitado. “Há zonas de Angola do tamanho do Texas para as quais não há um único registo de um anfíbio ou um réptil”, frisa Luís Ceríaco.

Por isso, o MNHNC e a Universidade de Villanova juntaram-se à Universidade da Florida e ao Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC) angolano e avançaram para o levantamento da herpetofauna de Angola, “que é das mais desconhecidas no contexto africano”, sublinha o investigador português. A expedição de há dois anos à província do Namibe foi a primeira do projecto. “Os trabalhos [anteriores], de portugueses e estrangeiros, remontam ao século XIX e à primeira metade do século XX. A guerra civil após a independência fez com que os estudos da biodiversidade parassem. Não se conseguia ir ao campo.”

Em 2015, já houve mais duas expedições, uma ao Parque Nacional da Cangandala (na província de Malanje, criado em 1970 para proteger a palanca-negra-gigante) e outra às províncias do Kwanza Sul e de Benguela. O projecto vai prolongar-se por mais três anos, estando previstas mais seis expedições e um financiamento total de cerca de um milhão de dólares (900 mil euros). Os primeiros resultados estão aí.

Depois do artigo científico na revista Zootaxa, o projecto vai publicar um pequeno livro sobre as espécies encontradas no Parque Nacional da Cangandala, com as descrições e fotografias, numa edição conjunta do MNHNC e INBAC e lançamento, em breve, em Lisboa e Luanda.

E a tese de mestrado de Mariana Marques está também a ser trabalhada por ela, Luís Ceríaco, Aaron Bauer e David Blackburn, este último do Museu de História Natural da Universidade da Florida, para ser publicada como atlas dos anfíbios e répteis de Angola. Será editado, durante este ano, pelo MNHNC, com apoio do INBAC e das universidades norte-americanas envolvidas no projecto. Ao longo de 800 páginas em inglês, falar-se-á de cerca de 110 anfíbios e 300 répteis. O Cordylus namakuiyus já lá constará.

“Conterá todos os registos publicados de todas as espécies de anfíbios e répteis de Angola, com mapas, notas taxonómicas e de história natural e estatutos de conservação. Será uma peça fundamental para próximos trabalhos, pois permite-nos perceber o que sabemos, mas principalmente o que não sabemos”, diz o biólogo português. “O único atlas – e é difícil chamar-lhe um atlas – é um livro de 1895, Herpethologie d'Angola et du Congo, de José Vicente Barbosa du Bocage, do Museu de História Natural de Lisboa. Até hoje, é o único texto sinóptico sobre anfíbios e répteis de Angola. Há mais 120 anos de informação que se encontrava dispersa”, diz Luís Ceríaco. “Com este projecto, esperamos potenciar estratégias de conservação da biodiversidade.”

fonte: Público

O que é o monstro Tully? Um vertebrado com 300 milhões anos

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Representação artística do Tullimonstrum gregarium revelam a forma do estranho animal


Um dos milhares de fósseis descobertos em Mason Creek


Um dos milhares de fósseis descobertos em Mason Creek

Durante quase 60 anos não se sabia onde colocar na árvore evolutiva do reino animal um fóssil estranhíssimo de um ser marinho que viveu no Carbonífero. Seria um molusco? Seria um representante de um grupo animal hoje extinto? Não. Era um primo das lampreias.

Enigmáticos, problemáticos, os fósseis do monstro Tully são isso tudo, mas as suas formas permitiram dar largas à imaginação dos paleontólogos, e do público em geral, sobre a natureza deste animal marinho, que viveu há cerca de 300 milhões de anos. Os vestígios fossilizados de Tullimonstrum gregarium foram descobertos em 1955 pelo caçador de fósseis Francis Tully, em Mason Creek, uma importante jazida fóssil no Norte do estado do Illinois, nos Estados Unidos. Desde então, a origem evolutiva desta espécie tem sido um quebra-cabeças.

Quando saiu o primeiro estudo científico dedicado à espécie, em 1966, já o fóssil tinha ganho o nome de “monstro Tully”, inspirado no apelido de Francis Tully. Mas o artigo, publicado na revista Science, não arriscou a colocá-lo num dos grandes grupos do reino animal, como os moluscos, os artrópodes e os vertebrados, devido à sua estranheza. Nas décadas seguintes, cientistas especularam que a espécie teria sido um representante de um novo grupo animal, inexistente nos dias de hoje. Outros argumentaram que pertencia aos moluscos. E o ser foi ainda comparado com os poliquetas, um grupo de invertebrados.

