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Pela primeira vez, um robô reconhece-se como um indivíduo

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O robô conseguiu chegar a uma conclusão lógica a partir de um enigma colocado pelos investigadores. Fotografia © RAIR LAb | Via Youtube

No vídeo divulgado pelos cientistas, o pequeno robô acena quando se apercebe de que sabe a resposta para o enigma que o obriga a demonstrar o seu autoconhecimento.

Pela primeira vez, uma experiência modesta mostrou que um robô é capaz de se reconhecer a si próprio, quando foi confrontado com um enigma em que era obrigado a diferenciar-se de outros dois. Embora seja ainda um resultado muito inicial, a experiência, realizada no Instituto Politécnico de Rensselar em Nova Iorque, é prometedora.

Os três robôs de marca Nao, desenvolvidos pela empresa francesa de robótica Aldebaran, foram programados para saber que dois deles tinham tomado um "comprimido de emudecimento", que os impedia de falar em voz alta. Quando lhes foi perguntado qual deles era capaz de falar, apenas um deles conseguiu responder: "Não sei". Mas logo a seguir corrigiu-se: "Lamento, agora sei. Consegui provar que eu não tomei o comprimido de emudecimento".


A resposta parece simples, mas no campo da robótica é bastante significativa. O pequeno robô foi capaz de concluir que era ele que conseguia falar porque se identificou como uma entidade separada dos outros dois robôs, e porque ouviu e reconheceu a sua própria voz como sendo sua. É de notar que todos os robôs tentaram responder "Não sei", mas apenas se ouviu uma voz, pelo que o robô teve que reconhecer que tinha sido a sua a fazer-se ouvir.

A experiência foi conduzida por Selmer Bringsjord, e os resultados vão ser apresentados por esse investigador numa conferência no Japão, no final de agosto, de acordo com a revista Popular Mechanics. O trabalho de Bringsjord foca-se no desenvolvimento de inteligência artificial através da lógica.



Bilionário russo doa 92 milhões de euros para procurar vida extraterrestre

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O bilionário russo Yuri Milner

"Estamos vivos. Somos inteligentes. Temos de saber", disse o cientista Stephen Hawking no lançamento da iniciativa.

O bilionário russo Yuri Milner doou 100 milhões de dólares (cerca de 92 milhões de euros) a um projeto para procurar vida extraterrestre inteligente, o Breakthrough Listen. A iniciativa foi apresentada esta segunda-feira em Londres pelo físico Stephen Hawking.

"Algures no cosmos, talvez, vida inteligente pode estar a ver as nossas luzes, conscientes do que significam. Ou será que as nossas luzes vagueiam pelo cosmos sem vida - faróis que nunca serão vistos, anunciando que aqui, numa rocha, o Universo descobriu a sua existência. De qualquer forma não há questão maior do que esta. Está na altura de nos empenharmos para descobrir a resposta", disse o cientista na Royal Society.

O projeto é procurar "ouvir" as estrelas recorrendo a alguns dos telescópios mais potentes do mundo - o Green Bank Telescope na Virgínia, EUA, e o Parkes Telescope na Nova Gales do Sul, Austrália. Ou seja, ao longo dos próximos 10 anos investigadores vão varrer várias zonas do céu à procura de sinais de vida. E o dinheiro investido garante-lhes precioso tempo de acesso aos telescópios já referidos.

Yuri Milner, um físico teórico russo que ganhou fortuna através da aposta em empresas tecnológicas nos EUA, doou o dinheiro e lançou a iniciativa, prometendo trazer a "abordagem de Silicon Valley" para resolver "uma das maiores questões da humanidade".

O projeto foi lançado hoje para coincidir com o aniversário da alunagem da Apollo 11. O público pode participar através do projeto SETI, de procura por vida inteligente no espaço.


Campeão de surf sobrevive a ataque de tubarão em direto

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Australiano foi surpreendido por um tubarão em plena prova de surf

Mick Fanning, campeão mundial de surf e um dos mais conhecidos surfistas da história da modalidade, foi atacado, este domingo, por um tubarão, durante a final de um torneio. Veja o vídeo.

A assistência e os comentadores que relatavam a final em direto para uma televisão ficaram em pânico. O australiano, de 35 anos, campeão do mundo em 2007, 2009 e 2013, foi surpreendido no mar por um tubarão, durante o torneio J-Bay Open, na África do Sul.

O evento estava a ser transmitido em direto e a realização, quando se apercebeu do ataque, decidiu retirar do ar a câmara que filmava o lendário surfista, certamente com receio de que o pior acontecesse.

Antes disso, as imagens mostraram a longa barbatana dorsal do perigoso peixe que surpreendeu Mick Fanning, que se debateu fortemente para não ser mordido.

"Quando o tubarão apareceu", disse depois Fanning, "saltei instantaneamente para a água. O tubarão não parava de atacar a prancha e eu só dava pontapés e gritava. Só vi barbatanas e estava à espera que me atacasse com os dentes... dei-lhe um murro no dorso".


O surfista australiano conseguiu aguentar-se até ser resgatado pelos elementos que fazem, de mota de água, a segurança da prova, que foi imediatamente cancelada.

O seu compatriota Julian Wilson, frente ao qual Fanning defendia a vitória alcançada em Jeffreys Bay no ano passado, também foi resgatado.