Mas agora, um extenso trabalho de investigação que analisou 1200 fósseis diferentes de monstros Tully vem mostrar que estes animais eram, na verdade, primos das lampreias. Eram vertebrados tal como as lampreias, os outros peixes e toda a sua descendência evolutiva até aos humanos, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira na revista Nature.

“É fascinante como um animal assim tão recente [em termos evolutivos], com tantos espécimes [fossilizados] e com uma morfologia tão distintiva se tenha mantido desconhecido durante tanto tempo”, admite ao PÚBLICO Victoria McCoy, do Departamento da Geologia e Geofísica da Universidade de Yale, em Connecticut (EUA), e uma das autoras do artigo da Nature. “O monstro Tully tem 300 milhões de anos, a maioria dos fósseis [descobertos] que ainda não foi identificada [é de espécies] com 500 milhões de anos.”

Há 300 milhões de anos, a geografia da Terra era completamente diferente. As massas continentais estavam a acabar de se juntar num supercontinente chamado Pangeia que definiria a biogeografia terrestre durante os 125 milhões de anos seguintes. Estávamos então no final do Carbonífero, o penúltimo período da era do Paleozóico (540-252 milhões de anos), que antecedeu a famosa era dos dinossauros, o Mesozóico.

Em terra, os animais vertebrados que punham ovos tinham acabado de surgir, mas faltaria muito para aparecerem os dinossauros, os mamíferos e as aves. Nas florestas havia musgos, cavalinhas, fetos arbóreos, além das coníferas, hoje representadas por espécies como os pinheiros.

Os fósseis encontrados em Mason Creek (datados, mais precisamente, entre há 309 e 307 milhões de anos) revelam que naquela altura existiam ali camarões, mexilhões, amêijoas, cefalópodes, peixes, tubarões, caranguejos e medusas. No meio desta fauna, a anatomia do monstro Tully — que as ilustrações científicas ajudam a recriar — destaca-se.


SEAN MCMAHON/UNIVERSIDADE DE YALE

Estes animais tinham cerca de 30 centímetros de comprimento e um corpo alongado que terminava em duas barbatanas. Lateralmente, no tronco do animal, pequenos furos denunciavam a existência de brânquias que lhes permitiam respirar na água. Mas as características mais bizarras eram os olhos e a boca.

Cada um dos dois olhos situava-se na extremidade de uma estrutura que se parece com uma vareta. As “varetas” nasciam na zona central do dorso do animal e cada uma projectava-se para um dos lados do corpo. Os cientistas pensam que estas “varetas” com os olhos na extremidade tinham mobilidade, permitindo ao animal ver para a frente e para trás, desviando-se de possíveis predadores e identificando presas.

Finalmente, a boca parecia-se com uma pinça de uma lagosta com dentes. Além disso, era a parte terminal de uma longa e fina probóscide que nascia do tronco e tinha um terço do comprimento do animal. Um espécime com 30 centímetros teria dez centímetros de probóscide e boca. A probóscide tinha três articulações, uma na base, outra a meio da probóscide e a terceira junto à boca.

Com este aspecto, o Tully estaria completamente enquadrado no meio dos seres que povoam o filme de animação Monstros e Companhia. O seu aspecto bizarro tornou-o famoso, e em 1989 passou a ser o fóssil de Illinois. Além disso, surgiram teorias mirabolantes. O jornalista inglês Frederick William Holiday, que se tornou um defensor do fenómeno fantasioso do monstro do Lago Ness, formulou uma teoria que liga o ser que supostamente habitava o lago da Escócia e o monstro Tully.

Para o inglês, a criatura teria evoluído ao longo das eras, tornando-se uma espécie gigante. “Ninguém saberá se a serpente do Lago Ness é uma forma do Tullimonstrum, mas falando da forma menos científica possível eu apostaria nisso”, disse, citado pela revista Wired, num artigo de 2011 sobre o Tully que desmonta este devaneio de Frederick William Holiday. Nunca se encontrou um fóssil semelhante ao Tullimonstrum gregariumnum estrato de outro período geológico da Terra ou noutro local além de Mason Creek. A ideia, escrevia a Wired, era “fantasiosa”.