A World Surf League (WLS), promotora do evento, que disse terem sido avistados dois tubarões perto dos surfistas no momento do ataque.

"Estamos extremamente gratos por ninguém se magoado com gravidade. O comportamento de Mick e a ação rápida em face da terrível situação foi nada menos do que heroica e a resposta rápida do pessoal de segurança foi louvável (...). A segurança dos atletas é uma prioridade para a WSL e, após conversas com ambos os finalistas, decidimos cancelar o que resta da competição", lê-se em comunicado da organização.


Jovem francesa em remissão do VIH após 12 anos sem medicação

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Caso inédito foi apresentado esta segunda-feira na 8.ª Conferência sobre a Patogénese do HIV, no Canadá.

Uma jovem francesa de 18 anos infetada desde a gestação com o vírus da imunodeficiência humana (VIH) passou os últimos 12 anos sem medicação e não apresenta agora quaisquer sinais de infeção. O caso foi apresentado esta segunda-feira na 8.ª Conferência sobre a Patogénese do VIH, em Vancouver, no Canadá, por espanhol Asier Sáez-Cirión, investigador no Instituto Pasteur.

O cientista apresentou os detalhes do caso - inédito - da jovem no encontro anual promovido pela Sociedade Internacional da Sida, embora os especialistas continuem a dizer que são necessários estudos para determinar por que razões o controlo do vírus pode ocorrer após a cessação do tratamento.

À jovem, que contraiu VIH ainda durante a gestação, na barriga da mãe, foram administrados quatro anti-retrovirais apenas com três meses, mas a família decidiu interromper a medicação quando tinha quase seis anos. Agora, o especialista Sáez-Cirión admite ser "possível conseguir a remissão do VIH a longo prazo numa criança infetada durante o período pré-natal após interromper o tratamento antirretroviral quando este tenha começado nos primeiros meses de vida", mas alerta que a remissão "não pode ser comparada à cura".

"A jovem continua infetada e é impossível prever como sua saúde oscilará com o tempo. Porém, este caso constitui um forte argumento adicional a favor do início de tratamentos antiretrovirais o mais cedo possível, após o nascimento de bebés de mães seropositivas", observou.


Cientistas identificam genes que se adaptam às alterações climáticas

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Segundo o estudo, os genes e moléculas encarregados da produção de energia e das respostas do sistema imunológico são a chave.

Cientistas identificaram pela primeira vez os genes que permitem a certas espécies de peixes adaptarem-se ao aquecimento dos oceanos causado pelas alterações climáticas, informou hoje a australiana Universidade James Cook.

No projeto conjunto com a saudita Universidade King Abdullah, os investigadores analisaram várias gerações de peixes numa experiência com corais num laboratório no estado de Queensland (nordeste australiano).

"Alguns peixes têm uma capacidade única para se adaptarem a temperaturas da água mais elevadas em poucas gerações", disse Heather Veilleux, do centro de investigação de corais (Coral CoE) da Universidade James Cook.

Com avançada tecnologia molecular, a equipa de investigadores identificou 53 genes envolvidos na aclimatização a longo prazo e através de várias gerações às altas temperaturas.

Veilleux revelou que a descoberta vai ajudar a entender melhor o processo de adaptação dos peixes, assim como a identificar as espécies mais vulneráveis e as mais tolerantes perante as alterações no meio ambiente.

Segundo o estudo, os genes e moléculas encarregados da produção de energia e das respostas do sistema imunológico são a chave para a adaptação num ambiente em que as temperaturas estão a subir.

No nordeste da Austrália encontra-se a Grande Barreira de Coral, o maior recife do mundo, com muitas espécies sob ameaça devido aos resíduos e ao aquecimento global.


Cientistas resolvem o misterioso caso das aldeias adormecidas do Cazaquistão

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Poisonous: For three years, carbon monoxide gas has been seeping out of an abandoned uranium mine in Kazakhstan and poisoning the villagers of Kalachi 

Victims: Photographer Vera Salnitskaya spent a night in the village earlier this year and was told of the bizarre symptoms that the residents suffered over the last few years

Mystery: Some have suffered severe headaches and memory loss as a result of the gas leak from the mines (pictured) - which has affected 160 villagers since 2012

Polluted: When carbon monoxide and hydrocarbon levels rose in the disused mine in the mining town of Krasnogorsk, oxygen levels fell in the village of Kalachi

Habitantes de Kalachi adormeciam horas e dias a fio sem razão. Mistério da "epidemia de sono" intrigou médicos e cientistas durante meses.

Resolveu-se finalmente o mistério de Kalachi e de Krasnogorsk, duas pequenas localidades no norte do Cazaquistão onde os habitantes adormeciam horas e até dias a fio, deslizando para estados comatosos para os quais médicos e cientistas não encontravam explicação.

Os primeiros casos surgiram em 2013 e o mistério permaneceu durante dois anos, durante os quais um quarto da população foi afetada e se queixava de episódios de sintomas como dores de cabeça, tonturas, náuseas e até alucinações, além da "epidemia de sono" - e todos sem explicação aparente.

Depois de mais 20 mil análises e testes laboratoriais - à qualidade do ar, solos, água, produtos agrícolas, animais e aos próprios residentes - os cientistas concluíram que o problema se deve à proximidade de uma mina de urânio abandonada que leva a concentrações anormais de monóxido de carbono e hidrocarbonetos no ar.