Um mundo de “fósseis belos” 

Independentemente do folclore, o mistério científico do Tully sobre o seu lugar na evolução dos animais permaneceu intacto. “Basicamente, ninguém sabia o que ele era”, sustenta Derek Briggs, outro autor do novo estudo da Universidade de Yale, citado num comunicado desta instituição. “Os fósseis não são fáceis de interpretar, e eles variam bastante. Decidimos atirar-lhes com todas as técnicas analíticas possíveis [para resolver o mistério].”

Os milhares de fósseis encontrados nas jazidas de Mason Creek formaram-se depois de os animais serem enterrados em lama, explica Victoria McCoy, contando-nos a história geológica do local. “Com o tempo, a lama tornou-se xisto argiloso [uma rocha sedimentar]. Na mesmo altura, minerais de siderite [carbonato de ferro] estavam a precipitar-se na lama, no xisto argiloso e à volta das carcaças dos animais”, descreve a paleontóloga. Sem oxigénio, a matéria orgânica pode ir sendo lentamente substituída por minerais, formando-se assim um fóssil. “Hoje, se formos ao local, vemos camadas de xisto argiloso com rochas redondas e rijas espetadas dentro do xisto. Se partirmos estes conglomerados, podemos encontrar com frequência fósseis belos lá dentro. Os fósseis do monstro Tully estão preservados na rocha, numa película achatada e colorida formada por diferentes tipos de minerais de argila.”

A equipa de investigadores tirou fotografias aos milhares de fósseis do estudo e obteve imagens de microscopia electrónica e de raios X, usando outras técnicas. Esta informação permitiu não só fazer medições da anatomia dos fósseis dos animais, mas também identificar estruturas diferentes. Durante o processo de fossilização, “os diferentes tecidos podem ser [substituídos e] preservados por diferentes minerais, por isso, ao olhar para os elementos [químicos] de cada aspecto morfológico, é possível perceber o que era o tecido original”, explica Victoria McCoy.

Foi assim que os investigadores fizeram a ligação entre o monstro Tully e as lampreias. Estes peixes, conhecidos pela sua forma delgada e a sua boca redonda com dentes em espiral, pertencem a uma linhagem evolutiva muito antiga de vertebrados, com mais de 400 milhões de anos. Por isso, têm características ancestrais diferentes dos vertebrados que evoluíram posteriormente.

Um exemplo é a corda dorsal, um tubo que se forma no desenvolvimento embrionário humano e no dos outros vertebrados, mas que acaba por fazer parte só dos discos intervertebrais na coluna vertebral. Ao contrário de nós, as lampreias mantêm a corda dorsal após o nascimento e não têm coluna vertebral; em vez disso, têm uma série de estruturas cartilagíneas ao longo do corpo que lhes dá sustentação.

As imagens obtidas dos fósseis do Tully permitiram identificar também uma corda dorsal e as mesmas estruturas de cartilagem repetidas ao longo dos segmentos do animal. Há mais. “Por exemplo, descobrimos que os dentes do monstro Tully são feitos provavelmente de queratina”, explica Victoria McCoy, tal como os dentes das lampreias.

Além disso, a investigação permitiu tirar a limpo qual a função da boca. No passado, cientistas defenderam que aquelas “pinças” com dentes serviam para agarrar as presas e as colocar noutro orifício que seria a boca. Agora, o estudo concluiu que o orifício das “pinças” era a verdadeira entrada para o sistema digestivo, ou seja, a boca.

Assim, a equipa colocou o Tully no mesmo grupo das lampreias, dentro da árvore evolutiva dos vertebrados. “Isto realmente altera o que sabemos sobre a família das lampreias. Todas as [espécies de] lampreias modernas são semelhantes entre si, e muito diferentes do monstro Tully. Por isso, o Tully diz-nos que as espécies de lampreias de hoje são apenas o que resta de um grupo que, em tempos, foi muito maior e mais diverso.”

Mas olhando hoje para estes animais, 300 milhões de anos após terem prosperado nas águas do Carbonífero, pode cair-se no erro de fazer a interpretação inversa. Por ser tão distante do que conhecemos, o monstro Tully parece uma entidade aberrante, uma tentativa falhada da evolução, um ser destinado a extinguir-se. Victoria McCoy desfaz este preconceito: “Eram diferentes dos animais que observamos hoje. Isso não quer dizer que fossem intrinsecamente estranhos, ou monstruosos, ou mal sucedidos. Apenas prosperavam numa altura diferente e de uma forma diferente do que estamos familiarizados.”

fonte: Público

Navio português incluído na armada de Vasco da Gama descoberto em Omã

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Navio será a mais antiga embarcação dos Descobrimentos Portugueses encontrado e cientificamente investigado por arqueólogos

O Ministério do Património e da Cultura de Omã anunciou hoje a descoberta de um navio português naufragado numa ilha remota de Omã em 1503, que fazia a carreira da Índia e estava incluído na armada de Vasco da Gama.