A mina, explorada no tempo da União Soviética e entretanto abandonada, foi sempre vista como a provável causa do problema, mas inicialmente pensou-se que a origem seria a radiação.

Segundo o vice-primeiro-ministro do Cazaquistão, Berdibek Saparbaev, os investigadores cazaques e colegas de Praga e da Moscovo confirmaram que a culpa da "epidemia de sono"é das altas concentrações de monóxido de carbono - que em algumas casas chegaram a ser 10 vezes mais altas do que os valores recomendados.

As duas pequenas localidades, a pequena aldeia de Kalachi e a cidade de Krasnogorsk, um antigo centro urbano soviético agora quase abandonado, vão ser evacuadas, revelou Saparbaev numa conferência de imprensa na semana passada, embora se preveja alguma resistência por parte dos habitantes. Outros, por outro lado, já aderiram ao programa de realojamento: 68 das 223 famílias que vivem em Kalachi e Krasnogorsk já se mudaram.


Indiana decapitada depois de ter sido acusada de bruxaria

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A village in Assam, India. Seven people have been arrested over the death of Moni Orang, a mother of five seized from her home in the northeastern state on Monday and decapitated accused of practising 'witchcraft'

Assam is in the far northeast of India. On top of such vigilante killings the poor and remote state is also threatened by Maoist insurgents

Uma mulher mais nova, que reclama o estatuto de "deusa", terá dito aos habitantes da sua aldeia que Poni Orang era uma bruxa que traria má sorte para a aldeia 

Poni Orang, uma mulher de 63 anos foi, na passada segunda-feira, assassinada por mais de 200 pessoas que a acusaram de bruxaria.

Depois da ocorrência, sete pessoas foram detida

O incidente ocorreu na aldeia Bhimajuli do Estado de Assam, na Índia, depois de a mulher ter sido arrastada para fora de sua casa, sendo posteriormente atacada pela multidão até à morte, segundo a NDTV, emissora do país.

Samad Hussain, polícia da aldeia, relatou à Time que tudo começou quando uma mulher mais nova, que reclama o estatuto de ‘deusa’, pediu à multidão para se reunir num templo local. Aí, terá dito aos habitantes da sua aldeia que Poni Orang - mãe de cinco filhos que pertencia à tribo de Adivasis - era uma bruxa que traria má sorte para a aldeia.

“A multidão correu então para a casa de Orang, arrastou-a para fora, levou-a para um córrego, despiram-na quase toda e decapitaram-na, em plena luz do dia", disse Hussain.

Depois da ocorrência, sete pessoas foram detidas. Já o marido e a irmã da vítima foram levados sob custódia pela Polícia.

Não é a primeira vez que o Estado de Assam pratica este tipo de justiça popular. Nos últimos seis anos, mais de 100 mulheres foram assassinadas na região pela mesma razão, a caça às bruxas. Tanto que os governantes de Assam estão a pensar em introduzir uma legislação que proíba a classificação de mulheres como ‘bruxas’.

fonte: Sol

Arqueólogos encontram pegada de soldado romano ainda intacta

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O exército romano era uma máquina militar com legiões de soldados disciplinados que marcharam vitoriosamente para construção do seu vasto império. Apesar da fama de suas conquistas, poucas pegadas resistiram a 2 mil anos de história. 

Agora, uma descoberta arqueológica promete contar como nunca detalhes dessa marcha romana. Arqueólogos encontraram, em Israel, uma pegada bastante preservada, que revela os detalhes do sapato de um soldado romano, indicando a técnica para a construção do seu solado com travas.

As pegadas foram encontradas em Hippos-Sussita, um sítio arqueológico ao leste do Mar da Galileia, em Israel. O que a torna rara é que foi achada em argamassa, entre tijolos e telhas, um facto bastante incomum, de acordo com os investigadores envolvidos nas escavações. 

Imagina-se que foram deixadas por um soldado romano, pois foram encontradas dentro de uma área de artilharia defensiva. Estima-se que a pegada seja do século I d.C.

A pegada tem 24,5 cm de comprimento, assim como outras imperfeitas também encontradas no meio de tijolos e telhas. Em tamanhos atuais, poderia representar um calçado número 39 no Brasil.

Todos os soldados eram equipados com esse tipo reforçado de calçado romano, com tiras de couro que eram amarradas até abaixo do joelho. O solado com travas de ferro também era usado como arma contra o inimigo. O que os romanos chamavam de sandália era, na realidade, usado somente dentro de casa.

Além desse raro achado, os arqueólogos também descobriram uma necrópole e um mausoléu, uma máscara de bronze do deus grego Pan, um relevo de um busto de Heracles e parte de uma estátua romana nos restos de uma casa de banhos. 

As escavações foram realizadas pelo Instituto de Arqueologia Zinman, da Universidade de Haifa, Israel, que segue com os trabalhos no local.

fonte: History


Misteriosa espada viking é exposta ao público pela primeira vez

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Espada tem detalhes em ouro e símbolos cristãos - Ellen C. Holthe, Museu de História Cultural de 
Oslo






A lâmina de ferro foi enferrujada pelo tempo, mas a empunhadura está em boas condições - Ellen C. Holthe, Museu de História Cultural de Oslo

Artefacto intriga cientistas por ter ornamentos em prata e ouro e inscrições cristãs.