O navio é, de acordo com aquela entidade, a mais antiga embarcação dos Descobrimentos Portugueses encontrado e cientificamente investigado por arqueólogos.


Em comunicado, o ministério salientou que o navio português, que estava incluído numa das armadas de Vasco da Gama com destino à Índia naufragou em 1503 durante uma tempestade ao largo da ilha Al Hallaniyah, na região Dhofar, de Omã.

O Ministério do Património e da Cultura (MPC) de Omã informou que o local do naufrágio foi inicialmente descoberto pela empresa britânica Blue Water Recoveries Ltd. (BWR) em 1998, no 500º aniversário da descoberta de Vasco da Gama do caminho marítimo para a Índia.


Contudo, o ministério só deu início ao levantamento arqueológico e à escavação em 2013, tendo sido desde então realizadas mais duas escavações em 2014 e 2015, com a recuperação de mais de 2.800 artefactos.

Os principais artefactos, que permitiram identificar o local do naufrágio como sendo a nau Esmeralda, de Vicente Sodré, incluem um disco importante de liga de cobre, com o brasão real português e uma esfera armilar e um emblema pessoal de D. Manuel I.


A mesma fonte indicou que foram também encontrados um sino de bronze, com uma inscrição que sugere que o navio data de 1498, cruzados de ouro, cunhados em Lisboa entre 1495 e 1501 e um moeda de prata rara, chamada Índio, que D. Manuel I terá mandado fazer especificamente para o comércio com a Índia.

"A extrema raridade do Índio (só se conhece um outro exemplar no mundo inteiro) é tal, que possui o estatuto lendário da moeda "perdida" ou "fantasma" de D. Manuel I", adiantou o MPC de Omã.

Na nota, é também referido que "o projeto foi gerido conjuntamente por este ministério de Omã e por David L. Mearns da BWR, tendo-se respeitado rigorosamente a Convenção da UNESCO para a Proteção do Património Cultural Subaquático de 2001".


Mistério do Triângulo das Bermudas pode ter explicação

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Cientistas podem ter descoberto o segredo do famoso Triângulo das Bermudas: explosões de bolhas de metano, acumuladas no fundo dos oceanos e capazes de afundar barcos de grande porte.

A investigação dos cientistas parte da descoberta de crateras gigantes no fundo do mar em redor da costa da Noruega, em áreas onde as bolhas gigantescas de metano podem ter explodido.

Os grandes abismos no fundo do oceano têm cerca de 800 metros de largura e 150 pés de profundidade e podem ter sido causados por vazamento de gás a partir de depósitos de petróleo e gás enterrados no fundo do mar.

"Existem várias crateras gigantes no fundo do mar em uma área no mar de Barents e são, provavelmente, uma causa de enormes explosões de gás", adianta um dos pesquisadores da Universidade do Ártico da Noruega.

Os cientistas desenvolveram recentemente um radar que pode mostrar imagens detalhadas do leito do mar, de acordo com um relatório publicado pelo "Sunday Times". Os gráficos retratam áreas de infiltração de metano ao redor do globo. As descobertas podem oferecer explicações científicas para relatos de marinheiros, que observaram a formação da bolha e de espuma sem causa aparente.

A zona, também conhecida como o "Triângulo do Diabo", é uma área ocidental do Oceano Atlântico Norte delimitada por Bermuda, Porto Rico e um ponto perto de Melbourne, Florida, onde vários navios e aviões desapareceram misteriosamente ao longo dos tempos. Desde que os registos começaram em 1851, estima-se que mais de oito mil vidas se perderam no Triângulo das Bermudas.



«Tio-avô» do tiranossauro rex tinha o tamanho de um cavalo

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Um antigo ancestral do tiranossauro rex pode ajudar a explicar como alguns lagartos se transformaram nas monstruosidades que reinaram na Era dos Dinossauros.

O T. rex viveu num período entre 80 e 66 milhões de anos atrás e é considerado pelos especialistas um dos melhores exemplos de sucesso evolutivo e ecológico.

A questão que sobra é: qual o caminho que os “lagartos” tiveram que fazer para se tornarem uma máquina mortífera que ocupava o topo da cadeia alimentar?

O anúncio da descoberta de uma nova espécie, publicado pela revista americana PNAS, ajudou paleontólogos a aprofundarem os seus conhecimentos sobre a questão.

Trata-se do Timurlengia euotica, um quase simpático tiranossaurídeo que viveu há cerca de 10 milhões de anos antes do seu primo mais famoso.

Ele tinha o tamanho de um cavalo (entre 170 e 270 kg) e está numa posição intermediária entre alguns tiranossaurídeos menores (do tamanho de uma pessoa) e mais antigos (de até 170 milhões de anos atrás) e o T. rex.

Partes do esqueleto fossilizado do T. euotica foram encontrados num deserto no Uzbequistão (na Ásia), notadamente um pedaço da caixa craniana.

Analisando os ossos, os cientistas observaram que, a essa altura da evolução, o animal já tinha algumas características que seriam apresentadas pelo T. rex, como o formato do cérebro e características da orelha interna. Os ossos do dino já tinham características que permitiriam com que, no futuro, os tiranossauros atingissem um tamanho colossal.

Em pouco tempo (alguns milhões de anos, na escala evolutiva), o tiranossauro teria ganho uma massa substancial de mais de seis toneladas, mostrando uma forte pressão evolutiva nesse sentido.

Mas a descoberta ainda é «apenas um ponto no meio de um intervalo ainda sombrio», escrevem os autores, do Reino Unido, Rússia e EUA. A "lacuna" evolutiva da linhagem do T. rex ainda necessita de novos achados fósseis para ser totalmente compreendida.


Matemáticos descobrem um padrão inesperado nos números primos

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Matemáticos descobriram um padrão surpreendente na expressão de números primos, revelando um “viés” antes desconhecido pelos pesquisadores.

Os números primos só podem ser divididos por um ou por si próprios: é o caso do 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17 etc. Eles têm grande utilidade na criação de algoritmos na encriptação de chaves públicas, e por vezes aparecem na natureza – por exemplo, certas cigarras só saem da toca após 7, 13 ou 17 anos.

Ainda não sabemos se existe um padrão que explica esta sequência, e não existe nenhuma fórmula para saber quando um número primo vai aparecer nessa sequência; os matemáticos ainda não descobriram uma função para tanto.

No entanto, a maioria dos matemáticos concorda que existe algo de aleatório na distribuição dos números primos. Ou, pelo menos, é o que pensavam. Recentemente, dois matemáticos decidiram testar esta hipótese de “aleatoriedade”, e descobriram que não está correcta.

Segundo a New Scientist, os investigadores Kannan Soundararajan e Robert Lemke Oliver, da Universidade de Stanford (EUA), detectaram um viés inesperado na distribuição de primos consecutivos.

Os matemáticos fizeram a descoberta ao verificar a aleatoriedade nos primeiros 100 milhões de números primos. Eles só podem terminar em 1, 3, 7 ou 9 (se tiverem mais de um dígito); matemáticos acreditavam que dois números primos seguidos terminariam com o mesmo dígito 25% das vezes.

No entanto, isso não acontece. A hipótese de um número primo terminado em 1 ser seguido por outro também terminado em 1 é de apenas 18,5%. Números primos consecutivos terminados em 3 e 7 aparecem 30% das vezes; e primos terminados em 9, cerca de 22%. Este não é um padrão perfeitamente aleatório.

Os matemáticos foram mais longe e analisaram o primeiro milhão de biliões de números primos. A distribuição aproxima-se de algo aleatório, mas o viés persiste. Ele existe até mesmo quando não se usa a numeração em base 10. Ou seja, isso é mesmo algo inerente aos números primos – e é algo imprevisto.

No estudo, Soundararajan e Lemke Oliver tentaram encaixar essa descoberta na chamada «conjectura de k-tuplos», criada pelos matemáticos G. H. Hardy e John Littlewood no início do século XX – eles deram as bases para as pesquisas modernas sobre números primos.

Essa conjectura ainda não foi provada; no entanto, sem ela – e sem a conhecida hipótese de Riemann – a compreensão dos matemáticos sobre números primos fica terrivelmente restrita. «O que sabemos é vergonhosamente pouco», diz Lemke Oliver à Nature News.

Spencer Greenberg, matemático e fundador do ClearerThinking.org, disse ao Gizmodo que os números primos, assim como os dígitos do pi, parecem muito aleatórios, mas não são. «Eles são determinados precisamente pelas propriedades dos números. É que, quando olhamos para eles, os nossos cérebros não conseguem ver o padrão, por isso, parecem uma loucura aleatória.»