Durante a escavação de uma sepultura viking em Langeid, um pequeno vilarejo no sudoeste da Noruega, investigadores do Museu de História Cultural de Oslo se depararam com um artefacto surpreendente. 

Apesar de não ser incomum guerreiros serem enterrados com seus armamentos, a espada encontrada é considerada única pelos cientistas, por ter detalhes em ouro, inscrições em latim e símbolos cristãos. A descoberta foi feita em 2011, mas foi tornada pública apenas esta semana.

— Mesmo antes de começarmos a escavação, eu sabia que existia algo de especial. O túmulo era muito grande e tinha aparência diferente dos outros 20 que encontramos naquela área — disse Camilla Cecilie Wenn, que liderou as escavações.

Os primeiros artefactos encontrados foram dois pequenos fragmentos de moedas de prata, ambas da região Norte da Europa. Uma, provavelmente, da era viking alemã, e a outra foi cunhada durante o reinado de Etereldo II, rei da Inglaterra entre 978 e 1013.

— Mas nós continuamos escavando ao lado do caixão e nossos olhos saltaram. Nos dois lados, apareceram peças de metal, mas era difícil ver o que era. De repente um pedaço de terra caiu e o objeto se tornou claro. Ficamos emocionados quando percebemos que era o punho de uma espada! — contou Camilla. — E do outro lado, um grande machado de guerra. Será que eles foram colocados lá para proteger o morto de inimigos ou para demonstrar poder?

A datação de carbono mostra que a sepultura data aproximadamente do ano 1030, no final da era viking. “E se encaixa bem com a moeda inglesa descoberta”, disse Camilla. Com 94 centímetros de comprimento, a espada tem a lâmina de ferro enferrujada pelo tempo, mas a empunhadura está bem preservada. Ela é envolvida com fios de prata e com detalhes em ouro, com o punho feito com uma liga de cobre.

A espada é decorada com grandes espirais, combinações de letras e ornamentos em forma de cruz. As letras provavelmente estão em latim, mas a combinação ainda é um mistério.

— No topo do punho, nós podemos ver claramente a imagem de uma mão segurando uma cruz. Isso é único e não sabemos de descoberta similar em outras espadas da era viking. Tanto a mão como as letras indicam que a espada foi deliberadamente decorada com símbolos cristãos. Mas como uma espada como essa foi parar num cemitério pagão na Noruega? O design da espada, os símbolos e o metal precioso usado tornam claro que ela era um tesouro magnífico, provavelmente produzido em outros países e trazido para a Noruega por um homem importante — afirmou a investigadora.

Hanne Lovise Aannestad, especialista em espadas da era viking, explicou que o ouro é raramente encontrado em escavações arqueológicas do período viking, e representava poder e potência. As lendas locais enfatizam a importância de espadas ornamentadas com runas mágicas. 

Lendas místicas falam sobre espadas mágicas, forjadas por anões. A criação de mitos em torno da arte dos ferreiros e da fabricação de espadas de qualidade pode estar relacionada com o facto de serem poucos os que dominavam a técnica, o que dava aos objetos uma aura mágica.

fonte: O Globo

"Dentistas" já existiam na pré-história?

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Foi encontrado um dente de 14 mil anos com tentativas de obturação. 

Não precisa se esforçar para acreditar que os primeiros humanos já sofriam com cáries - e bem mais do que hoje em dia, já que eles não tinham as sofisticadas escovas massageadoras e cremes dentais clareadores que temos hoje. Mas o curioso é que cientistas encontraram evidências de que dentistas primitivos já tentavam se livrar das cáries.

Em um estudo publicado na Nature, a equipa descreve um achado: um terceiro molar de um homem que tinha por volta de 25 anos e morreu no fim da era Paleolítica.

Usando um microscópio, eles examinaram o dente e encontraram várias partes desgastadas no esmalte do dente, sobre cáries dentárias. Conclusão? Alguém tentou fazer uma 'obturação' ao tirar a cárie com um pequeno instrumento pontudo.

Já sabíamos que nossos ancestrais primitivos limpavam seus dentes com palitos - mas esse é o primeiro registo de alguém tentando arranjar os dentes.

fonte: Galileu

Arqueólogos descobrem rota de ouro pré-histórica no Reino Unido

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Arqueólogos da Universidade de Southampton descobriram evidências de uma antiga rota de ouro entre o sudoeste do Reino Unido e a Irlanda. Um estudo sugere que os países trocavam ouro na Era do bronze, aproximadamente 2500 a.C.

Uma pesquisa da Universidade de Southampton, em colaboração com a Universidade de Bristol, utilizou uma nova técnica para mensurar a composição química de alguns dos mais antigos artefactos de ouro da Irlanda. 

As descobertas mostram que os objetos, na verdade, eram feitos a partir de um ouro importado, e não de ouro irlandês. Mais especificamente, o ouro parece ter chegado à Irlanda a partir de Cornwall, na Inglaterra.

O principal autor da pesquisa, Chris Standish, acredita que essa descoberta foi inesperada e é particularmente interessante para a história. 

“Esse é um resultado inesperado, e sugere que os trabalhadores do ouro na Era do Bronze faziam artefactos utilizando material de fora do país, mesmo com uma grande quantidade de depósitos de ouro locais”, disse.

Para Chris, é pouco provável que os irlandeses não soubessem como extrair o ouro dos depósitos locais. “É improvável que o conhecimento de como extrair ouro não existisse na Irlanda, já que podemos observar uma larga exploração de outros metais. 

É mais provável que uma origem ‘exótica’ tenha sido acalentada como uma propriedade importante para o ouro, e tenha servido de motivação para a importação”, explicou.

Apesar do ouro ter um significado muito ligado à riqueza nos dias de hoje, isso não aconteceu desde sempre. Antigamente, algumas sociedades atribuíam uma propriedade mágica ou sobrenatural ao ouro, fazendo com que ele desempenhasse um papel muito mais ‘espiritual’ do que económico. 

O valor e significado do ouro pode ter variado entre diferentes regiões. O coautor do estudo Alistair Pike, da Universidade de Southampton, acrescenta dizendo que o valor universal do ouro pode ter variado pelo menos até a criação das primeiras moedas feitas com o material.

“Os resultados do estudo são fascinantes. Eles mostram que não haviam valor universal para o ouro, pelo menos até as primeiras moedas de ouro surgirem, aproximadamente dois mil anos mais tarde. As economias pré-históricas eram baseadas em factores muito mais complexos – sistemas de crenças visivelmente tinham grande importância”, concluiu Pike.


Realizador de Nosferatu perde a cabeça

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A polícia alemã está a investigar a profanação do caixão onde se encontrava o corpo de Friedrich Wilhelm Murnau, o realizador do famoso clássico expressionista do cinema alemão, Nosferatu, de 1922.

Os ladrões violaram o interior do jazigo da família Murnau no cemitério de Stahnsdorf, em Berlim, abriram o caixão de metal onde repousa o corpo embalsamado do cineasta alemão e decapitaram-no, levando a sua cabeça. 

A polícia acredita que o roubo e profanação tenha motivações ocultistas, uma vez que foi encontrada cera de velas dentro do jazigo, indiciando que os ladrões possam ter realizado algum ritual de magia negra e os ladrões não tocaram nos caixões dos irmãos do realizador que estavam no jazigo.

O jornal Bild escreve que a profanação terá acontecido entre os dia 4 e 12 de Julho.

Nascido em 1888, Murnau celebrizou-se com o seu clássico do cinema mudo Nosferatu - Uma Sinfonia de Terror, estreado em 1922 e sobre o qual a revista Variety, de Hollywood, escreveu que "é reconhecido como um dos mais assustadores filmes de terror de sempre".

Murnau mudou-se mais tarde para Hollywood, onde rodou Sunrise, que ganhou diversos Óscares da Academia Cinematográfica norte-americana. 

O realizador morreu em 1931 num acidente de viação na Califórnia e o seu corpo foi repatriado para o seu país, a Alemanha.

fonte: Sábado

Descoberto um dos exemplares mais antigos do mundo do Alcorão... em Birmingham

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Os dois pergaminhos podem ter sido escritos menos de duas décadas após a morte de Maomé, por um contemporâneo do profeta.

Investigadores da Universidade de Birmingham "encontraram" um manuscrito do Alcorão com pelo menos 1370 anos, uma descoberta que faz destas páginas um dos fragmentos mais antigos do mundo do livro sagrado dos muçulmanos.


A datação por radiocarbono, feita por uma laboratório da Universidade de Oxford, mostra que alguns fragmentos de um Alcorão que está na biblioteca da instituição há quase um século foram escritas até 645, com 95% de probabilidade - data que se aproxima do tempo do profeta Maomé, que se pensa ter vivido entre 570 e 632.

Segundo a tradição muçulmana, o profeta Maomé recebeu as revelação que formam o Alcorão, as escrituras sagradas do Islão, entre os anos 610 e 632, o ano da sua morte, explica David Thomas, professor do departamento de Relações Interreligiosas da Universidade de Birmingham.

Mas "a mensagem divina" só foi compilada em livro por ordem do califa Abu Bakr, o primeiro líder depois de Maomé, e a forma final só é estabelecida durante o califado de Uthman ibn Affan, por volta do ano 650. Para Dinshaw, os dois pergaminhos, que podem ter sido escritos menos de duas décadas após a morte de Maomé, por um contemporâneo do profeta, "confirmam a ideia de que o texto teve poucas ou nenhumas alterações".

Os dois pergaminhos fazem parte de uma coleção de mais de 3000 manuscritos do Médio Oriente recolhidos por Alphonse Mingana anos anos 20 do século passado, que pertence atualmente à Biblioteca de Investigação Cadbury, da Universidade de Birmingham. Contêm as suras (capítulos) 18 a 20 escritas em caligrafia hijazi e estavam misturados com páginas de outro manuscrito, mais tardio, já do final do século VII.

As duas folhas vêm do mesmo códex que o manuscrito da Biblioteca Nacional de França, em Paris, explicou Alba Fedeli, da Unversidade de Birmingham. Como a datação por radiocarbono dá intervalos de tempo não é possível dizer se este é realmente o manuscrito mais antigo.


Um ‘Neanderthal’ baleado a 38 mil anos atrás?