O estudo é fascinante, e como diz o matemático Andrew Granville à New Scientist, «isso dá-nos uma compreensão maior, cada avanço ajuda. Se o que você toma por óbvio está errado, isso obriga a repensar outras coisas que acha que sabe».


Descobertos fósseis com 70 a 95 milhões de anos

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Fragmentos de metatarso de um dinossauro e fósseis com entre 70 e 95 milhões de anos foram descobertos no estado mexicano de Chihuahua.


Foram descobertas 17 áreas dispersas com amostras de fósseis entre os municípios de Ojinaga, na fronteira com os Estados Unidos, Coyame de Sotol e Aldama, no deserto de Chihuahua, as quais poderão precisar os limites do mar durante o período Cretáceo nesta região do planeta.

OInstituto Nacional de Antropologia e História (INAH) do México afirmou em comunicado que "a maioria dos fósseis localizados é marinha e corresponde a animais invertebrados: diversas espécies de conchas, caracóis e amonites".

Numa das áreas com fósseis em Aldama descobriram-se fragmentos de metatarso de um dinossauro da família dos hidrossáurios e, perto dos ossos, madeira fossilizada.

"As descobertas são resultado dos recentes trabalhos de prospeção arqueológica levada a cabo pelo INAH na região, motivados pela introdução de um gasoduto", informou o diretor do Centro INAH-Chihuahua, Jorge Carrera.

Devido às descobertas arqueológicas, foi pedida uma "adequação da rota do gasoduto" para não afetar as áreas onde se encontram as amostras fósseis.


Túmulo de faraó terá duas câmaras secretas

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O ministro das Antiguidades egípcio anunciou que, após análises efetuadas, existem 90% de hipóteses de estarem duas câmaras escondidas atrás das paredes do túmulo do faraó Tutankhamon, em Luxor, no Egito.

O anúncio foi feito depois de conhecidos os resultados preliminares de análises, efetuadas com radares sofisticados, e vem alimentar a teoria do arqueólogo e egiptólogo britânico Nicholas Reeves, que garante tratar-se da sepultura da lendária rainha Nefertiti, com mais de 3.300 anos.

O ministro Mamduh al-Damati pensa tratar-se da sepultura de uma outra mulher do faraó Akhenaton, pai de Tutankhamon, ou até de uma das filhas.

Os resultados preliminares do estudo do perito japonês Hirokatsu Watanabe mostraram que existem "90% de hipóteses de estarem duas câmaras escondidas atrás do túmulo de Tutankhamon", declarou o ministro, em conferência de imprensa no Cairo.

"Há espaços vazios" atrás das paredes, "mas não totalmente vazios, contêm materiais orgânicos e metálicos", acrescentou.

O ministro precisou que investigações aprofundadas vão começar, no final deste mês, no túmulo situado no vale dos Reis, nas margens do rio Nilo, em Luxor.

Ao contrário do que aconteceu em necrópoles de outros faraós, quase todas pilhadas, a de Tutankhamon, descoberta em novembro de 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter, continha mais de cinco mil objetos intactos, muitos em ouro maciço, com 3.300 anos.

Akhenaton era o pai de Tutankhamon. Nefertiti era a principal mulher, mas não a mãe de Tutankhamon, e exerceu uma forte influência durante o reinado do marido.


Leão ataca homem no centro da capital queniana

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Um leão solto que vagava por uma rua de Nairóbi em um horário de grande movimento pela manhã feriu nesta sexta-feira um homem, o terceiro caso similar em um mês, indicou o serviço queniano de flora e fauna.

"As pessoas buzinavam e faziam selfies, deixando o leão agitado", explicou Paul Udoto, porta-voz do serviço de flora e fauna do Quénia (KWS). O homem de 63 anos foi levado a um hospital e seu estado é estável.

Trata-se de um leão do Parque Nacional de Nairóbi, uma reserva de 117 quilómetros quadrados cercada por uma cidade que não para de crescer e que já tem três milhões de habitantes. O parque não está completamente cercado para permitir que os animais migrem em busca de pasto.

"O leão está de volta são e salvo e nossas equipes seguem em terra para o caso da existência de outros que não tenham sido localizados", indicou Udoto.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver um leão de juba escura trotando por Mombasa Road, uma das mais importantes da cidade.

fonte: Yahoo!

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