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Uma série de livros e sites de internet alegam que o Museu Britânico de História Natural em Londres possui o crânio de um Neanderthal, datado de 38,000 anos e encontrado em 1921 em Kabwe, atual Zambia. O lado esquerdo do crânio possui uma abertura que alguns dizem ter sido causado por uma bala, o que seria uma suposta evidencia de viajantes do tempo nesta época. O buraco circular tem cerca de 8 mm de diâmetro. Nenhuma das linhas de divisão radial que teriam sido deixadas, caso o buraco tenha sido feito por um projétil frio, como uma lança, foram encontradas ao redor do buraco. No lado oposto do crânio, o osso parietal está destruído, como se o crânio tivesse sido explodido de dentro para fora. Duas soluções foram propostas: ou o crânio foi de alguém que tenha vivido em séculos recentes e levou o tiro de um europeu, ou havia rifles na África Paleolítica.

Praticamente nada é correto nessas alegações. O crânio Kabwe (frequentemente conhecido como ‘Homem de Broken Hill’ devido ao nome de uma cidade próxima) é mais antigo do que se acredita, cerca de 125,000 a 300,000 anos, e foi encontrado em 17 de junho de 1921 por um mineiro suíço, Tom Zwiglaar, em uma caverna de calcário. Foi o primeiro fóssil humano antigo encontrado na África e foi enviado para Arthur Smith Woodward (1864-1944), que nomeou a nova espécie de Homo rhodesiensis (Homem de Rodésia). Antropólogos mais recentes preferem entender o espécime como uma forma primitiva de Homo sapiens, mas não estão decididos precisamente sobre qual espécie. Pode ser relacionado ao Homo heidelbergensis, o ancestral dos Neanderthais, que são predominantemente europeus (nunca houve Neanderthais na África) ou poderia ser uma espécie diferente, Homo rhodesiensis, como proposto originalmente por Arthur Smith Woodward, podendo ser um ancestral direto nosso.

E quanto ao “buraco de bala”? Bem, primeiramente, essa coisa não matou o indivíduo. As bordas da lesão começaram a cicatrizar, então, o que causou o buraco não causou a morte. Em vez disso, o ferimento parece ser patológico, ao invés de uma lesão traumática; provavelmente causada por uma infecção no tecido mole sobre ele. Poucos indivíduos sobreviveram a uma bala no cérebro; Fora isso, o osso parietal no lado oposto não está destruído, como alegado, mas bastante intacto. O indivíduo deve então ter morrido de uma condição patológica, talvez um abscesso ou uma úlcera que se tornou séptico e não de uma bala disparada por viajantes no tempo como alegam alguns empolgados da internet.


NASA revela o novo gémeo da Terra

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A superfície do planeta Kepler 452b poderá ficar assim


Terra (à esq.) e uma ilustração dos aspeto do novo planeta, o Kepler-452b

O novo planeta Kepler 452b é maior do que a Terra e anda ao redor de uma estrela como o Sol numa órbita que tem 385 dias.

Um ano tem 365 dias, a temperatura é ideal para a existência de água líquida, e a luz vem de uma estrela muito parecida com o Sol. Mas este planeta tão parecido com a Terra está a 1400 anos-luz de distância, na constelação de Cisne. É o Kepler 452b, e foi revelado hoje pela NASA no âmbito da missão do telescópio Kepler, que procura planetas semelhantes à Terra fora do nosso sistema solar.

O telescópio Kepler tenta encontrar planetas do tamanho da Terra que orbitem uma zona habitável à volta das suas estrelas - ou seja, uma zona em que a temperatura à superfície permita a existência de água no estado líquido.

O primeiro exoplaneta foi descoberto em 1995 e desde então já foram descobertos mais de mil planetas e mais três mil candidatos.

Uma das descobertas mais recentes foi a de um sistema solar que tem cinco planetas idênticos à Terra, encontrado por um grupo liderado pelo português Tiago Campante, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido.



Dizem que é uma ideia "louca". Boeing quer motor de jato a fusão nuclear e a laser

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A patente do motor propulsionado por lasers e explosões nucleares foi entregue a 30 de junho.Fotografia © Patente do Boeing Laser Propulsion System, 30 de junho de 2015





A nova patente da Boeing descreve um motor inovador para aviões capaz de se alimentar a si próprio, cuja energia é obtida usando lasers, explosões nucleares controladas e armazenamento de calor.

O motor, que poderia ser usado em mísseis, naves espaciais e aviões, foi desenhado por Robert Budica, James Herzberg e Frank Chandler para a empresa de aeronáutica. A patente, descrita como "completamente louca"pelo site especializado Ars Technica, foi entregue a 30 de junho e foi agora concedida à Boeing.

O motor imaginado pelos dois engenheiros prevê que lasers de alta potência sejam disparados contra material radioativo, o que faz com que uma pequena explosão nuclear - uma reação de fusão - seja gerada. Os produtos que resultam dessa fusão são expulsos pela parte de trás do motor, impulsionando o veículo para a frente.

Além desse uso da fusão nuclear, o motor tem ainda uma outra funcionalidade. Os neutrões que resultam de uma reação de fusão deslocam-se muito rapidamente, e vão colidir com as paredes da câmara de impulsão do motor, que estará coberta de urânio 238. Esse material reage com os neutrões - numa reação de fissão - que gera muito calor, que por sua vez é usado para girar turbinas, gerar eletricidade, e alimentar os lasers, reiniciando o ciclo. O motor é, assim, capaz de se alimentar a si próprio.

O editor do site especializado em ciência Ars Technica explica que a patente tem vários problemas. Para começar, a colocação de material radiactivo no motor de um avião, o que, tendo em conta que esses aparelhos têm acidentes por vezes, seriam extremamente arriscado. O processo, explica Sebastian Anthony no seu artigo, requereria lasers do tamanho de edifícios, e a técnica de criar impulso através de reações de fusão ainda não está aperfeiçoada ao ponto de poder manter um avião no ar.


Cientistas revelam o segredo letal da jiboia

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Afinal as jiboias-constritoras, conhecida como boas, não matam as presas por asfixia.

Uma equipa de cientistas norte-americanos acabou com o mito de que a jiboia-constritora mata as suas vítimas por asfixia. Num artigo publicado na última edição do Journal of Experimental Biology, o grupo liderado por Scott Boback explica que este tipo de jiboia corta a circulação sanguínea das presas.

A equipa de Boback, de Dickinson College, na Pensilvânia, chegou a esta conclusão monitorizando os sinais vitais de ratinhos atacados por jiboias-constritoras (devidamente anestesiados) - incluindo o ritmo cardíaco e a tensão.

Concluíram que a pressão exercida por estas cobras, conhecidas como boas, é suficiente para cortar a circulação, uma forma mais eficiente e rápida de matar as presas do que a asfixia. A pressão desliga o sistema circulatório que leva o sangue e oxigénio aos órgãos, destruindo os tecidos do cérebro, coração e fígado em segundos.

A pressão também pode sufocar a vítima, mas é a falta de oxigénio causada pela paragem na circulação de sangue que a mata, já que a asfixia demoraria mais tempo.

A capacidade de prender e esmagar as vítimas permitie às boas atacar presas maiores, explica Boback, às vezes maiores do que as próprias cobras, uma característica que terá sido favorecida pela evolução.


Raelianos querem que Portugal os deixe abrir uma embaixada extraterrestre

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Imagem por computador criada pelo movimento Raeliano com a simulação da embaixada que pretendem construir Fotografia © YouTube

Após não terem conseguido levar o projeto avante nos EUA, Canadá, Brasil, França, Peru e Israel, o movimento que acredita que somos clones de ETs tenta a sorte num país "acolhedor e pacífico".

O pedido é sério e oficial: o movimento Raeliano contactou o Governo português solicitando que lhes seja permitido construir uma embaixada para extra-terrestres no nosso país. Isso mesmo foi confirmado hoje pela AFP, que consultou um documento do organismo do estado francês encarregue de vigiar as derivas sectárias MIVILUDES.

De acordo com o documento, os raelianos solicitam a disponibilização de um terreno de 4 km2, "a título oneronoso ou gratuito" para aí ser construído o edifício que será "embaixada dos Elohims", os extraterrestres que estão no centro da doutrina criada pelo francês Claude Vorilhon.

O projeto teria um custo de 40 milhões de euros e incluiria uma plataforma de aterragem com 14 metros de diâmetro.


Ainda segundo o documento consultado pela AFP, o movimento Raeliano pretende que o estado português lhes "conceda obrigatoriamente um estatuto de extraterrotorialidade" e "uma zona de restrição aérea sobre o edifício, que deverá ser distante de qualquer zona urbana".

Em contrapartida o movimento promete "favorecer o desenvolvimento económico da região onde será implantada a embaixada".

Portugal surge na mira dos raelianos após estes não terem conseguido concretizar um projeto semelhante nos EUA, Canadá, Brasil, França, Peru e Israel. O nosso país, segundo a AFP, é elogiado por um responsável do movimento por ser "acolhedor e pacífico".

Os raelianos, considerados uma seita em França e como tal sob vigilância do MIVILUDES, afirmam acreditar que os seres humanos resultam de um processo de clonagem realizado por cientistas extra-terrestres, da referida espécia Elohim. Criado em 1973, o movimento diz ter 80 mil seguidores em todo o mundo.

Em Portugal, onde a sua página oficial na Internet é uma página Facebook, o grupo tem - segundo o MIVILUDES - 15 membros ativos e meia centena de simpatizantes. No Facebook, a página conta 322 membros.


Açores vai criar parque arqueológico subaquático

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Fotografia © Paulo Spranger/Global Imagens

Local escolhido fica ao largo da ilha das Flores, onde está afundado o navio inglês RMS Slavonia. O navio, que foi ao fundo em 1909, levava perto de 600 pessoas a bordo

Os Açores vão criar um parque arqueológico subaquático ao largo da ilha das Flores, no local onde está afundado o navio inglês RMS Slavonia, que ali naufragou em 1909, anunciou hoje o Governo Regional. O navio naufragou com 597 pessoas bordo, mas todas foram salvas, permanecendo o Slavonia no fundo do mar, ao largo do Lajedo, nas Flores.

"O sítio do naufrágio do Slavonia apresenta características que permitem visitas de mergulhadores, sem impacto negativo sobre a conservação dos bens arqueológicos e naturais presentes, onde este testemunho arqueológico se encontra bem identificado, contendo elevado potencial na promoção turístico-cultural dos Açores, podendo transformar-se em museu subaquático", considera o executivo regional, num comunicado.

No ano passado, o Governo dos Açores criou também o Parque Arqueológico Subaquático da Caroline, junto à ilha do Pico, no local onde naufragou, em 1901, o navio francês que controlava o mercado europeu dos adubos.

Neste momento, além do local do naufrágio do Caroline, existe nos Açores outro parque arqueológico subaquático: a baía de Angra do Heroísmo, com diversos locais visitáveis, como um cemitério de âncoras e o sítio onde está o vapor Lidador, um navio brasileiro de transporte de passageiros e mercadorias que se afundou em 1878.

Estão registados em fontes históricas escritas entre 600 e 700 naufrágios nos mares dos Açores, entre os séculos XVI e XX.

A criação do Parque Arqueológico Subaquático do Slavonia foi uma das decisões tomadas pelo Conselho do Governo Regional dos Açores, que esteve reunido na quarta-feira nas Flores, ilha que o executivo visitou nos últimos dois dias.

Ainda especificamente para a ilha das Flores, o Governo dos Açores aprovou trabalhos de limpeza da Rocha dos Bordões, um monumento natural, com o objetivo de remover vegetação da escarpa e assim "valorizar um dos maiores símbolos paisagísticos da ilha e da região".

Entre as 12 medidas aprovadas para a ilha das Flores, na terça-feira, pelo Conselho do Governo dos Açores, está ainda um concurso público de sete milhões de euros para obras "de melhoramento" no Porto das Poças, usado nas ligações marítimas de passageiros entre as Flores e o Corvo.


Índios da Amazónia têm ADN que veio da Oceânia

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Alguns índios da América do Sul são geneticamente próximos de populações da região da Austrália GEISON MIRANDA / AFP

Duas análises genéticas dão pormenores inéditos sobre a chegada às Américas e a origem geográfica dos antepassados dos povos ameríndios.

Terão os antepassados dos povos nativos das Américas chegado lá em apenas uma ou pelo contrário em várias vagas migratórias via o Estreito de Bering? Quando é que lá chegaram? E qual era a origem desse povo ancestral? Três perguntas que nesta terça-feira ficaram mais perto de uma resposta, graças aos resultados obtidos por duas equipas independentes – uma delas com participação portuguesa – e respectivamente publicados pelas revistas Nature Science.

Actualmente, a teoria mais geralmente aceite é que o continente americano foi povoado por uma única população ancestral, vinda da Eurásia (Sibéria) e que passou para o Novo Mundo pelo Estreito de Bering há mais de 15.000 anos, explica a Nature em comunicado.

Porém, não se sabe se essa entrada nas Américas aconteceu numa ou várias fases. E também não se sabe durante quanto tempo, antes de entrar no continente americano, esses humanos ficaram isolados na região do Estreito de Bering devido às condições extremas da última Idade do Gelo.

Há também vários estudos que põem em causa a proveniência geográfica da população ancestral dos ameríndios, ao evidenciarem, como explica o mesmo comunicado, certos contrastes entre os traços dos índios da América do Norte actuais e alguns esqueletos antigos de ameríndios, que revelaram ser mais próximos dos traços dos actuais habitantes da região da Austrália, Nova Zelândia e Nova Guiné – e não dos da Sibéria.

No estudo agora publicado online na Science, Eske Willerslev, da Universidade de Copenhaga (Dinamarca), e uma equipa internacional – na qual se inclui a investigadora portuguesa Paula Campos, do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto – respondem às questões do como e quando da migração ancestral. Segundo explica a revista norte-americana em comunicado, o estudo permite assim obter “uma das imagens mais claras de sempre” da chegada dos primeiros humanos às Américas.

Os cientistas sequenciaram e compararam os genomas de indivíduos modernos e antigos das Américas, Sibéria e Oceânia, e ainda os genomas previamente sequenciados de pessoas de África e Europa. Conclusão: não encontraram qualquer indício de que tenha havido mais do que uma vaga migratória. A população ancestral terá chegado às Américas há pelo menos 23.000 anos, depois de ter vivido isolada na região do Estreito de Bering durante 8000 anos no máximo.

Estes resultados também sugerem que a população ancestral veio da Sibéria e que se separou em dois ramos há cerca de 13.000 anos (já no novo continente), o que poderia explicar a diversidade observada entre Norte e Sul nas populações indígenas actuais.

O estudo da Nature, da autoria da equipa de David Reich, da Universidade de Harvard (EUA), vem pelo seu lado mostrar que, de facto, a origem geográfica ancestral dos actuais ameríndios é mais heterogénea do que se pensava, corroborando os estudos dos contrastes morfológicos já referidos.

Mais precisamente: com base numa análise dos genomas de umas 30 populações indígenas das Américas Central e do Sul e de 197 populações não americanas do mundo inteiro, estes cientistas concluem que alguns índios da Amazónia são em parte descendentes de uma população geneticamente relacionada com populações indígenas da Oceânia.

Os autores especulam, explica a Nature, que a população ancestral que inseriu a marca genética originária da Oceânia nos índios da Amazónia ter-se-á misturado a dada altura com a população ancestral dos ameríndios, antes de chegar à América do Sul (e após a divisão em dois ramos da população ancestral original). 

Isto levanta uma pergunta, que, por enquanto, continua em aberto: como é que os genes de uma população da região da Austrália se terão conseguido inserir no genoma dos ameríndios do Sul actuais? Para os autores do estudo da Nature, há duas possibilidades: ou existiram “pelo menos dois fluxos de migração [ou houve] um período muito longo de fluxo genético a partir de uma fonte situada no Estreito de Bering ou no Nordeste asiático”. A primeira contradiz os resultados do estudo da Science. Saber se a resposta reside na segunda opção exigirá mais estudos genéticos.

fonte: Público

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